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Sá Pinto: a "lenda" portuguesa que quer lançar o Legia para altos voos

A forma carinhosa como foi apelidado por uma adepta durante a entrevista concedida ao Desporto ao Minuto é a prova do respeito e da admiração que existe pelo técnico português, que quer repetir o sucesso alcançado noutras paragens e recolocar o emblema de Varsóvia no topo do futebol polaco.

Sá Pinto: a "lenda" portuguesa que quer lançar o Legia para altos voos
Notícias ao Minuto

08:00 - 28/01/19 por Fábio Aguiar

Desporto Exclusivo

Depois de Sérvia (Estrela Vermelha), Grécia (OFI Creta e Atromitos), Arábia Saudita (Al Fateh) e Bélgica (Standard Liège), Ricardo Sá Pinto aceitou o convite para abraçar a quinta aventura no estrangeiro e rumou à Polónia para salvar o Legia de uma temporada que parecia caminhar a passos largos para o desastre. 

A 13 de agosto do ano passado, o técnico português, de 46 anos, foi oficializado no emblema de Varsóvia, herdando uma equipa que ocupava o sexto lugar do campeonato e que respirava intranquilidade e falta de confiança. 

Cinco meses depois, os factos são claros: segundo lugar, com 39 pontos, a apenas três do líder Lechia Gdansk, presença nos quartos de final da Taça e somente uma derrota nos últimos 17(!) jogos. 

Com a paragem na Liga, a comitiva liderada por Sá Pinto rumou a Portugal e foi em Tróia que realizou um estágio de quase um mês, que serviu para solidificar processos, aperfeiçoar dinâmicas e adaptar dois reforços que, curiosamente, falam a língua de Camões: Luís Rocha e Salvador Agra.

A cumprir os últimos dias desta preparação para a segunda metade da temporada, a "lenda do futebol português", como carinhosamente foi apelidado por uma adepta presente no 'hall' da unidade hoteleira, recebeu o Desporto ao Minuto no 'quartel general' do Legia e conversou, em exclusivo, sobre esta nova etapa na carreira, revelando as marcas do passado, as certezas do presente e as ambições do futuro. 

Notícias ao MinutoRicardo Sá Pinto recebeu o Desporto ao Minuto no 'quartel general' do Legia Varsóvia, em Tróia.© Fábio Aguiar

Quase um mês depois de chegar a Tróia, que balanço faz deste estágio do Legia?

Até agora, fantástico! Em boa hora escolhi Portugal e Tróia. Temos excelentes condições, numa Academia pensada pelo José Mourinho, que tem dois campos ótimos e boas instalações. No hotel o serviço é muito bom, o Aqualuz tem-nos recebido de forma perfeita e temos tudo para fazer um bom mês de estágio. Tivemos aqui 10 dias, depois fizemos um interregno de três ou quatro e voltámos até ao fim do mês. Temos trabalhado muito duro porque tem que ser assim. Vamos começar a segunda metade da época no dia 10 de fevereiro, num jogo fora contra o Wisla Plock, e temos que entrar logo em força. Tivemos a felicidade de ter um bom tempo, com uma temperatura que é completamente diferente daquela que temos lá. Na Polónia, nesta altura, estão - 10 ºC ou -12 ºC, enquanto aqui podemos trabalhar com 16 ºC, 17 ºC ou 18 ºC. Enfim, extraordinário!

Tal como este arranque de aventura no clube, não é?

Sim, também. Chegámos e a equipa estava descrente, triste, sem confiança, não conseguia ter resultados, estava no sexto lugar... Enfim, atravessava um momento complicado. Por isso, para nós, foi difícil começar, pois a exigência no Legia é máxima. Trata-se de um clube da dimensão dos três grandes em Portugal, em que a pressão dos adeptos para ganhar existe sempre. Depois da época fantástica que fiz no Standard Liège, sentia que havia algum risco de pegar no Legia nesta altura, mas era a minha vontade. Queria uma equipa que me permitisse voltar a lutar por títulos. Essa era a minha prioridade enquanto treinador e era esse passo que queria dar.

Mas sente que chegou e conseguiu logo ter um impacto positivo no grupo, certo?

