A terminar a segunda temporada no comando técnico do FC Porto, Sérgio Conceição sabe que, se quiser revalidar o título de campeão português, terá de bater Nacional e Sporting nas duas últimas jornadas do campeonato, e aguardar que o Benfica deslize frente a Rio Ave ou Santa Clara.

No entanto, há algo que ninguém lhe pode tirar: uma valorização verdadeiramente ‘explosiva’ do plantel azul e branco. Feitas as contas, tendo em consideração os valores do portal especializado Transfermarkt, o técnico pegou num plantel avaliado em 171,1 milhões de euros.

No espaço de menos de dois anos, fez com que esse mesmo valor disparasse para os 318,3 milhões de euros, o que significa uma valorização de 186%. A equipa azul e branca só não é a mais valiosa da I Liga porque é superada pela do Benfica em… 700 mil euros.

Uma evolução que, de resto, ganha outro brilhantismo pelo facto de ter sido conseguida, na sua maioria, através da valorização de jogadores que, na sua larga maioria, já ‘moravam’, no Dragão antes da chegada de Sérgio Conceição.

Éder Militão é, de resto, a principal exceção à regra. O defesa-central foi contratado ao São Paulo no passado verão, por cerca de quatro milhões de euros. No entanto, já tem concretizada a transferência para o Real Madrid, a troco de 50 milhões de euros.

Marega deu o exemplo

Moussa Marega é o principal exponente desta valorização azul e branca. Aquando da chegada de Sérgio Conceição para o lugar de Nuno Espírito Santo, o avançado encontrava-se praticamente ‘riscado’, após uma temporada de empréstimo ao Vitória SC.

No entanto, o técnico fez do internacional maliano uma das principais referências do ataque, e este correspondeu com golos. Ainda que com algumas peripécias pelo meio, assinou 46 tentos em duas temporadas, ao cabo de 85 jogos.

No verão de 2017, o valor de mercado de Marega estava fixado nos sete milhões de euros. Um valor que subiu para os atuais 30 milhões de euros

Semelhante ‘explosão’ sucedeu com jogadores como Danilo Pereira (dos 20 para os 28 milhões de euros), Yacine Brahimi (dos 18 para os 26 milhões de euros) ou Alex Telles (dos nove para os 30 milhões de euros).

Os cofres agradecem

No entanto, não foi só no papel que a valorização do plantel do FC Porto se fez notar. No passado verão, a SAD azul e branca encaixou uma verba na ordem dos 72 milhões de euros, um dos valores mais altos dos últimos anos.

Os principais ‘responsáveis’ para tamanha quantia foram Diogo Dalot e Ricardo Pereira. Ambos os jogadores foram transferidos por 22 milhões de euros, sendo que o primeiro rumou ao Manchester United e o segundo ao Leicester City.

No próximo verão, pelo menos 50 milhões de euros já estão garantidos, face à venda de Éder Militão para o Real Madrid, pelo que está aberto o caminho para ‘pulverizar’ a faturação de há cerca de um ano.