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Quina encanta em Inglaterra mas garante: "Ainda não mostrei nem metade"

Jovem português que foi campeão europeu com a seleção nacional de sub-19 revela-se feliz ao serviço do Watford, equipa para a qual se transferiu no último verão. Uma entrevista exclusiva do Desporto ao Minuto.

Quina encanta em Inglaterra mas garante: "Ainda não mostrei nem metade"
Notícias ao Minuto

08:10 - 11/01/19 por Francisco Amaral Santos

Desporto Exclusivo

Domingos Quina faz parte dos vários jogadores portugueses que se estrearam a jogar na Premier League na presente temporada. O talentoso médio português tem somado minutos no Watford, equipa para a qual se transferiu no verão, e revela-se muito feliz pela escolha de ter continuado em Inglaterra.

Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, Quina revela os planos para a segunda metade da temporada e recorda o título de campeão europeu de sub-19 conquistado ao serviço da seleção nacional.

Mas não é só. Também os tempos de formação no Benfica e a forma como se adaptou a Inglaterra, quando se mudou com apenas 13 anos de idade, foram abordados. 

Oito jogos e dois golos depois, que balanço faz desta temporada no Watford?

Neste momento estou muito feliz. As pessoas querem ver-me jogar e querem dar-me oportunidades. Era mesmo isso que eu precisava e procurava. Estou realmente feliz e só quero continuar a ganhar minutos.

Entretanto também já se estreou a marcar. Qual foi a sensação de marcar aquele golaço na Premier League? 

É uma sensação que não dá para descrever. É o realizar de um sonho. É algo muito bom de sentir. Mas agora só quero estar concentrado e fazer mais golos na Premier League.

Em Inglaterra tem sido alvo de vários elogios, desde comentadores desportivos a adeptos. Sente-se realizado ou ainda mais pressionado? 

Sim, sinto-me realizado, mas também sei que ainda não mostrei nem metade daquilo que posso fazer. E é isso que me dá vontade de querer trabalhar mais. É o mister mandar-me para dentro de campo e eu poder mostrar-me. E também ter o gosto de as pessoas lá fora verem aquilo que eu consigo fazer dentro das quatro linhas. 

Olha para este novo ano como aquele de total afirmação em Inglaterra? 

Pode ser… Mas não estou preocupado com isso. Se eu acabar esta época com 10 ou 15 jogos na Premier League, para mim já é algo muito bom. É o meu primeiro ano neste campeonato e sabemos que a Premier League é muito difícil. Além disso não há muitos jogadores com a minha idade a jogar aqui neste momento. Seria muito bom para mim conseguir alcançar a meta dos 10/15 jogos. O que vier a seguir a isso é… bónus!

A Premier League é apontada por muitos como a melhor Liga do mundo...

Na minha opinião, é o melhor campeonato do mundo. Os jogos são muito rápidos, muito físicos e tu nunca quem sabes quem vai ganhar. Quer dizer, sabes, mas há sempre surpresas e as equipas pequenas podem ganhar às equipas grandes. Isso é a melhor parte deste campeonato. 

À medida que vai somando minutos, sente-se mais adaptado ao estilo de jogo praticado na Premier League?

Sinto que a cada jogo estou cada vez mais adaptado. No início, contra o Manchester City, foi uma coisa. Com o Everton foi outra. Tenho trabalhado todos os dias. Tenho feito trabalho de ginásio porque sou pequeno e a maioria dos jogadores adversários são fisicamente mais fortes do que eu e cabe-me a mim saber contornar isso. É um processo demorado e que leva tempo. O pensamento aqui em Inglaterra é difícil. Tenho que andar aos poucos para chegar ao melhor nível.

Nesse jogo com o Everton cruzou-se com outro português, o André Gomes. Teve oportunidade de trocar uma palavras com ele?

Não, não conseguimos falar muito.

Mas presumo que se seja bom cruzar-se com tantos portugueses ao longo da época... 

Sim, claro que sim! Os jogadores portugueses têm tanta ou mais qualidade que a grande maioria dos jogadores da Premier League. Vamos aparecer cada vez mais no mundo fora e, claro, também aqui na Premier League.

Não podemos deixar de falar do último verão e daquele campeonato europeu de sub-19 ganho por Portugal. Que recordações guarda disso? 

É algo que nunca vou esquecer. Nunca vou esquecer o título e não vou esquecer os meus companheiros. A maioria deles já conhecia dos tempos do Benfica quando era miúdo. Foi muito bom poder partilhar o concretizar de um sonho com eles. É algo que vamos sempre falar quando nos cruzarmos. E, atenção, já foi a segunda vez que conquistámos um título juntos [sub-17].

Isso é a prova de que esta vossa geração é muito talentosa?

Acho nenhuma seleção tinha feito aquilo que nós fizemos e olhando apenas para isso dá para ver que a nossa geração é realmente talentosa. Somos bons no que fazemos e somos muito unidos. Além disso, isto mostra que os jovens portugueses têm qualidade e acho que é bom para todo o país.

Jogou no Benfica mas aos 13 anos mudou-se para Inglaterra para jogar no Chelsea…

Sim, estive no Benfica. Talvez tenham sido os melhores momentos da minha vida. Era miúdo e jogava pelo simples gostar daquilo. Jogava sem preocupação e agora o futebol é o nosso trabalho. As coisas são mais exigentes e cobram mais de nós, mas é a nossa obrigação. O Benfica é o Benfica e eu nunca vou esquecer isso. 

Naquela altura jogava com Gedson, Jota e Florentino Luís…

Sim, joguei com eles e jogava contra o Sporting. Também joguei contra o Dalot umas vezes. Nós conhecemo-nos todos e felizmente chegámos todos à seleção. São todos jogadores muito talentos. Mesmo muito.

Atualmente a sua família vive aí. Ainda assim, tem saudades de Portugal?

Tenho saudades e vou lá sempre que posso, mas Inglaterra agora é a minha casa. A minha irmã estuda aqui e eu já estou aqui há muito tempo. A minha família está aqui e a minha casa agora é aqui. É mais fácil estar em Inglaterra.

Sente-se então totalmente adaptado a Inglaterra?

Sim, mas acho que nunca me vou adaptar ao frio (risos). Não sei sequer se dá para comparar com o clima em Portugal.

Gostaria de ficar em Inglaterra durante muitos anos?

Quero ficar aqui o máximo tempo possível porque estou no melhor campeonato do mundo. Antes de vir para aqui, tive outras opções e outros campeonatos. Mas eu escolhi ficar aqui porque eu sinto-me bem e quero continuar.

Para fechar, quais as reais ambições do Watford?

Temos de pensar nos lugares europeus. Temos de ter essa ambição porque temos jogadores com qualidade para isso. Se conseguirmos irmos à Liga Europa na próxima época seria muito bom. No entanto, neste momento estamos concentrados em ganhar cada jogo que disputamos para continuar a subir na tabela.

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