Inicialmente a preocupação foi devolver a alegria à equipa, criar um bom ambiente, com expetativas positivas, de esperança, e fazê-los acreditar que o caminho seria aquele que eu pretendesse. Não enchemos demasiados os jogadores com mensagens ou informações, pois eles já estavam cansados do primeiro processo. Tivemos algum cuidado, fomos passando as nossas ideias aos poucos, com muita cautela, para eles irem percebendo aquilo que eu pretendia para o Legia, tal como as suas missões coletivas, as regras e a nossa própria forma de estar enquanto equipa. Fui comunicando com calma e espaço e libertei-os, pois senti que eles estavam pressionados.

Notícias ao MinutoComitiva polaca realizou um estágio de quase um mês em Tróia. © Facebook Legia Varsóvia

Mais do que chegar e fazer alterações na equipa, a primeira missão foi a preparação psicológica...

Tentei retirar a pressão, libertá-los e dar-lhes confiança. Depois fomos evoluindo de forma a adquirir aquele tipo de jogo que eu também pretendo, sem fechar a equipa numa caixa. Não é isso que quero. Deixo-os ter liberdade criativa no processo ofensivo. Têm a possibilidade de colocar em prática as suas características em prol da equipa. Em termos táticos organizámo-nos, pois havia alguma anarquia em termos da ocupação de espaços, nas marcações, especialmente, onde se fazia mais individual e menos zonal. Havia muito a fazer dentro da minha forma de ver o jogo. Por isso, trabalhámos muitos aspetos, desde o lado estratégico, passando pelo técnico, psicológico, emocional, e até pela nossa metodologia de treino, que também mudou um pouco. Na Polónia treina-se muito de forma analítica, em termos fisiológicos e físicos. Eu não sou fundamentalista, mas não concordo inteiramente com isso, em separar essas quatro vertentes: físico, técnico, tático e psicológico. Para mim, tem que estar tudo integrado. E eles rapidamente assimilaram, aceitaram e interpretaram isso muito bem. Estavam ansiosos de beber essa informação e felizmente a equipa tem vindo a crescer de semana a semana.

Acredito que esta paragem tenha sido importante para solidificar esses processos...

Claramente, até pelos dois jogadores que chegaram, o Luís Rocha e o Salvador Agra. Mas também serviu para trabalharmos algumas dinâmicas que só se conseguem aperfeiçoar com tempo. Não há outra hipótese. Acho que a equipa deu um salto qualitativo durante este estágio e agora só os resultados poderão demonstrar até que ponto o conseguimos. Mas sinto que a equipa está a crescer.

Conquistar o campeonato e a taça são os objetivos?

Sim, sem dúvida! Queremos esses dois títulos e é por eles que vamos lutar até ao fim.

Notícias ao MinutoLuís Rocha, Cafú, André Martins e Salvador Agra são os portugueses que atuam no Legia.© Facebook Legia Varsóvia

Tem ao dispor um plantel que conta já com quatro portugueses. Isso facilita-lhe a transmissão da mensagem à equipa?

Sem dúvida! É mais fácil para mim passar a mensagem para eles, até pelas posições que ocupam no campo, para, posteriormente, eles passarem à restante equipa. Eles têm os princípios praticamente adquiridos da nossa forma de jogar e do próprio treinador português. Habituaram-se a jogar em equipas grandes, com futebol apoiado, de passe curto, em posse, através de combinações, e não tanto um futebol direto, que é característica do estilo polaco, apesar de cada vez mais existir a preocupação de tentarem jogar a partir de trás. Mas, muitas vezes, esse é mais um mecanismo para atrair do que para chegar lá com bola. Tentam 'puxar' o adversário para depois ganharem a primeira e, sobretudo, a segunda bola, de forma a surpreenderem-nos nas nossas costas ou através de bolas paradas, que é um aspeto muito trabalhado na Polónia. Ter jogadores portugueses torna o processo mais fácil em termos de comunicação, mas não é fundamental. Hoje em dia o inglês é uma língua internacional, quase todos na minha equipa o falam na perfeição e entendem bem. Por isso, a comunicação é fácil.

