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"Se a cada desaire tivermos que mudar o rumo, não temos estratégia"

Bruno Lage garante que continua a acreditar no caminho delineado pela direção do Benfica, apesar das derrotas na Liga dos Campeões.

"Se a cada desaire tivermos que mudar o rumo, não temos estratégia"
Notícias ao Minuto

13:52 - 08/11/19 por Notícias Ao Minuto

Desporto Bruno Lage

Bruno Lage garantiu, esta sexta-feira, que a derrota com o Olympique Lyon, para a Liga dos Campeões, não irá pesar na equipa para o duelo deste sábado, com o Santa Clara. Em conferência de imprensa, o treinador do Benfica abordou, ainda, a situação de Ferro e deixou um apelo aos adeptos.

Dificuldades nos Açores: O nosso objetivo é sair de lá na mesma posição e para isso temos que fazer um grande jogo. Vamos jogar contra uma equipa bem trabalhada pelo João Henriques, que tem apresentado um bom futebol, com vitórias. É uma equipa que domina dois sistemas muito bem. Poderemos ter que jogar contra mais uma linha de cinco. Temos que estar preparados para todas as eventualidades, para terminar este ciclo de sete jogos líderes do campeonato.

Estado mental da equipa: O foco é sempre a nossa forma de estar na vida. Os jogadores estão habituados a isso. Enquanto jogadores e treinadores de equipa grande, não podemos olhar para trás e pensar no que perdemos ou ganhámos. É fechar um jogo, fazer a análise do jogo e olhar para o adversário, com os seus pontos fortes e as oportunidades que nos dão para ter espaços.

Contratar para fortalecer equipa na Europa: São opiniões. Se a cada desaire tivermos que mudar o nosso rumo, não temos estratégia. Podemos fazer outro tipo de análise. Há muitos anos atrás dizia-se que era quase impossível vencer o campeonato inicial tendo como base uma equipa vinda da formação. O Benfica tem provado isso. O passo seguinte é termos a capacidade de fazer competições europeias à dimensão do clube, mas seguindo uma filosofia. Veja a questão por outro lado. Tendo o Benfica capacidade para segurar os melhores jogadores da formação, seguramente nos próximos oitavos-de-final, seis desses jogadores estarão lá. Quando a situação financeira estiver estabelecida, conseguiremos segurar os jogadores. Temos essa ambição e exigência, mas nada nos pode tirar deste projeto. As pessoas que lideram o Benfica acreditam que esta é a estratégia, e nós, independentemente dos resultados, não podemos fugir dela.

Jogadores da formação com baixo rendimento: São momentos... Teríamos que fazer uma análise concreta a quem? Todos têm tido oportunidades, uns têm jogado melhor do que outros. O rendimento da equipa, a momentos, não tem sido brilhante, e temos que ter consciência disso, mas é um caminho que temos que fazer. Jogar sete jogos em 21, 22 ou 23 dias e depois ter uma paragem para seleções, nem sempre permite ter uma dinâmica coletiva. São situações normais que acontecem numa equipa ao longo de uma época.

Jogadores importantes no banco na Europa, como Pizzi ou André Almeida: O Pizzi só não jogou o último jogo da Liga dos Campeões, assim como o André Almeida. Contra o Lyon, na Luz, como vencemos, não se levantou essa questão. Seferovic.... Vinícius tinha feito um bom jogo, são opções. Interessa é fechar o jogo o mais rapidamente possível. São opções que passam por mim. Deixe-me contar uma história... Tenho 43 anos, terminei o curso há 23. Daí, 15 ou 20 colegas foram dar aulas. Eu não fui, tentei investir na carreira como treinador. Muitos colegas diziam-me que ia para o futebol ganhar 100 ou 200 euros no início de carreira, enquanto os professores ganhavam 1400 ou 1500. Eu pensei pela minha cabeça e fui atrás desse sonho. Passados uns anos, cheguei ao Benfica, e, a determinada altura, senti que precisava de um projeto. Os meus colegas aqui diziam 'Ninguém sai do Benfica'. Eu pensei pela minha cabeça, fui à minha vida. Estive no Dubai, em Inglaterra.... Até que chegou o convite para voltar aqui, à equipa B. Toda a gente dizia 'Vais deixar a Premier League para competir na II Liga'. Pensei pela minha cabeça e vim. Independentemente do que possam dizer, são 20 anos a pensar pela minha cabeça. Quero um dia olhar para trás e perceber o percurso que fiz a pensar pela minha cabeça.

Ferro: Vai connosco, mas vamos perceber até que ponto está em condições para jogar. Foi mais o susto do que alguma lesão que o tirasse do jogo. Ontem treinou normalmente, hoje também. Se estiver a 100%, pode jogar, se não temos sempre Jardel pronto para jogar.

Muitos golos sofridos na Europa: São situações que podem acontecer. Não se trata de serem adversários mais fortes. O que é que poderemos dizer de um golo sofrido como contra o Zenit? O mais importante não é olhar para o que se defende ou ataca, mas sim para a evolução e rendimento da equipa. Essa é a nossa preocupação.

Casa cheia nos Açores: Tem sido muito importante. Sentimos isso na Luz nos dois últimos jogos, com um apoio fantástico à equipa. É fundamental. Tal como estamos a perceber que os adversários estão a jogar de maneira diferente contra nós, com uma linha de cinco, temos que ter a paciência para os atrair e tentar encontrar espaços. Isso requer que os adeptos percebam isso e que tenham paciência para continuar apoiar. Espero que os adeptos percebam o que se faz dentro de campo.

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