Membro integrante da equipa que conquistou o Campeonato do Mundo no passado ano de 2018, Paul Pogba concedeu, este sábado, uma extensa entrevista à revista ICON, suplemento do jornal espanhol El País, na qual explica o fundamento por detrás da conquista.
Para o médio do Manchester United, o “segredo” da seleção francesa passa pela “diversidade cultural” visível nos homens que se encontram sob as ordens de Didier Deschamps, que se revelou fulcral para o sucesso na Rússia.
“Todos somos franceses, mas um é de origem africana, outro de origem espanhola, outro portuguesa, e assim sucessivamente. Cada vez que jogo com a seleção é um verdadeiro prazer. Ali não há foras de série. Somos uma família”, afirmou.
Pogba admitiu, ainda que jogadores como “Del Piero, Figo ou Totti” desempenharam um papel fundamental na sua própria formação enquanto jogador: “Todos foram os melhores do mundo, mas certamente muitos deles não marcavam mais de 20 golos por temporada”.
“Agora, os dados e as estatísticas converteram-se, muitas vezes, no único critério para julgar. Por um lado, está certo, faz parte da evolução do futebol moderno e da vontade de jogar cada vez mais a bola, mas às vezes esquece-se do difícil que sempre foi marcar mais de 20 golos, até para os jogadores excecionais”, explicou.
“Messi e Cristiano Ronaldo demonstraram-no nos últimos anos. Fazer o que eles fazem, ter essas estatísticas, é a exceção, não a regra. Atualmente, se um lateral ofensivo marca dez ou 15 golos, corre o risco de que digam que não é muito. Nunca se avalia a prestação do jogador, algo que eu diria que há alguns anos se tinha mais em conta”, acrescentou.