Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting com a pasta financeira, falou esta quarta-feira, na Sport TV, sobre o empréstimo obrigacionista lançado pelos verde e brancos que termina amanhã, fazendo uma espécie de balanço da situação financeira do clube.

"Já passámos largamento o mínimo de 15 milhões de euros. No último dia tivemos cerca de 1000 subscritores. Sem dúvida que o esforço que foi feito pelos sportinguistas e investidores em geral tem colhido frutos", garantiu o vice-presidente de Frederico Varandas avançando que já foram conseguidos cerca de 19 milhões de euros.

"Eu relembro que a situação que nós herdámos no clube, todos os acontecimentos que se passaram, dado tudo isto, dada a conjuntura e dado também o pouco esforço que os bancos em comercializar este empréstimo obrigacionista este valor é excelente. Se gostava de ir mais acima? Claro que sim. Ainda falta um dia", acrescentou o dirigente leonino. 

"Toda a conjuntura herdade e todas as ocorrências, digo Alcochete, Cashball, o pouco tempo que tivemos para tratar deste processo, obviamente que condicionam a procura", disse ainda sobre este tema, deixando a ideia de que a perspectiva é que o resultado, fechada a comercialização destas obrigações, seja ainda melhor.

"Temos um plano financeiro para o Sporting, de sustentabilidade, e este empréstimo fazia parte desse plano. Queria é deixar aqui uma nota: tenho ouvido muita gente a questionar se estes 15 milhões seriam suficientes para reembolsar o empréstimo obrigacionista antigo, aquele que foi adiado. A resposta é sim", disse. 

"As pessoas não se podem esquecer que os clubes e as empresas têm liquidez própria", garantiu, deixando antever que podem haver vendas para equilibrar as contas.

"Neste momento, naturalmente, o sucesso deste empréstimo obrigacionista tem impacto positivo gradual no investimento da empresa Sporting e do clube. E também tem impacto desportivo. Não emitir 15 milhões teria um impacto mais negativo", acrescentou, falando depois do curso prazo. 

"Reforço do plantel? Naturalmente que vai ajudar. O reforço da equipa de futebol depende de várias variáveis, entre elas se há ou não saídas, se há necessidades ou não. Depende do sucesso deste empréstimo. Determinado reforço do plantel depende do sucesso desta operação. Mesmo segurar jogadores", afirmou Salgado Zenha, falando depois sobre a situação financeira do emblema leonina.

"Temos várias alternativas de financiamento e vamos usá-las no sentido do necessário para a gestão do clube. Estamos focados neste empréstimo obrigacionista, mas temos alternativas. Acho que há um passo que é óbvio e que tem que ver com a renegociação com os bancos. Pretendemos sentar-nos a mesa com os bancos, mas estamos a trabalhar noutras alternativas de financiamento e investimento", acrescentou.

"Não podemos partilhar toda a informação, é normal nas empresas. A Comissão de gestão fez um bom trabalho, deixou-nos uma herança que não foi fácil, conseguiram recuperar alguns jogadores e isso foi importante, investiram alguma coisa no plantel profissional, mas, na minha opinião, podia ter-se evitado um investimento tão forte", disse ainda falando depois "sobre um empréstimo obrigacionista adiado, jogadores não pelo valores que queríamos, jogadores que regressaram e outros que não regressaram, obviamente que não é uma situação fácil".

"Quando temos ex-presidentes a serem detidos na semana em que lançamos este empréstimo... e tivemos muito pouco tempo para trabalhar imensos dossiers. Muitos dos dossiers foram deixados para esta nova direção", acrescentou, dizendo-se orgulhoso do trabalho desenvolvido por todos os envolvidos nestes meses.

"Preocupação? Não têm razões para se preocuparem com a sustentabilidade a longo prazo, mas, naturalmente, este esforço dos últimos dias mostra que os sportinguistas estão preocupados com o curto prazo. Foi uma ajuda grande os sportinguistas deram", finalizou.

[Notícia em atualização]