O Sporting venceu, neste domingo à noite, o Belenenses SAD, por 2-0, num duelo relativo à 11.ª jornada da Liga portuguesa.

Os leões entraram com uma parte de atraso, à qual Silas não teve receios de apelidar como "horrível" na conferência de imprensa. O felino de Alvalade não se encontrou e só começou a dar ares da sua graça, após a entrada de Rafael Camacho nos instantes iniciais da etapa inicial.

A estratégia de três centrais, já adoptada na Noruega, diante do Rosenborg, não trouxe os frutos mais desejados, e o treinador do Sporting teve de mudar o esquema para começar a extrair sumo de um 'pomar' com fruta seca e sem sabor.

Numa segunda parte, com Doumbia e Luiz Phellype já em campo, foi Vietto a fórmula mágica para um leão desencantar três pontos da 'cartola' que, desta feita, não teve o mesmo coelho como artista. Afinal, há mais vida além de Bruno Fernandes. 

Saiba agora quem mais brilhou e quem mais esteve ofuscado no 'tribunal' de Alvalade: 

Homem do jogo:  Luciano Vietto chegou ao presente encontro com apenas um golo apontado, mas foi capaz de, no dérbi lisboeta, duplicar esse número e 'fazer a conta que Deus fez' (três). O bis do argentino valeu três pontos aos leões, numa partida de difícil resolução. E, sim, há mais vida no Sporting além de Bruno Fernandes. Vietto, neste domingo, conseguiu provar isso mesmo.

Surpresa do jogo: Nilton Varela tem apenas 18 anos, mas é um menino de quem muito ainda vamos ouvir falar. Formado no Sporting, o lateral regressou a uma casa que bem conhece para infernizar a vida a Bolasie e ser um 'esquadro' quase perfeito seja a defender, seja a atacar.

Desilusão do jogo: A cara com que Luís Neto saiu do terreno de jogo reflectia bem a nomeação que lhe pusemos. Apenas meia hora em campo, uma meia hora desoladora em que pagou pela estratégia que o treinador quis adoptar. Foi o primeiro 'crucificado' de um onze mal esquematizado pelo seu 'tutor'. 

Treinadores

Jorge Silas: Quis copiar a receita da Noruega e acabou por tirar um mau 'cozinhado' da cartola. O esquema de três centrais não trouxe bons frutos a uma equipa que só evidenciou melhorias com as substituições promovidas no decorrer do encontro. O jogo mexeu para melhor, quase de forma automática, com a entrada de Rafael Camacho para a entrada de Luís Neto e, na etapa complementar, Luiz Phellype, envolvido no primeiro golo dos leões, e Bolasie, no segundo, foram cartadas-chave num triunfo que foi literalmente 'arrancado' do banco.

Pedro Ribeiro: Saiu de Alvalade com um castigo demasiado pesado. O treinador do Belenenses SAD montou um esquema que 'prendeu' um felino durante 35 minutos ao seu reduto defensivo. Entrou destemido a vencer na casa dos leões e, mesmo com as alterações introduzidas, os azuis do Restelo só afundaram o dique após o remate acrobático de Luciano Vietto. 

Árbitro do jogo: Manuel Oliveira não vai sair de Alvalade com boas recordações do trabalho realizado. Péssimo no capítulo disciplinar, perdeu na segunda parte o controlo de um jogo que, até aí, não se perspectivava fácil. Numa distribuição de amarelos, quase sem critério, permitiu que o jogo tivesse demasiadas interrupções. Ficam dúvidas no segundo golo dos leões, mas avaliar a posição de Bolasie já não é da sua competência. Tudo o resto obriga a um estudo e a um forte trabalho de casa.

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