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Football Leaks: Raio-X ao 'negócio Pogba' mostra mina de ouro para Raiola
Empresário terá encaixado quase 50 milhões de euros com a transferência do francês para o Manchester United.
© Reuters
Desporto Revelação
O jornal alemão Der Spiegel revelou, esta quarta-feira, documentos obtidos pelo Football Leaks, que colocam a nu a autêntica mina de ouro que a transferência de Paul Pogba para o Manchester United foi para Mino Raiola.
Feitas as contas, refere a publicação, o empresário do internacional francês terá recebido uma comissão total na ordem dos 49 milhões de euros, num polémico negócio que levou, inclusive, a FIFA a abrir uma investigação por possível conflito de interesses.
Na base do processo, estaria um contrato assinado entre a Juventus e a Topscore Sports Limited – empresa de Mino Raiola – a 20 de julho de 2016, no qual o agente se dava como o principal responsável pela valorização do jogador, visto ter feito tudo para o promover na imprensa.
Nesse sentido, ficava estipulado que o médio poderia ser transferido por uma quantia mínima de 90 milhões de euros, o que valeria uma comissão de 18 milhões de euros ao empresário. E, por cada cinco milhões de euros acima desse valor, a comissão aumentaria três milhões de euros.
O negócio entre Juventus e Manchester United acabaria por ficar fechado por 105 milhões de euros – um novo recorde de transferências à data – pelo que Mino Raiola teve direito a uma ‘recompensa’ de 27 milhões de euros.
O problema é que, a 8 de agosto de 2016, dia antes da oficialização da transferência, Pogba e Manchester United assinaram um contrato que dava o italiano como o principal responsável pelas negociações (o que traria consigo novas comissões).
Isto significa que, por um lado, Mino Raiola estava obrigado salvaguardar os interesses da Juventus, no sentido de realizar o negócio pela maior verba possível. Por outro, estava obrigado a proteger os interesses do Manchester United e de Pogba, para que este se realizasse por… “condições aceitáveis”.
O Comité Disciplinar da FIFA analisou as provas, mas entendeu que não deveria existir qualquer tipo de penalização por conflito de interesses.
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