O último mês do ano é, por hábito, marcado pelas festividades relativas a Natal e Fim de Ano. No entanto, dezembro de 2018 foi pródigo num rol de acontecimentos que, com eles, trouxeram mais dúvidas para 2019 do que respostas propriamente ditas.

Final do ciclo Cristiano Ronaldo-Messi?

Comecemos pela Bola de Ouro. Após dez anos consecutivos a ser entregue, ora a Cristiano Ronaldo, ora a Lionel Messi, o título de melhor jogador do mundo, foi para as mãos de Luka Modric. Poderemos estar, por fim, a assistir ao final de ciclo destes dois ‘extraterrestres’ do futebol mundial?

Um espectador mais incauto poderá pensar que sim. Afinal, o português irá festejar 34 anos, e o argentino 32, idades que, por norma, são sinónimo de curva descendente nos atletas que praticam o desporto-rei. Mas será que tal se aplica a estes dois?

Pela primeira vez em sete anos, o avançado da Juventus não terminou um ano civil com, pelo menos, 50 golos. Já o argentino, pese embora se tenha sagrado campeão espanhol, não entrou, sequer, na luta pelo título de melhor do mundo. E em 2019?

E agora, Mourinho?

Uma série de maus resultados, assim como uma catadupa de (supostos) problemas no relacionamento com alguns dos seus principais craques, levaram o Manchester United a abdicar dos serviços de José Mourinho ao cabo de duas temporadas e meia. Será que o melhor do treinador português já lá vai?

O sadino era a grande esperança da direção dos red devils para recolocar o clube na rota dos sucessos, mas acabou por deixar Old Trafford sem conquistar o principal objetivo que lhe foi proposto: a conquista da Premier League.

O que trará 2019 para Mourinho? Um eventual regresso ao Real Madrid – que orientou entre 2010 e 2013 – como tanto tem sido badalado? Ou até mesmo ao Inter de Milão- onde trabalhou entre 2008 e 2010 – e onde levantou a sua última Liga dos Campeões? Ou algo completamente diferente? Os próximos meses o dirão.

Recurso à vista no e-Toupeira?

Dezembro trouxe uma boa notícia para o Benfica. A juíza de instrução Ana Peres optou por não levar a SAD encarnada a julgamento no caso e-Toupeira por nenhum dos 30 crimes de que estava acusada, ao contrário do que sucedeu com o assessor jurídico Paulo Gonçalves e com o funcionário judicial José Silva.

Motivo para que a direção liderada por Luís Filipe Vieira possa, para já, respirar de alívio? Provavelmente, não. As últimas informações veiculadas pela imprensa nacional apontam para a possibilidade de o Ministério Público vir a recorrer da decisão. E até Sporting e FC Porto já ameaçaram fazer o mesmo.

Poderá, afinal, a SAD do Benfica – que era acusada de um total de 30 crimes – ter de responder em Tribunal? E, se tal não acontecer, quais as repercussões que tal terá no desporto português? Eis mais um caso que promete fazer correr muita tinta.