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Honda Civic 1.6 i-DTEC: O diesel que fazia falta

A Honda estendeu a sua proposta no Civic e decidiu lançar o 1.6 i-DTEC com 120 cv de potência e 300 Nm de binário. Foi há precisamente um ano que este modelo chegou a Portugal. Uma data apropriada para nos fazermos à estrada.

Notícias ao Minuto

08:13 - 15/03/19 por Ruben Valente

Auto Análise

O Honda Civic 1.6 i-DTEC (de caixa manual ou automática) é a única proposta a gasóleo da gama Civic. Chegou em março de 2018 com um motor que levou a marca japonesa a trabalhar arduamente para cumprir as normas europeias, que estão cada vez mais apertadas no que diz respeito às emissões poluentes.

Segundo a Honda, este motor apresenta pistões de aço forjado para reduzir a perda de arrefecimento e planalto super afiado que reduz o nível de atrito entre os pistões e os orifícios do cilindro para permitir o movimento suave do pistão. A perda de energia do sistema é menor do que no i-DTEC anterior, graças a um novo design do compressor no turbocompressor.

Mas, o que realmenta interessa a um potencial comprador? Os consumos, claro… é aqui que esta proposta a diesel pode tornar-se realmente vantajosa em relação às ofertas a gasolina. A Honda adianta consumos médios de de 4,1l /100 km, mas na estrada, como uma condução normal, não conseguimos ir tão baixo. O mínimo que registámos foi uma média de 5,3l aos 100, num Civic de caixa automática. Bons números que justificam a aquisição deste modelo a diesel, caso faça muitos quilómetros por dia. No entanto, antes de falarmos sobre a nossa experiência, é preciso fazer uma pequena análise daquilo que nos oferece esta 10.ª geração do Civic.

Exterior

Longe de ser novidade, a décima geração do Civic voltou, na nossa opinião, aos dias da ribalta. É um automóvel que transpira o ar nipónico da Honda. As grelhas na parte frontal e na traseira conferem-lhe um ar mais agressivo, enquanto as óticas apresentam uma identidade única. Ao olhar para o Civic não há como equivocarmo-nos, a sua linha fala por si e torna-o inconfundível.

É também preciso frisar que houve um aumento nas dimensões gerais do carro. Este novo Honda Civic é 16 kg mais leve que a anterior geração e tem um melhor índice de rigidez torcional do chassis, que aumentou em cerca de 52%.

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Interior

O habitáculo oferece-nos conforto na medida do esperado. Cinco pessoas viajam tranquilamente, sem grandes apertos, até porque nos parece que o Civic é uma das melhores propostas no segmento a nível de espaço. Destaque também para a bagageira que oferece 478 litros.

Nos materiais existe alguma discrepância. Uns são mais agradáveis ao toque que outros, mas nota-se que a Honda teve um certo cuidado a este nível. Sentamo-nos e facilmente nos sentimos cómodos. A pega do volante é excelente, a regulação dos bancos e do volante, idem.

O design pode não ser do agrado de todos, mas na nossa opinião está bem conseguido. Tecnologias e ajudas à condução é algo que também não falta no interior do Civic – talvez, até demais. O volante está repleto de comandos e todo o painel de instrumentos é digital.

Um dos pontos menos positivos do habitáculo é o ecrã de infotainment. Completamente touch, não é amigável de uma condução segura. Tudo tem de ser operacionalizado no ecrã, o que nos faz perder a atenção se estivermos em estrada. Força do hábito ou não, a verdade é que para aumentar ou baixar o som do rádio leváva-mos sempre a mão ao botão... da climatização.

Fora isso, não há muito mais que possamos dizer de negativo. Confortável, mais tecnológico e espaçoso. Não é esse o objetivo?

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Na estrada

É aqui que o Civic 1.6 i-DTEC nos surpreendeu. Mal colocamos o automóvel a trabalhar e ouvimos o motor, não engana. É o ruído de um motor Diesel, que acaba por reduzir após a temperatura aumentar. Iniciamos a marcha e rapidamente percebemos que este não é um motor de euforias, mas garantimos que não deixa ninguém com as expectativas defraudadas.

Além dos bons consumos, que já referenciámos, este é um motor responsivo ao pedido do pé direito do condutor. Se pisarmos o acelerador um pouco mais afincadamente, este Civic não se sente envergonhado. E mesmo optando por uma condução mais agressiva, podemos afirmar que este é o chamado 'carro dócil'. Não é fácil perder o controlo em curva, uma vez que o eixo dianteiro se comporta de forma exímia quando o tentamos explorar de uma forma mais dinâmica. 

Um dos pontos fortes deste Civic é a sua suspensão adaptativa, que é exclusivo do modelo hatchback de cinco portas. Não podemos mentir e dizer que nada sentimos ao passar numa estrada irregular, mas garantimos que é de um conforto extremo a forma como a suspensão deste Civic 1.6 i-DTEC absorve em grande parte todas as irregularidades que as estradas de Lisboa podem conter.

A caixa automática é um 'plus' que os mais afetos ao conforto vão com certeza gostar. Porém, controlar a caixa na forma sequencial pode não corresponder ao pretendido, uma vez que cada vez que se troca de relação sente-se um ligeiro 'delay'. Isso e a ausência de modos de condução. Não é que não seja prazeroso conduzir este Civic. É bastante agradável e nós ficámos fã deste modelo. Mas aliado à caixa automática, se existisse um modo 'Sport' ou até mesmo um 'Eco', era a chamada cereja no topo do bolo.

Considerações finais

Falando exclusivamente, como até aqui, nesta proposta a gasóleo, temos de ser sinceros: É um automóvel que cumpre facilmente as expectativas mais altas que se tenha, mas só é vantajoso caso queira completar muitos e muitos quilómetros. Isto porque as propostas a gasolina são razoavelmente mais baratas.

Este é um Civic muito económico em termos de consumo de combustível e apraz qualquer condutor que goste de um bom conforto na estrada. A suspensão e o modo como se comporta em estrada é fantástico, tal como as tecnologias com que se faz acompanhar - os japoneses não falham neste sentido. É tão tecnológico que um dos poucos contras que este automóvel traz é o seu ecrã infotainment completamente touch, que por mais futurista que seja, não se torna amigo de um condução segura. Espaçoso, é também de uma dinâmica exemplar e transmite muita confiança ao condutor.

Preços de todas as motorizações:

1.0 i-VTEC Turbo Confort - 23.300€

1.0 i-VTEC Turbo Elegance - 25.530€

1.0 i-VTEC Turbo Executive - 28.830€

1.5 i-VTEC Turbo Sport - 31.710€

1.5 i-VTEC Turbo Sport Plus- 33.710€

1.5 i-VTEC Turbo Prestige - 34.710€

1.6 i-DTEC Turbo 9AT Elegance Navi - 31.350€

1.6 i-DTEC Turbo 9AT Executive - 34.230€

1.6 i-DTEC Turbo 9AT Executive Premium - 35.130€

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