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Presidente campeão na primeira época? Eis o que a história nos diz

Frederico Varandas assumiu o objetivo de levar o Sporting ao título, mas não estabeleceu uma data concreta. Certo é que, dos presidentes do novo milénio, nenhum o conseguiu fazer no ano de estreante.

Presidente campeão na primeira época? Eis o que a história nos diz
Notícias ao Minuto

08:07 - 11/09/18 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto Análise

Frederico Varandas foi, este domingo, oficialmente empossado como 43.º presidente do Sporting, tendo vencido as mais concorridas eleições da história do clube, onde mais de 22 500 sócios fizeram valer o seu voto.

O antigo diretor clínico, agora sucessor de Bruno de Carvalho na liderança do clube de Alvalade, não esconde ao que vem: “Quero ser campeão, acredito que Sporting vai ser campeão. Não sei quando, mas sei”. Um objetivo que escapa aos leões desde 2002. Primeira missão: unir as ‘tropas’.

“Peço aos sportinguistas para vencermos, de vez, o nosso maior adversário, que é a fragmentação do Sporting. Não digo isto por dizer. Temos todas as condições para bater os nossos rivais, todas, mas a primeira é sermos unidos. Posso ser o general mais competente do mundo, mas, se os meus soldados não forem solidários, perdemos sempre as batalhas”, disse na primeira entrevista enquanto presidente, à Sporting TV.

O médico militar apanha a temporada já em andamento, com uma equipa orientada por José Peseiro que partilha a liderança do campeonato com Benfica e Sporting de Braga. Bem lançado para quebrar o jejum que já vai para 17 anos logo à primeira tentativa? Possível, mas a história diz-nos que não é tarefa fácil.

Dias da Cunha

O último presidente a levar um troféu de campeão nacional para o museu verde e branco foi António Dias da Cunha. Eleito líder máximo dos leões em agosto de 2000, após a demissão de José Roquette, o luso-moçambicano não teve uma primeira temporada feliz.

A equipa partiu para o campeonato como campeã em título, mas não conseguiu ir além de um terceiro lugar, a 15 pontos do campeão Boavista. Pelo meio, o então treinador Augusto Inácio foi despedido, e esteve perto de ser sucedido por José Mourinho, também ele demitido pelo Benfica.

Pressões de última hora levaram o negócio a cair por terra, tendo a escolha recaído sobre Fernando Mendes. Sete jogos depois, a antiga glória acabaria por dar o lugar a Manuel Fernandes, que ainda conseguiu chegar à meia-final da Taça de Portugal.

Findada a temporada, Dias da Cunha colocou todas as fichas no então desconhecido Lazlo Boloni. Com um plantel que conjugava a experiência de Jardel e João Pinto com a irreverência de Ricardo Quaresma, o Sporting acabaria por conquistar o tão ambicionado título. Uma história feliz… que não mais se repetiu.

Filipe Soares Franco

A 19 de outubro de 2005, Dias da Cunha acabaria por abandonar o clube, juntamente com o então treinador… José Peseiro. Filipe Soares Franco foi cooptado para a presidência da SAD já com a temporada em andamento.

Paulo Bento, até então responsável pelos juniores, foi promovido ao cargo de treinador principal, e teve em mãos a árdua tarefa de dar a volta a um arranque de pesadelo, que deixava a equipa no sétimo lugar do campeonato e já arredada das competições europeias.

O treinador acabou por conseguir levar o Sporting ao segundo lugar do campeonato – a sete pontos do campeão FC Porto – e às meias-finais da Taça.

José Eduardo Bettencourt

Quatro anos após assumir a presidência do Sporting, Soares Franco apresentou a demissão, sendo sucedido por José Eduardo Bettencourt em junho de 2009. No entanto, o banqueiro realizou uma primeira temporada bastante abaixo dos seus dois antecessores.

Com Paulo Bento no comando técnico, a equipa ficou no quarto lugar do campeonato, a 28 pontos do campeão Benfica, então orientado por… Jorge Jesus. Na Taça de Portugal, os leões foram eliminados nos quartos-de-final, pelo FC Porto. Na Liga Europa, não foram além dos oitavos-de-final, onde caíram frente ao Atlético de Madrid.

Luiz Godinho Lopes

José Eduardo Bettencourt não conseguiu resistir aos maus resultados e, em janeiro de 2011, abandonou a liderança dos verde e brancos, obrigando à convocação de novas (e polémicas) eleições, que acabariam por ser vencidas por Godinho Lopes, frente a Bruno de Carvalho.

Na primeira temporada que conseguiu preparar (2012/13), o engenheiro fez uma verdadeira revolução no plantel, mas os resultados não o acompanharam. Domingos Paciência, contratado com pompa e circunstância após uma temporada de sonho no Sporting de Braga, apenas durou até fevereiro, quando foi sucedido por Ricardo Sá Pinto.

O Sporting foi quarto classificado na I Liga, com menos 16 pontos do que o campeão FC Porto, mas ficou perto de dois troféus: a Taça de Portugal, onde perdeu a final para a Académica, e a Liga Europa, onde, após eliminar o Manchester City, foi derrotado pelo Athletic Bilbao.

Bruno de Carvalho

Com o clube imerso numa grave crise financeira, Godinho Lopes viu-se obrigado a apresentar a demissão. Dois anos depois, novas eleições, mas, desta feita, Bruno de Carvalho acabaria mesmo por sagrar-se vencedor.

Preparou uma equipa ‘low cost’ para o ataque à temporada 2013/14, com Leonardo Jardim no leme, e os verde e brancos ficariam no segundo lugar do campeonato, com uma desvantagem de sete pontos para o Benfica de Jorge Jesus.

Na Taça de Portugal, a equipa foi eliminada pelo Benfica (nas grandes penalidades) nos 16-avos-de-final, ao passo que, na Taça da Liga, não foi além da fase de grupos.

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