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Tiago Gomes: O Benfica, a evolução com Marco Silva e... Sérgio Conceição

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, Tiago Gomes, que representou o Feirense na duas últimas épocas, abordou o seu percurso profissional que começou no Benfica e passou por clubes como Estoril ou Sp. Braga.

Tiago Gomes: O Benfica, a evolução com Marco Silva e... Sérgio Conceição
Notícias ao Minuto

08:05 - 12/07/19 por Andreia Brites Dias

Desporto Entrevista

Tiago Gomes representou o Feirense nas últimas duas épocas. No entanto, o lateral esquerdo de 32 anos terminou o seu contrato com os fogaceiros e, atualmente, ainda tem o futuro em aberto. Formado no Benfica, o jogador português passou por clubes como o Belenenses, Estoril ou Sp. Braga, onde foi treinado por Sérgio Conceição. Fora de Portugal, esteve ao serviço do Zaglebin, Metz e Apollon.

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, Tiago Gomes falou sobre o seu percurso, as experiências fora de Portugal e o trabalho com Sérgio Conceição e Marco Silva. 

Esteve ao serviço do Feirense nas últimas duas temporadas (2017 a 2019). Como correu a experiência?

Gostei muito de estar lá, o clube tem muito boas condições, embora a primeira época tenha sido melhor do que a segunda. A nível de objetivos, concretizámos os objetivos na primeira época, na segunda foi mais complicado.

O seu contrato chegou ao fim e deixou o clube no final da época. Houve possibilidade para renovar ou para sair durante o tempo em que representou o Feirense?

Nesta época fiz 17 jogos e não acabei o ano a jogar. A época não muito regular, tornava-se mais difícil renovar. Deve ter sido esse o motivo. Propostas? Sentia-me bem no Feirense e, na verdade, não tive propostas para sair.

Recuando até ao início da sua carreira, o Tiago fez a sua formação no Benfica, entre 1997 e 2005. Como foi a passagem pelo clube da Luz e que importância teve na sua carreira?

Fui para lá com 11 ou 12 anos e estive lá 12 anos. Fiz grandes amizades, é um clube que está no meu coração e que gosto porque estive lá muitos anos. A verdade é que criei grandes amizades como, por exemplo, com o Manuel Fernandes ou com o João Coimbra, e isso é o que fica.

Como olha, atualmente, para a formação do Benfica e para a evolução nos últimos anos?

Está a evoluir de uma maneira brutal. O mais importante é que estão a apostar agora nos jovens. O facto de terem criado estas condições ajuda muito à evolução do jogador. Quando tinha 15 ou 16 anos, treinávamos nos pelados dos Olivais, é uma realidade completamente diferente. Devíamos ter agora 15 anos e aquele centro de estágio... Naquela altura tínhamos condições, mas era diferente. 

Como foi a passagem pela equipa B (2005/06) e o que falhou para não dar o salto para a formação principal?

Não deu, não deu... Fui sempre profissional, dei sempre o máximo. Não gosto de me desculpar dessa forma,. com um momento, com um treino, por aí. Não deu. Mas sempre fui profissional.

Em 2007, teve a sua primeira experiência fora de Portugal, no Zaglebie Lubin, da Polónia. Foi uma experiência enriquecedora?

Confesso que me custou um bocado. Tinha 21 anos e estava habituado a estar com os meus pais. Era a primeira vez fora do país, mas fez-me bem. É bom quando sais da tua zona de conforto porque olhas para as coisas de uma outra forma, ganhei outro tipo de maturidade. Acabei por gostar muito. Na Polónia faz muito frio, custou-me mas depois habituei-me. 

Rapidamente regressou a Portugal, para representar o Belenenses. Como é que surgiu esse regresso e que mudanças é que sentiu?

Sempre gostei muito do Belenenses, porque é um clube histórico. Quando soube do interesse e que poderia vir para Portugal novamente, gostei logo da ideia. Na Polónia, o futebol não é tão competitivo como em Portugal e isso também me ajudou a regressar.

Seguiu-se o Estoril, com Marco Silva. O que é que nos pode contar sobre o treinador português?

O Estoril foi o clube onde fui mais feliz. Quando fui para lá, estávamos na II Liga e conseguimos subir de divisão. Marco Silva? Evoluí bastante com ele. É um treinador muito bom. 

Notícias ao Minuto[Tiago Gomes ao serviço do Sp. Braga, na temporada 2014/15.]© DR SC Braga

A sua passagem pelo Estoril correu bem e chegou um convite do Sp. Braga, em 2014/15...

Tenho alguns amigos que já tinham estado no Sp. Braga, como o caso do Sílvio. Na altura, falei com eles e disseram-me para aceitar e nem pensar duas vezes. É um excelente clube, as pessoas são muito carinhosas e recetivas, gostei mesmo muito de lá estar. É um clube de outra dimensão onde não falta nada.

Onde também trabalhou com o Sérgio Conceição...

Gostei muito de trabalhar com o Sérgio. Gosto de treinadores frontais, como ele. Ele era um treinador que não nos facilitava a vida, pela sua exigência, queria sempre mais. Quer sempre tirar o nosso melhor. 

Era fácil perceber que acabaria a treinar um grande?

Sim, claro que sim. Deu logo para perceber que ele ia ter sucesso como treinador, pela sua personalidade, a forma como fala, como incentiva os jogadores... 

Há algum momento, alguma história, que possa partilhar?

Sim, até há (risos). Uma vez, no estádio do Sp. Braga, falámos com os adjuntos para nos darem a chave do carro dele e levámos o carro para o campo. Ele não viu o carro e ficou furioso. Quando deu por isso, estava o carro no meio do campo, cheio de autocolantes... Mas se não o tivesse visto, tinha-se passado com os jogadores (risos). 

Apesar de ter corrido bem, esteve apenas uma época em Braga e foi emprestado ao Metz. Acha que essa transferência pode ter quebrado, de alguma forma, o percurso que estava a trilhar? 

Se calhar o facto de ter saído do Sp. Braga e ter ido para França, embora tenha corrido bem, pode ter influenciado, sim. Talvez agora as coisas pudessem ser diferentes. Naquele momento, decidi arriscar e não me arrependo. Nunca me arrependi. Mas confesso que, talvez pudesse ter feito as coisas de uma outra forma até porque tinha a possibilidade de ter continuar em Braga. Fiz a pré-época com o Paulo Fonseca e ele nunca me disse que não contava comigo. Aliás, se não fosse a boa proposta financeira, não tinha saído. 

Depois do Metz, seguiu-se um empréstimo ao Apollon, no Chipre. Houve possibilidade de ficar a título definitivo?

Chipre é muito bom para viver e o clube tinha excelentes condições. Eu estava emprestado pelo Sp. Braga e até houve um momento em que se falou da possibilidade de renovar contrato, mas tive várias lesões e, no final, não quiseram ficar comigo. Aí, voltei para Portugal e fui para o Feirense. 

Neste momento está sem clube. Propostas?

Neste momento, ainda não tenho nada certo. 

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