Mesmo tendo treze diferentes nacionalidades no grupo?

Sim, é verdade que são muitas, temos um grupo heterogéneo. No entanto, apesar de serem de muitas nacionalidades, formam um bom grupo. Graças da Deus, tenho essa felicidade. Todos se entendem, comunicam uns com os outros e estão imbuídos no mesmo espírito. No início, cheguei com algumas estratégias pensadas, até com a possibilidade de os juntar em grupos diferentes, mas a verdade é que nem foi necessário porque o grupo é muito focado. Até à data tem sido bastante unido. Estão todos envolvidos no processo, determinados em ganhar, querem ajudar e se hoje não joga um, joga o outro. Quando assim é, torna-se mais fácil para um treinador.

O Cafú, por exemplo, tem estado em plano de destaque. Que importância tem tido na equipa?

Bem, o Cafú está a fazer, talvez, a melhor época da sua carreira ou, pelo menos, seguramente, uma das melhores, não só em termos de qualidade de jogo, mas também na decisão, nos golos que tem feito e no que tem ajudado a equipa no processo defensivo. Tem sido um jogador importante e rapidamente percebeu aquilo que eu queria. Também vem da formação de um clube grande e teve sempre bons treinadores. Por isso, foi uma adaptação fácil ao nosso estilo de jogo.

Tal como o André Martins, que parecia não estar feliz no Olympiacos, mas chegou e 'pegou' de estaca, como se diz na gíria...

O André trabalhou comigo no Sporting. É aquilo que toda a gente sabe: um jogador de grande qualidade, com um enorme potencial, que, na minha opinião, merecia estar noutro nível. Infelizmente, a carreira, por vezes, o contexto e as pessoas, não ajudam. Ele tem muito para dar. O que se apontava sempre ao André era a falta de intensidade de jogo, mas isso também tem a ver com a exigência. Ele pode querer ser intenso, mas se não lhe pedirem, também não o vai conseguir ser, pois não é a característica dele. É nesse sentido que a ideia de jogo é importante, pois obriga-o a fazer isso, nomeadamente no momento defensivo. Se a equipa perde a bola e não reage, logicamente que ele também não vai ter essa reação intensa. Há coisas que fazem parte do modelo de jogo e ele sabe o que tem que fazer.

Notícias ao MinutoLuís Rocha e Salvador Agra reforçaram o conjunto polaco neste mercado de inverno. O primeiro representava os gregos do Panetolikos, enquanto o segundo rescindiu contrato com o Benfica.© Legia

E os mais recentes reforços, o Luís Rocha e o Salvador Agra? O que poderão acrescentar à equipa?

O Luís Rocha vem de um contexto da Grécia, onde a intensidade é mais baixa, mas o nível é bom. Para mim, até existem jogadores e equipas com maior qualidade do que na Polónia, mas a intensidade e o ritmo do próprio jogo, dos duelos e da luta não é tão grande. Como tal, tem-se adaptado a esta exigência, está a trabalhar muito bem e estou satisfeito com estes primeiros tempos dele. É um jogador de grande qualidade. O Salvador, por seu lado, vem de Espanha, nem sempre jogou, mas é um jogador com intensidade, experiente, e vamos tentar tirar o melhor dele. Ainda vai muito a tempo de conseguir outros patamares, está super-motivado, tal como o Luís. Vieram para um patamar de exigência diferente, lutar por títulos, que é algo que ainda não têm na carreira, e vamos ajudá-los aos dois, tal como todos os outros.

Faltam poucos dias para o fecho desta janela de mercado de inverno. Ainda poderá chegar mais algum reforço português?

Não coloco de parte, mas não é nenhuma obrigatoriedade. Vamos ver...

Normalmente, escolhe os jogadores consoante o seu perfil individual?

Acima de tudo pelo perfil, mas também pelo que conheço. Neste momento, Portugal é um mercado muito apetecível, pois nós não temos condições para pagar por um passe de um jogador, a não ser que ele esteja livre ou venha por empréstimo. Dentro dessas nossas limitações, acho que Portugal é um mercado muito apetecível.

