Bruno Lage, treinador do Benfica, fez esta sexta-feira a antevisão da partida das águias, este sábado, frente ao Belenenses SAD. 

Depois de duas goleadas 'gordas' na abertura das competições oficiais, com dez golos marcados e zero sofridos, o treinador relembra que ainda nada está ganho. 

Falando sobre as várias opções que tem no plantel, o técnico lembrou a necessidade de apostar na formação para suprir lacunas na lateral direita, mas também que encara o seu trabalho jogo a jogo, sem pensar muito no jogo que se segue.

Confira o essencial da conferência de imprensa das águias.

Samaris - FC Porto e Sp. Braga nas próximas jornadas - dinâmicas com Florentino: Eu funciono jogo a jogo e o problema que o jogo me vai dar. Para mudar alguma coisa eu conto com o Adel. Todos os jogos têm os seus problemas e oportunidades que devemos ou não explorar. É a partir daí que tomo as minhas decisões.

Conti: Não está no mercado está apenas lesionado. Foram dar uma medalha de prata a um miúdo com enorme valor e que passa por um momento difícil porque se voltou a lesionar. O Shéu chegou ao Benfica e esteve durante dois anos sem jogar... só para dar o exemplo. Isto são os tempos modernos: as pessoas querem que as coisas aconteçam ontem e já. O treinador tem de controlar a expetativa de 25 homens. 

Níveis exibicionais em relação ao ano passado: É uma pergunta dos tempos modernos. Quer que faça uma análise a dois jogos contra 20 e tal de outra época. Não consigo fazer isso. Temos de fazer uma análise com uma base mais sólida. O nosso trabalho é sempre o mesmo: olhar para o jogo e fazê-lo evoluir. O grande objetivo é dar condição aos jogadores para que possam competir ao mais alto nível e aproximar a equipa do nível do ano passado. Temos ainda um longo caminho a percorrer, mas estamos muito satisfeitos com a resposta dos jogadores.

31 jogos - 5 golos de chegar aos 100: Não é objetivo para o jogo com o Belenenses. Se marcassemos mais contra o Santa Clara íamos tirar o recorde a uma equipa que foi bi-campeã na Europa... De alguma forma até se fez justiça. Queria concluir também o que disse quando fomos eliminados pelo Sporting na Taça: treinador de equipa grande não deve perder muito tempo com o que perde mas com o que vai ganhar, mas o que já conquistou também não deve ocupar muito tempo. Eu olho é para depois desta semana de trabalho fazer evoluir a equipa e vencer o próximo jogo. 99% da minha atenção é para saber como vencer o próximo jogo.

Renovações e Tomás Tavares no primeiro plantel: O Tomás era mais um jovem que conhecíamos. Em virtude do que é a situação em termos de laterais direitos fazia sentido dar-lhe oportunidade. Após o Europeu foi dar-lhe um curto período de férias e integrá-lo. Renovações? É uma enorme satisfação ver o reconhecimento do trabalho, de um coletivo e do trabalho de cada um deles. 

O que falta às equipas portuguesas na Champions: Acho que não falta nada se não não tínhamos tantos e tão bons treinadores a trabalhar Europa fora. Se formos mais competitivos vamos evoluir. 

Jogos e calendário: A nossa postura tem sido sempre essa: sair de um jogo e entrar apenas no jogo seguinte. Eu não tenho memória de nenhum treinador ter dito que não está a pensar no próximo jogo mas no seguinte. Estamos a pensar muito no Belenenses. 

Pote 2 da Champions: Na Liga dos Campeões não há jogos fáceis e temos de estar preparados para encarar todos os jogos de forma muito convincente. Temos de olhar para o panorama do futebol português e lembrar que temos feito menos pontos. Temos de nos lembrar do percurso do FC Porto nos últimos 20 anos e lembrar que foi o clube que mais contribuiu para termos uma equipa com entrada direta na Champions. 

Belenenses - jogo coletivo: Trata-se de mais um jogo de enorme dificuldade. Pelo que é a qualidade dos jogadores e qualidade do Belenenses e do seu treinador, esperamos dificuldades. É dar uma olhadela para o que foi o primeiro jogo do Belenenses com o Portimonense. Preparámo-nos da melhor maneira para dar a nossa melhor resposta e para tentar vencer.

Condecoração: É uma honra enorme, mas quando se está num lugar como este e se conseguem objetivos como alcançar o título, é normal que este tipo de coisas aconteçam na nossa cidade. Fico de alguma forma feliz porque, como eu, que estive vários anos fora, também vão ser outras pessoas que não ocupam um lugar tão importante e que têm muito mérito. Olho para o que foi o trabalho do meu pai, mais em termos de cidade, aquilo que foi e fez enquanto jogador, treinador e diretor. São muitos mais anos a contribuir para que a cidade de Setúbal seja um melhor local para todos nós.

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