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"BdC? Se quiser falar da minha passagem pelo Sporting escrevo 20 livros"

Técnico português regressou este domingo a Portugal depois de uma aventura no Al Hilal

"BdC? Se quiser falar da minha passagem pelo Sporting escrevo 20 livros"
Notícias ao Minuto

19:25 - 17/02/19 por Notícias Ao Minuto

Desporto Jorge Jesus

Jorge Jesus, técnico que depois de sair do Sporting assinou pelo Al Hilal, regressou este domingo a Portugal. 

No aeroporto de Lisboa, o técnico foi 'parado' pelos jornalistas e respondeu a várias questões que lhe foram feitas.

De Bruno de Carvalho a Frederico Varandas, o experiente treinador luso não deixou esconder ter ficado surpreendido com o potencial de um jogador das águias.

Confira o essencial das declarações do técnico ex-Sporting e Benfica.

Regresso a Portugal: É uma sensação boa voltar a estar com quem mais gosto. Vim eu e um dos meus assistentes. Vamos cá passar mais uns dias e depois temos de sair novamente.

Convite de presidente saudita para liderar Academia: É uma proposta interessante, não do ponto de vista de desportivo. A ideia não é radicar-me na Arábia Saudita, é para ser consultor e projetar uma academia, infraestruturas e recursos humanos. Isto porque estive em duas grandes academias. Ainda não aceitei nada. Há uma cláusula que eles querem... Que é regressar três vezes à Arábia Saudita

Chantagem (Bruno de Carvalho): Cheguei agora e não quero entrar por aí. Uma das coisas que aprendi na Arábia Saudita é a respeitar o futebol, independentemente das pessoas. Não é momento para falar disso. Se quiser falar da minha passagem pelo Sporting não escrevo um livro, escrevo 20 livros. Como não preciso de escrever livros para sobreviver, continuo a trabalhar no que sei, que é ser técnico.

Ansioso por voltar ao ativo: Vocês não têm muito o conhecimento do futebol na Arábia Saudita, como eu não tinha. Eles são apaixonados pelo futebol, têm sempre o estádio cheio, não é como em Portugal. Contratam jogadores de 20 milhões... isso ém Portugal não existe. Formámos uma equipa muito forte e o Al Hilal vai ganhar tudo. Em Portugal discutiríamos o título com os grandes. 

Regresso a Portugal: É completamente impossível. Propostas? Isso não é importante. O que me sensibilizou é que estão a fazer tudo para que possa ser importante para eles na Arábia Saudita. 

Sporting melhor sem Jesus (Frederico Varandas): Eu não vi muitos jogos do campeonato português. Vi os últimos. O resultado é que diz se as equipas estão bem. No ano em que saí estávamos em segundo lugar. O FC Porto está a liderar. As equipas vêem-se pelo momento. Não tenho uma ideia sobre como estão as três equipas.

Frederico Varandas: Foi meu médico, tivemos sempre uma relação muito boa. Continuo a ter, apesar de não ter gostado de algumas afirmações que fez sobre mim. Isso não importa. Foram três anos de uma aproximação muito grande, mas eu não sou só mais um.

Rui Vitória e sistema tático do Benfica: Foi para um espaço (casa) onde eu estava, mas nunca me encontrei com ele, só com a família dos assistentes. Falava normalmente, bom dia e boa tarde. Vai ter uma missão difícil, ele tem de recuperar os seis pontos que eu deixei na frente. Tem uma boa equipa, mas já perdeu um jogo. A equipa do Al Hilal é muito mais forte. A relação pessoal? As relações desportivas são uma coisa, as pessoais são outras. Houve mind games... isso é uma situação que vai acabar. Aprendi que o que importa é respeitar o futebol e as pessoas. Não é que com os mind games deixes de respeitar as pessoas. Em Portugal fala-se muito antes dos jogos, pressiona-se muito. Vou tentar que, da minha parte, que ganhe a melhor equipa dentro do campo e menos bla, bla, bla.

Bruno Lage: O Benfica não recuperou pontos, quem perdeu foi o FC Porto, com o Guimarães e Moreirense. Portanto, tenho visto o Benfica com o Lage... estou surpreendido com um João Félix, vai ser uma referência do futebol português. Ainda tem muito que aprender, ainda não percebe muito o que é a tática dos movimentos do jogo. Posso fazer uma comparação de dois jogadores, Rui Costa e Kaká. Ele tem um pouco dos dois e vai ser um jogador acima da média. 

Desiludido com algumas pessoas: Eu não estou chateado com ninguém. Aceitei um projeto. O ministro que me contratou, que é o que quer que eu abra uma academia na Arábia Saudita, todos eles saíram e, portanto, eu queria chegar a maio, mas como eles tinham um projeto champions, que tem finais em outubro, queriam ter a certeza. Lá também chegaram notícias. As redes sociais do Al Hilal são vistas por quatro milhões de pessoas diariamente. Tinham na cabeça que eu tinha um compromisso em Portugal e que por isso não queria renovar. Não tenho, tenho zero. Queria estar em Abu Dhabi... deixei a equipa nos quartos. Eu não, a minha equipa. Eles vão ganhar tudo. Com esta nova aquisição que fizeram, o Giovinco, que eu pedi....

Defender de acusações: Repare, eu tenho uma história e não alimento polémicas. Quero tranquilidade e que o futebol português tenha outro caminho em termos de agressões verbais.

Arrependimento com BdC?: Durante a vida tomamos decisões, umas melhores e outras piores. Somos pessoas inteligentes que também erramos, mas não fiz nada de grave. 

Voltava a assinar com Sporting e Bruno de Carvalho? Não, seria impossível.

Benfica na final da Liga Europa: O Galatasaray, na liga portuguesa, jogaria para os cinco primeiros lugares. Apostei com o Gomis que o Benfica ganhava no meu último dia. O Galatasaray não é equipa para conseguir fazer um julgamento de valores. 

Permanência na Arábia: Mesmo que aceite o projeto, não vou ficar na Arábia. Eles querem que lá vá três vezes e eu no máximo vou lá uma. 

Qual seria o clube a que não diria não: Até ao final da época desportiva não posso aceitar nenhum convite. 

Portugal ou estrangeiro: Não sei o que vai acontecer. Mas daria primazia a Portugal. Não tenho nenhuma hipótese em aberto. Perdi alguma identidade nos últimos anos, especialmente na Arábia Saudita. Eles nem sabem que eu treinava o Al Hilal. 

FC Porto?: Temos de respeitar o momento, as pessoas que estão a treinar e não me ponham pressão. Neste momento, com a época a correr é impossível. No estrangeiro é possível. 

Mudança de treino do Sporting: Eu quando estava em Portugal fui ouvido e não fui solicitado para mais nada.

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