Sousa Cintra fez esta sexta-feira um balanço de todo o trabalho realizado pela Comissão de Gestão desde a destituição de Bruno de Carvalho de presidente do Sporting. Em entrevista à Sic Notícias, o líder da SAD leonina abordou vários temas, nomeadamente a entrada e a saída de alguns jogadores durante este tempo.
"Esta era a equipa que idealizava, muito forte, um plantel com qualidade. Fomos buscar alguns à nossa casa, vê-se agora o Jovane, que estava com um vencimento muito baixo que não se justificava e o Sporting não quer especulações. Mas não ia comprar jogadores sem o aval do treinador. [Muriel] Seria um dos jogadores. Nós é que não o quisemos contratar. Havia diálogo mas o nosso treinador teve alguma culpa nisso, primeiro queria o jogador e depois já não e depois queria ver outros. Depois chegámos à conclusão que não valia a pena mandar vir só por vir", revelou o dirigente que esta sexta-feira terminou funções.
"Viviano? Se houvesse proposta boa teria saído. Fiz contrato com um miúdo de 14 anos que já lá estava que é um fenómeno. Mandei 42 jogadores embora, todos profissionais, e comprei meia dúzia", acrescentou.
Relativamente à situação financeira do clube de Alvalade, Sousa Cintra foi claro. "Vamos sair e está tudo preparado para a nova direção fazer o novo empréstimo obrigacionista no montante que quiser. Sporting tem agora essa credibilidade. Sporting estava com algumas dificuldades, fomos nós que tivemos de pagar impostos e segurança social. Havia penhora das contas. Depois ganhámos confiança dos sócios, que estavam um pouco desiludidos. Pagou-se à segurança social com dinheiro do Sporting. Ficaram recursos, Sporting não está descalço. Posso dizer que o Sporting tem honrado os seus compromissos, incluindo aos seus fornecedores. Há dívidas mas vai-se pagando, todos os clubes têm problemas de tesouraria", referiu, assegurando que o Sporting "pagou tudo" ao V. Guimarães e ao Sp. Braga pelas transferências de Raphinha e Battaglia, respetivamente.