Há cerca de duas semanas foi eleito um dos melhores treinadores da última época na Bélgica. Que marca ficou do Standard Liège e desse reconhecimento?

Fico orgulhoso, pois acho que foi um ano extraordinário, onde, do meu ponto de vista, merecíamos um pouco mais. Foi-nos retirada a possibilidade de lutar pelo título na penúltima jornada e eu gostava de ter ido até à última. Penso que merecíamos, pois perdemos com um golo de VAR - esse VAR que tem sido tão contestado. Fomos claramente prejudicados! Jogámos contra o Club Brugge na última jornada, se ganhássemos teria sido diferente e estaríamos noutra posição. De resto, ganhámos o playoff com muitos pontos de diferença dos outros, numa fase que nunca tinha tido as seis melhores equipas, conquistámos a Taça, também num percurso que jamais tinha existido - eliminámos o Club Brugge, o Anderlecht, o Oostende (fora) e o Genk, que agora é líder e tem a mesma equipa. Fizemos uma época brilhante e estou convencido de que se ficássemos iríamos ganhar o campeonato esta temporada. Não tenho a mínima dúvida!

Notícias ao MinutoSá Pinto está na sua quinta experiência no estrangeiro, depois de Sérvia, Grécia, Arábia Saudita e Bélgica.© Facebook Legia Varsóvia

A Polónia é a sua quinta experiência fora de Portugal. Que diferenças encontrou?

Não englobo aqui a Arábia Saudita, pois é um contexto totalmente diferente. Nos restantes tenho trabalhado maioritariamente em clubes grandes, com história, com adeptos, que lutam por títulos, como Sporting, o Estrela Vermelha, o Standard Liège e agora o Legia. É este tipo de desafios que eu quero para a minha carreira, pois enquanto jogador também foi assim. Gosto de treinar equipas com objetivos claros de vencer títulos. O mais difícil é quando não temos condições para isso. Estive em contextos diferentes como o OFI Creta e o Atromitos. No primeiro, cheguei com a equipa em último lugar, acabámos em sexto e fomos às meias-finais da Taça. Foi um grande desafio, mas impossível lutar por títulos. Se eu puder escolher, será sempre neste patamar que eu quero estar, com pressão de ganhar, com estádios cheios, com equipas motivadas, com qualidade, e, claro está, com objetivos de vencer. Se o conseguimos ou não, isso é outro desafio. Mas, pelo menos, quero ter essa oportunidade.

Como disse, a Arábia Saudita é uma realidade distinta. No entanto, parece ser um destino nada vez mais comum para os treinadores portugueses. O fator financeiro é o que mais pesa?

É o maior aliciante! Por exemplo, no caso do Jorge Jesus, que foi para a melhor equipa, tem os melhores jogadores, tem muito dinheiro, está a viver em Riade, que é a capital, dentro de um condomínio em que se pode ter praticamente a mesma vida que temos na Europa, é outro contexto. O meu, quando lá estive, era totalmente diferente. Eu não podia ir a um centro comercial de calções, havia lojas para mulheres em que os homens não podiam entrar, nos restaurantes tinha que esperar porque só podia ir para a parte dos homens e não para a das mulheres, havia o Ramadão e tinha jantar e treinar às tantas da manhã... Além disso, têm aquelas cinco rezas ao dia que limitam também muita coisa. Uma vez fiquei preso dentro de um supermercado, pois havia uma reza e eles fecharam as portas. Falaram só em árabe, eu não entendi e fiquei lá fechado até a reza terminar. Enfim, havia este tipo de questões. É uma experiência de vida e de grande humildade. Depois de vivermos uma experiência destas, passamos a valorizar mais a liberdade que temos no nosso país.

É daquelas realidades que só se entendem depois de as vivermos...

Sim, é mesmo isso. Agora acho que as mulheres já podem ir ao futebol, já podem conduzir, ir aos hotéis... No meu tempo não podiam nada! Não podiam falar com homens na rua sequer. Estas restrições à volta desta separação eram marcantes. É um choque cultural tremendo.

Mas voltaria lá?

