Assinala-se, nesta sexta-feira, o dia de Todos os Santos e os sportinguistas bem podem acender uma vela em honra do seu 'santo' mais valioso.
Bruno Fernandes voltou a carburar uma exibição de luxo na Capital do Móvel, assinando um golo e uma assistência na vitória por 2-1 dos leões, diante do Paços de Ferreira, neste duelo relativo à 9.ª jornada da Liga portuguesa.
O emblema lisboeta já leva 16 golos marcados na I Liga e o capitão leonino teve intervenção direta em dez (cinco golos e outras tantas assistências). E o leitor ainda acha que exageramos nos adjetivos à melhor vitamina BF deste Sporting?
Todavia, nem tudo foram rosas numa exibição, onde os felinos mostraram o seu melhor na etapa inicial, para na segunda parte ser Renan Ribeiro a 'cortar os espinhos' a um castor que se mostrou bem mais atrevido e muito por culpa de um Douglas Tanque que não só marcou, como infernizou o miolo defensivo verde e branco.
Contas feitas, o leão encarrilou a terceira vitória consecutiva, Silas já leva cinco triunfos em seis encontros, desde que assumiu o comando técnico do Sporting, e os números parecem, finalmente, rimar com um felino cada vez de melhor saúde.
Saiba quem brilhou e mais pecou neste Paços Ferreira-Sporting
Figura do jogo: Já faltam adjetivos para descrever o valor em bruto de Bruno Fernandes. Na primeira parte, à exceção de Renan Ribeiro, todos os jogadores do restante onze já tinha feito pelo menos um passe ao capitão leonino. Pelos seus pés passa a filigrana de um jogo que o próprio transforma em ouro a cada movimento que faz. O médio dos leões terminou a partida com mais uma assistência e novo golo. E já vão cinco no primeiro capítulo, e já vão cinco no segundo. Bruno Fernandes é, definitivamente, um jogador cinco estrelas.
Surpresa do jogo: Renan Ribeiro teve uma primeira parte para apreciar a neblina que se abateu na Capital do Móvel, para na etapa complementar ligar os faróis e ser um 'bombeiro' a apagar diversos fogos. Quatro defesas de excelente nível, uma das quais em tempo de descontos evitaram dissabor nortenho para os pupilos de Silas.
Desilusão do jogo: Luiz Carlos nem sempre teve acerto no passe, todavia deu solidez a um meio-campo que estancou várias investidas dos leões, nomeadamente na etapa complementar. O médio acabou por borrar a pintura, aos 78 minutos, ao desviar com o braço uma bola, no interior da grande área pacense, que daria o 2-1 de grande penalidade e consequente vitória para os leões
Treinadores:
Pepa: Não abordou o jogo da melhor forma e rapidamente sofreu uma 'travessura' de Luiz Phellye aos 11 minutos. Na segunda parte corrigiu o esquema com uma linha de quatro médios e a entrada de Douglas Tanque foi 'pura dinamite' para uma toada ofensiva que só não terminou com maiores ganhos por culpa de Renan Ribeiro. Pepa jogou e bem as 'cartas' na etapa complementar, mas uma 'traição' de Luiz Carlos tirou ao treinador pacense uma nota mais positiva.
Silas: Bons apontamentos para o treinador leonino que apresentou uma solidez de processos, nomeadamente na primeira parte, onde o leão se mostrou autoritário a atacar e solidário a defender. Todavia, a gasolina ainda não dá para um jogo completo e existem automatismo ainda por olear. Onde esteve Vietto, uma sombra de exibição, comparativamente a luzes já evidenciadas em anteriores partidas.
Homem do apito: Rui Costa não teve uma partida fácil, sendo várias vezes a intervir no capítulo disciplinar. Esteve bem a assinalar a grande penalidade a beneficiar os leões, por braço de Luiz Carlos, e agiu corretamente ao nada assinalar no lance em que os pacenses pediram penálti, por alegada mão de Mathieu. Acuña podia ter sido expulso no decorrer da segunda parte, mas o árbitro foi 'brando' e deixou-se ficar pelo amarelo.