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"Tenho 14 placas de metal no crânio e parafusos que as mantêm no lugar"

A arrepiante história de Ryan Mason, médio do Hull City, que aos 27 anos colocou um ponto final na sua carreira.

"Tenho 14 placas de metal no crânio e parafusos que as mantêm no lugar"
Notícias ao Minuto

11:10 - 26/09/18 por Notícias Ao Minuto

Desporto Ryan Mason

Ryan Mason foi obrigado a colocar um ponto final na sua carreira. E tudo por culpa da lesão arrepiante que sofreu no dia 22 de fevereiro de 2017, num jogo frente ao Chelsea, em Stamford Brigde."Entrámos bem no jogo. Eu estava a marcar o N'Golo Kanté, estava a ser uma boa batalha, muito leal. Então aos 13 minutos aconteceu", recordou o médio do Hull City, em declarações à revista FourFourTwo.

"Houve um canto. A bola veio, saltei e subitamente senti uma força incrível a esmagar-me a cabeça. Foi uma dor impossível de imaginar." Mason chocou com Gary Cahill e sofreu um violento traumatismo craniano, com hemorragia interna.

"As pessoas pensam que eu não me lembro, mas recordo-me de tudo. Lembro-me do médico vir a correr, da dor imensa, de me fazerem aquelas verificações da praxe após uma lesão na cabeça... O corpo passa por um estado de pânico e por uma fase de autopreservação quando sofremos um ferimento grave, ele sabe que algo de errado se passa. A dor era insuportável, era como se tivesse uma bomba a explodir na cabeça, na têmpora direita" acrescentou.

O médio de 27 anos agradeceu ao médico do clube, que acabou por salvar a sua vida. "Aquela decisão provavelmente salvou a minha vida. Ele percebeu que eu tinha fraturado o crânio e que podia ter lesões cerebrais porque o lado direito da minha cara estava caído e paralisado. O motorista da ambulância queria levar-me para o hospital mais próximo, mas o dr Mark Waller recusou, insistiu que me levassem para o St Mary's. Passámos por dois hospitais antes de lá chegarmos."Ryan Mason revelou ainda um episódio que passou quando esteve internado no hospital: "Tiveram de me mudar para um quarto particular porque eu não tolerava qualquer barulho, por mínimo que fosse. Até as enfermeiras a sussurrar parecia-me que estavam a gritar dentro da minha cabeça...".

"Eu dormia entre 20 a 22 horas por dia, acordavam-me para fazer uns testes e medir a tensão arterial, mas a maior parte do tempo tinha de dormir... Eu sabia que tinha agrafos e placas de metal na minha cabeça, mas só seis meses depois os médicos vieram ter comigo e explicaram exatamente o que tinham feito. Se me tivessem dito na altura não sei se teria aguentado..."

"Ao todo tenho 14 placas de metal no crânio e 28 parafusos que as mantêm no lugar. Foram usados 45 agrafos para fechar a ferida ao longo da minha cabeça. Quando tiraram os agrafos não foi propriamente agradável..."

Mason ainda voltou a treinar, mas "disseram-me que se voltasse a cabecear uma bola durante um ano ou mesmo seis meses, havia sérios riscos de vir a sofrer de demência ou epilepsia antes dos 29." O veredito passou, então, pelo abandono dos relvados.

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