Dois golos de Lima valeram o triunfo ao Benfica em Paços de Ferreira, no jogo de abertura da quinta jornada da Liga Zon Sagres. Depois da interrupção logo aos dois minutos e meio, motivada pela falta de energia eléctrica no Estádio da Mata Real, o encontro recomeçou e o Paços chegou à vantagem logo aos sete minutos, na conclusão de uma boa jogada pelo flanco esquerdo em que Cícero se antecipou a Jardel e desviou para o golo. Os adeptos pacenses fizeram a festa, mas, logo no minuto a seguir, o Benfica empatou: livre do lado direito apontado pelo argentino Enzo Pérez, a bola sobrevoou a área, Jardel cabeceou para defesa incompleta de Cássio e Lima, mostrando-se mais rápido do que os adversários, atirou com o pé esquerdo. Titular pela primeira vez - Jesus não contou com Cardozo e Aimar, apostando numa dupla com Lima e Rodrigo -, o ex-bracarense fazia o segundo golo na Liga, depois de ter marcado como suplente utilizado em Coimbra na jornada anterior.
O jogo continuou equilibrado, embora o Benfica passasse a ser mais rápido sobre a bola. Com isso, no entanto, apenas apareceu mais vezes na área nortenha, conquistando pontapés de canto, mas sem incomodar a baliza do Paços. Já os pacenses procuravam não se desorganizar e buscavam saídas rápidas para o ataque, mas perdiam com demasiada frequência a bola na sua intermediária, algo que inviabilizava depressa as iniciativas.
Na parte final do primeiro tempo, os pacenses tornaram-se mais atrevidos, aproximaram-se da baliza de Artur e foram sempre deixando a ideia de perigo iminente. Contudo, a melhor ocasião foi desperdiçada pelos benfiquistas a um minuto do intervalo quando um centro de Rodrigo teve desvio de Lima contra o corpo de Cássio e, na recarga, o argentino Salvio rematou torto.
A precisar de assegurar os três pontos, Jorge Jesus aproveitou o intervalo para trocar Nolito por Gaitán e, no recomeço do jogo, noutro erro de Cássio, a equipa da Luz voltou a estar perto do 2-1: o recém-entrado argentino teve bom trabalho no interior da área, rematou com pouca força, o guarda-redes parecia ter uma defesa fácil, mas deixou escapar a bola e esta ainda embateu na barra antes de regressar às mãos do guardião. Os lisboetas mantiveram o ascendente e, aos 63 minutos, após entendimento com Rodrigo, Pérez surgiu em boa posição para marcar, picou a bola perante a saída de Cássio, mas a tentativa saiu defeituosa. Logo a seguir, Jesus procurou outra alternativa no banco, lançou Carlos Martins (tirou Matic), à procura de garantir maior pendor ofensivo, mas só aos 70 minutos o Benfica marcou pela segunda vez numa jogada que parecia dominada pela defesa do Paços. Maxi Pereira, numa entrada de carrinho, ganhou a três opositores dentro da área, Gaitán não teve hipóteses de rematar, mas a bola ficou à disposição de Lima e este nem sequer sentiu dificuldades para bisar.
Inconformado com a desvantagem, Paulo Fonseca também mexeu na sua equipa, mas tornaram a ser os visitantes a ficar mais perto de marcar: primeiro, aos 78 minutos, Carlos Martins isolou Lima, este tentou o chapéu a Cássio e atirou sobre a barra; depois de André Almeida render Rodrigo, Gaitán beneficiou de um ressalto dentro da área, mas o seu remate, amortecido por desvio num defesa, foi parar às mãos do guarda-redes; a seis minutos do final, Salvio libertou-se de Ricardo dentro da área, flectiu para dentro, disparou cruzado com o pé esquerdo e a bola passou rente ao poste direito. Já no período de compensação, Angulo, em fora-de-jogo não assinalado, teve remate à queima-roupa que Artur defendeu e Caetano, num pontapé cruzado, fez a bola passar perto do poste esquerdo.