Depois da importante (e bem conseguida) vitória, por 3-2, sobre a Polónia, para a Liga das Nações, a Seleção Nacional volta a entrar em campo este domingo, em jogo particular, diante da Escócia - 39.ª do ranking FIFA -, onde não vão estar alguns jogadores que participaram nesse embate com Lewandwski e companhia.

Rui Patrício, por exemplo, foi o último a ser dispensado. O guarda-redes do Wolverhampton está a contas com problemas físicos, não tem condições para dar o seu contributo e, como tal, foi autorizado a abandonar os trabalhos dos campeões da Europa.

Antes, já Bernardo Silva e Pepe também tinham deixado o grupo. Os dois jogadores foram titulares no encontro que permitiu a Portugal alcançar a liderança destacada do grupo 3 da Liga A da Liga das Nações e, por opção, Fernando Santos optou por poupá-los.

Deste modo, e tendo em conta apenas estas ausências, esperam-se várias mudanças no onze, desde logo na baliza. Se Beto é um experiente nestas andanças, Cláudio Ramos espera pela estreia absoluta pela Seleção A. No centro da defesa, além de Rúben Dias, o selecionador conta ainda com Pedro Mendes, que está na mesma situação do guardião do Tondela, e Luís Neto, enquanto para a frente, no lugar de Bernardo, existem muitas opções. Tudo depende do modelo tático que irá adoptar: o 4x3x3 ou o 4x4x2.

Se mantiver o esquema com três médios e decidir fazer uma espécie de troca por troca, o técnico tem à disposição Hélder Costa, que sonha vestir pela primeira vez a camisola das quinas, e Bruma, que diante da Polónia não foi a jogo por problemas físicos, mas que agora espreita o regresso ao onze. Contudo, se na cabeça de Fernando Santos estiver a possibilidade de atuar com dois avançados, aí, o herói Eder poderá estar de volta à titularidade, fazendo dupla com André Silva.

Jogadores com Kevin Rodrigues, que também anseia pela estreia, Danilo, de volta após lesão, ou Renato Sanches, a viver o momento mais positivo dos últimos tempos, também poderão ter aqui uma oportunidade para mostrarem serviço ao engenheiro

Estratégia escondida

Certo é que o selecionador não quis revelar as intenções na antevisão da partida. "Não há jogos ideais, o que há é competição. Irão jogar uns e, durante o jogo, se houver essa possibilidade, jogarão todos", começou por dizer, acrescentando: "Temos um adversário forte pela frente. Uma equipa que varia o seu posicionamento de campo, com laterais muito fortes. É uma equipa que nos vai colocar esse tipo de dificuldade. Vamos ter que pôr em campo as nossas competências e qualidades. Temos de organizar o jogo à nossa forma, de maneira a eliminar a fortaleza da equipa adversária."

Um bom teste para Portugal, que em 14 jogos com a Escócia venceu metade (7), empatou três e perdeu quatro, a última no longínquo ano de 1980, por 4-1. Este domingo, pelas 17h00, no no Hampden Park, em Glasgow, há um novo capítulo desta história entre as duas seleções.