Frederico Varandas, candidato à presidência do Sporting, definiu esta terça-feira, em conferência de imprensa, as bases do seu projeto desportivo. 

Dizendo que não se candidata contra Bruno de Carvalho, mas por si e pela união do Sporting, o antigo diretor clínico dos leões explicou alguns dos pressupostos pelo qual se orienta, lembrando que conhece bem o clube, de dentro para fora. 

Fique com o essencial da conferência de imprensa:

Perguntas:

Candidatura ao título - época a correr no dia das eleições: É um facto que o novo presidente chegará sempre com o grupo fechado. Falando de técnicos e jogadores. Também é verdade que tenho ouvido muita coisa sobre o Sporting e esta crise precisar de dois a três para voltar a ganhar. Não concordo em absoluto. Não é verdade. A dimensão do Sporting mostra isso. Tenho a certeza do que é preciso fazer para potenciar o clube. Tenho a certeza que chegou o tempo da viragem. Quero dar uma mensagem de confiança aos sportinguistas e que o clube vai lutar sempre pela vitória em qualquer lado. O Sporting vai lutar para vencer. Sempre para vencer.

Candidatura de Bruno de Carvalho: Bruno de Carvalho é passado para o Sporting. O sócio já lhe disseram o que queriam dizer. Em relação às eleições, entendo que todos os sportinguistas que estejam em condições que devam ir a eleições.

Rescisões de jogadores: Tenho ouvido essa frase, que tenho boa relação com os jogadores. Ao longo destes últimos sete anos, tive sempre ótima relação com todos os bons profissionais do Sporting. Eu sou amigo do Sporting. Nunca misturei os deveres com amizades e atos familiares. Neste momento é um facto que os jogadores rescindiram. Neste momento, sou candidato à presidência do clube. Se for, como espero, presidente, for defender de uma forma acérrima os interesses do clube. Se isso signifcar o retorno dos atletas, ótima. Se não terei de tentar obter o melhor retorno financeiro.

Regresso de Jorge Jesus: Tenho a honra de ter Jorge Jesus na minha lista. Isso não signifca que vão trabalhar na minha equipa, nem que vou perder a minha indepedência. O meu objetivo é terminar no dia 8 de setembro com cerca de 170 mil sócios na minha comissão de honra. Jorge Jesus é um excelente técnico tem contrato com outro clube. No dia 8 de setembro saberei defender o que é melhor para o Sporting e analisar o treinador que será meu treinador.

Treinador escolhido - quem gostava de ver treinar o clube: O gostar é uma coisa, o ser possível é outra. Não prometo sonho, prometo realidade. Existe uma comissão de gestão em exercício até ao dia 8 de setembro. Quando for presidente do Sporting aí analisarei a situação e falarei com quem tiver de falar.

Fazer diferente em relação a BdC:  Não sou uma candidatura do não a Bruno de Carvalho. Já mais existe um Sporting forte, sem um Sporting unido. A minha missão é unir o Sporting.

Empréstimo obrigacionista - cenário financeiro: No dia 8 de setembro assumirei o clube e saberei o seu estado financeiro. Hoje ninguém o sabe ao certo. Terei uma grande equipa, estarei rodeado das melhores pessoas para tomarem decisões.

Política modalidades: Sou sócio do Sporting praticamente desde que nasci, fui atleta do Sporting. Sei qual é o nosso código genético. Não acredito em modalidades só por existir, acredito em modalidades para vencer. O que foi feito bem com Bruno de Carvalho é para continuar. As modalidades são uma aposta minha. 

Apresentação:

Pilares: O Sporting precisa de paz. Precisa de decência e estabilidade. O Sporting precisa de competência, credibilidade, de ser respeitado e de se dar ao respeito. Precisa de liderança. Está a iniciar um processo que culminará no dia 8 de setembro. Estou aqui para anunciar formalmente a minha candidatura à presidência do Sporting. A candidatura que encabeço tem como missão principal e prioritária unir o Sporting. Acabar com sectarismo, perseguição por direito de opinião, o bullying. No Sporting que me proponho a liderar todos contamos, acreditamos e todos participamos. Não se trata de um sonho poético. A união da família sportinguista é essencial para o clube. É a união que nos permite fazer face aos nossos adversários. Serei o presidente de todos os sportinguistas. Serei o presidente que garante a transparência da gestão do clube. A grandeza, dimensão e história do Sporting exigem que os seus dirigentes tenham uma conduta exemplar a todos os níveis. Por isso, a equipa que vou liderar integrará apenas profissionais de mérito de uma geração de profissionais e que não precisam do Sporting para as suas carreiras. Queremos que os sócios vivam tranquilos. Sou um candidato do sim, não me defino por oposição ao que foi feito nos mandatos do presidente que agora cessou funções. A ele devemos obra como o pavilhão João Rocha e títulos dos quais tanto nos orgulhamos, alguns de âmbito internacional. Não sou um candidato do não a Bruno de Carvalho. São os sócios que devem julgar os presidentes. A minha campanha não servirá para isso. Não sou um candidato do 'nim'. Disposto a uma trajetoria que ziguezagueia entre apoios, tendências e omissões. Tenho a minha visão sobre o Sporting. Quero um clube eclético e gigante. Com corpo e alma. Quero comigo todos os que partilharem esta visão. Confesso que não foram apenas os meus 38 anos de sócio que me deram alento para avançar. Avanço porque considero que a minha contribuição estava muito limitada nas funções que exercia. Devia dar mais, para tratar, para tratar o que nunca foi tratado.

Equipa (comissão de honra): Daniel Sampaio, Eduardo Barroso, os militares General Valença Pinto, Frutuoso, Pires Mateus e os capitães Hilário, Daniel Carriço e Júlio Rendeiro.

Futuro: Ao futuro presidente exige-se que promova a união de toda a família sportinguista em torno de um projeto competitivo, que faça uma gestão ambiciosa e prudente, centrada na valorização dos ativos humanos. Que recupere os principios éticos que sempre nos nortearam. Sou um sportinguista de sempre, que está em condições de realizar esta missão e assegurar a sua independência desportiva e económica. Só um processo eleitoral mobilizador e participado conseguirá libertar o Sporting da sua maior crise institucional de sempre.

[notícia atualizada às 14h12]