Não foi fácil ver um futebol atrativo, esta segunda-feira no estádio Municipal de Braga. Arsenalistas e leões entraram com ímpeto, com garra e com muita vontade de mostrar serviço. Mas foi só isso… Porque ao que se assistiu foi a um jogo intenso, muito tático, mas atado de muitas maneiras. Jogou-se muito no meio-campo e balizas, durante muito tempo, nem vê-las.

No 2.º tempo as coisas mudaram de figura e o jogo melhorou. Bem, em abono da verdade, a emoção aumentou, a qualidade nem tanto. Dyego Sousa marcou o golo solitário da partida, mas um tento muito importante para a formação bracarense, que agora divide a liderança com o Benfica.

Mas o que correu mal ao Sporting?

Essencialmente, a equipa de José Peseiro nunca conseguiu criar grandes oportunidades de golo. Contam-se, pelos dedos de uma mão, as melhores ocasiões para marcar. Nani, na 1.ª parte, podia ter feito de cabeça o golo, tal como Jovane Cabral, no 2.ª tempo, podia ter feito o empate, depois de uma excelente jogada individual.

Os passes longos não entravam e a própria percentagem de passe não era a melhor. O Sporting, apesar de coeso defensivamente, no processo ofensivo teve dificuldades no último terço. Isto porque o Sp. Braga também foi sempre uma equipa que não deixou a turma de Alvalade jogar no espaço vazio. Raramente apareceram jogadores leoninos isolados e aí o mérito também é da formação minhota, que taticamente esteve irrepreensível.

Ou seja, se formos a ver as oportunidades mais flagrantes do Sporting, atentamos que uma aconteceu de bola parada e outra teve origem no ‘génio’ de apenas um jogador. Algo que o Sporting, se quer lutar por um lugar na frente, precisa de mudar.

A diferença esteve no pragmatismo

Apesar de o Sporting não ter estado perfeito, o Sp. Braga também não fez a exibição da sua vida. No entanto, os bracarenses foram mais competentes. E essa competência espelhou-se no resultado. A verdade é que podia ter sofrido, mesmo as oportunidades criadas pelos leões não terem sido muitas. Valeu Tiago Sá. Enorme a defender um cabeceamento de Nani e muito atento em todos os lances em que foi chamado a responder. Há guarda-redes que, por vezes, valem pontos.

Depois... o golo. Tudo se torna mais fácil com Dyego Sousa na frente, não é? Já lá vão cinco jogos e o mesmo número de golos para avançado da formação minhota. No sítio certo, ao minuto certo, o camisola 99 fez a diferença. Matador, o 'bombardeiro' ofereceu três importantes ponto aos Sp. Braga. Parece fácil: Cruzamento, toque subtil, Salin batido e golo. Parece... mas não é. Não é, mas foi apenas esta eficácia que diferenciou as duas equipas.

Sp. Braga	VS.	Sporting
12	Remates	12
4	Remates enquadrados	3
53%	Eficácia de passe vertical	47%
61	Duelos ganhos	62
10	Faltas cometidas	11
5	Cantos	4
48%	Posse de bola	52%