A equacionar voltar, teria de ter a certeza que o clube para onde fosse iria lutar por títulos. Agora olhamos para os números que andam a oferecer, de seis, sete ou oito milhões... Isso pesa, claro, pois são valores incríveis. Mas, felizmente, não é algo prioritário para a minha carreira neste momento. A realidade da Arábia não é um contexto muito apelativo para quem gosta de estratégia e de pensar o jogo, pois eles lá não têm muita cultura nem entendem algumas coisas. Essa foi a minha maior dificuldade. Eu não entendo o jogo sem existir organização. Anarquias e apostar na sorte para mim não dá. Se estivermos nas melhores equipas, mesmo que não entendam as coisas, como temos os melhores jogadores, acabamos por ganhar. Quando não é assim, como foi o meu contexto, é mais complicado. Foi uma experiência em termos desportivos que eu não gostava de repetir porque houve muitas coisas que não funcionaram, desde a falta de organização, de apoio das pessoas, pois a mentalidade é diferente, e de profissionalismo. Quando assim é, não consigo estar feliz.

Notícias ao MinutoAntigo internacional português não esconde a felicidade pelo momento da equipa: luta pelo título, está nos 'quartos' da Taça e nos últimos 17 jogos perdeu apenas... um.© Facebook

Olhando para o futebol português, continua a acompanhar?

Gostava de acompanhar muito mais. Estes cinco meses têm sido de identificação do campeonato onde estou inserido, da minha equipa e isso absorveu-me muito. Mas vou vendo. Sei que existe muita polémica à volta do VAR, eu próprio já sofri muito com o VAR, inclusive esta época, na Taça, em que houve um penálti, a bola entrou e o árbitro não assinalou nenhum deles. Felizmente acabei por ganhar, mas não deixou de ser um erro grave que nos prejudicou. Eu acho que há coisas que são demasiado óbvias e em que o VAR tem de atuar. Mas noutras é a própria interpretação do árbitro que está a dificultar a ação. O que não consigo perceber é como é que um VAR, que é um árbitro fora da pressão e está apenas a ver imagens em várias câmaras, não consegue decidir, e um árbitro que o tem que fazer lá dentro, sob pressão, com o público em cima dele, em 15 ou 20 segundos, é criticado. Se o VAR tem dificuldades, como é que o árbitro não terá? É isso que eu acho que tem que ser revisto. Não podemos retirar a dinâmica do jogo e o erro faz parte. Por isso, penso que o VAR deveria existir mais para situações claras, como as de golo ou de expulsões.

Qual lhe parece ser a equipa mais sólida na corrida pelo título neste momento?

Ui, isto ainda falta muito... Está tudo muito aberto e qualquer uma das equipas pode lá chegar. Além disso, vemos o Sp. Braga lá metido, e bem, pelo que tudo pode acontecer.

Era sobre o Sp. Braga que lhe ia perguntar, uma vez que conhece bem o Abel Ferreira...

Ele trabalhou comigo nos sub-19 do Sporting. Depois subi à primeira equipa e, na altura, até falei com o Carlos Freitas, dizendo que achava que o Abel era a melhor solução para me substituir. Disse-lhe que era uma boa oportunidade. No início, ele queria perceber um pouco se seria ou não, mas depois acabou por aceitar e fê-lo em boa hora, pois foi o seu começo. Está a fazer um excelente trabalho e fico muito feliz por ele.

Notícias ao MinutoAmbiente que se vive nos estádios polacos é um dos atrativos para o treinador. © Facebook Legia

Se tivesse que pedir um desejo para o novo ano, o que seria?

Se pudesse pedir o campeonato e a Taça, em termos desportivos, seria perfeito. Era o que queria. Mas se me disserem: 'Só podes escolher um.' Então, obviamente que escolheria o campeonato, que é algo que ainda não ganhei como treinador principal. Depois, pessoal e socialmente, não posso exigir muito mais. Sou um pai e um marido cheio de sorte com a família que tenho, com os amigos também, tenho a felicidade de ter tudo o que queria ter nesta altura, inclusive o mais importante, que todos queremos, que é saúde. Isso é fundamental para depois poder ser treinador a este nível de exigência, que é muito desgastante.

E voltar a Portugal?

Está sempre nos meus horizontes...

Obrigado e felicidades.

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