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Manuel José pede fim das "atitudes medrosas" de FPF e Liga

Os 72 anos e os 560 jogos no campeonato nacional são a expressão da enorme experiência de Manuel José e fazem o veterano treinador recear uma época com menos qualidade e mais polémicas no futebol português.

Manuel José pede fim das "atitudes medrosas" de FPF e Liga
Notícias ao Minuto

09:20 - 08/08/18 por Lusa

Desporto 2018/19

A partida de alguns internacionais portugueses, como Rui Patrício, Gelson Martins, William Carvalho ou Ricardo Pereira, aos quais se podem ainda juntar as saídas dos goleadores Jonas, no Benfica, e Marega, no FC Porto, terão consequências, se não surgirem, entretanto, substitutos à altura nos três 'grandes'.

"Quando o Benfica perde o melhor marcador do campeonato e quando o FC Porto perde o seu melhor marcador da época passada, imediatamente a I Liga perde eficácia. Com isso poderá ganhar o Sporting, se Bas Dost mantiver os níveis dos últimos anos. Mas o campeonato perde inegavelmente alguma qualidade se dois dos seus melhores artistas também saírem", avaliou Manuel José.

Num campo onde não deverá haver 'baixas' é o da tensão e das controvérsias, que assolaram a I Liga em 2017/18. No entender do quarto treinador com mais encontros no principal escalão -apenas atrás de Fernando Vaz, Manuel Oliveira e José Maria Pedroto -- é imperativo haver uma outra postura das autoridades, apontando o dedo à Liga de clubes e à Federação Portuguesa de Futebol.

"Quem manda -- a Liga e Federação -- tem de ter outro tipo de atitude e não as atitudes medrosas que têm tido. Se assim continuar, vai ser um 'salve-se quem puder' outra vez. O clima de suspeição que se cria coloca em causa a idoneidade profissional de toda a gente. Há um presidente da Liga que agora nunca apita, apenas levanta o braço", atirou.

Já sobre o futebol dentro das quatro linhas, Manuel José assumiu que "o normal é indicar o FC Porto como favorito", sobretudo depois do recente triunfo na Supertaça, embora detete aspetos a corrigir na equipa comandada por Sérgio Conceição.

"O plantel tem algumas limitações que foram visíveis neste jogo. É importante ter uma entrada forte e tem o Brahimi e o Soares lesionados. Tem o problema [da possível saída] do Marega, há clubes interessados no Aboubakar... isto não é bom para a equipa", avisou.

Com efeito, o Benfica também não escapa a um diagnóstico crítico e o técnico lembra que é preciso "dar tempo ao tempo" ao conjunto de Rui Vitória, sem deixar de salientar o peso que o possível apuramento para a Liga dos Campeões pode ter nas futuras aspirações 'encarnadas'.

"O Benfica fez uma série de contratações e estas ainda não terminaram. Há a novela em torno do Jonas, a lesão grave do lateral Ebuehi e a pré-época não foi famosa", referiu.

Por fim, Manuel José colocou um ponto de "interrogação" sobre o novo Sporting, embora destaque a qualidade do técnico José Peseiro -- "em 14 anos foi o que chegou mais longe" - e a importância que um bom arranque na I Liga pode ter para a candidatura ao título.

Em relação à arbitragem, o treinador algarvio apela ao fim do ruído promovido pelos três 'grandes'.

"São só os três 'grandes' que fazem ruído. E são os dirigentes, não são os treinadores ou os jogadores. Acham que têm de ganhar a qualquer preço. A credibilidade que o futebol ganhou depois do 'Apito Dourado' está a perder-se rapidamente", concluiu.

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