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Dois jogadores seguraram o barco luso que esteve a um passo de naufragar

Portugal venceu Marrocos por 1-0, num duelo da segunda jornada do Grupo B. Ronaldo e Rui Patrício foram a dupla de sucesso numa equipa que tem muito a corrigir.

Dois jogadores seguraram o barco luso que esteve a um passo de naufragar
Notícias ao Minuto

07:51 - 21/06/18 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto Análise

Quanto pior joga Portugal, maior se torna Cristiano Ronaldo. A Seleção Nacional não defendeu bem, não gerou futebol a meio-campo para chegar com regularidade ao ataque, sofreu a cada ataque de Marrocos, mas contou com esse 'animal', assim o apelidam tantas e tantas vezes na imprensa internacional, para ganhar um jogo em que fez pouco para isso.

Marrocos teve maior critério no passe e acabou por fluir bem melhor o seu jogo, fazendo com que a maior parte do tempo a bola estivesse nas imediações da grande área lusa.

O triângulo composto por El Ahmadi, Belhanda e Amrabat deixou a William e os laterais Cédric Soares e Raphael Guerreiro completamente atarantados. Portugal não teve bola, não defendeu bem e muitas vezes foi Ronaldo a servir de pronto-socorro na retaguarda lusa.

E na primeira de linha de salvação apareceu Rui Patrício que, à passagem do minuto 57, desviou para canto um golo cantado de Belhanda. Cristiano e Patrício foram as dois homens a salvar a Seleção Nacional do 'afogamento' e os grandes destaques de uma equipa desequilibrada.

Confira agora a exibição de cada jogador das quinas:

Rui Patrício (8)- Apesar da nota ser igual à de Cristiano, São Patrício recebe o galardão de melhor homem em campo. Na segunda parte, o luso foi um oásis no deserto nacional, tendo realizado quatro defesas, uma delas digna de Óscar.

Rapahel Guerreiro (4) - O lateral esquerdo teve muitos problemas na marcação, sobretudo a Amrabat. Foi o ponto mais fraco da defesa portuguesa.

Pepe (5) - Não inventou muito, mas não foi das melhores exibições do central do Besiktas. Boutaib não foi problema e geralmente esteve 'certinho' na marcação aos adversários.

Fonte (5) - Esteve um pouco melhor que Pepe, sendo o central que arriscou sempre mais. Mas, atenção, de bola parada deixou algumas vezes fugir o oponente que estava à sua responsabilidade.

Cédric (6) - Tendo em conta o que teve pela frente na sua ala, o lateral acabou por fazer um jogo muito positivo, em crescendo. Aliás, no final, somou vários desarmes, alívios que foram cirúrgicos, fazendo várias recuperações.

William Carvalho (4) - Se não se notou mais a sua ausência, a Moutinho a Selecção o deve. William não existiu, nem no passe, nem na finalização.

João Mário (4)- Médio surgiu encostado à linha do lado esquerdo, mas sentiu muitas dificuldades, registando várias perdas de bola e uma quantidade absurda de passes falhados.

João Moutinho (6)- O mais esclarecido do meio-campo lusitano. Dos pés do jogador do Monaco nasceu a assistência para o único golo de Portugal na partida.

Bruno Fernandes (5) - Entrou para o lugar de João Mário, para assumir funções mais defensivas do que as do colega. Cumpriu no tempo que esteve em campo.

Adrien (-) - Entrou a dois minutos do final do encontro. Pouco ou nada acrescentou.

Gelson Martins (5) - Entrou para o lugar de Bernardo Silva e acabou por dar mais voltagem ao lado direito do ataque.

Bernardo Silva (5) - A pressão dos médios marroquinos fizeram a cabeça em água ao jogador do Manchester City que perdeu por várias vezes o esférico.

Gonçalo Guedes (5) - Mais uma exibição que foi uma sombra do seu verdadeiro potencial. Ainda assistiu Ronaldo, na tentativa de CR7 facturar o segundo, mas faltou bastante clarividência e pulmão a um homem de quem se espera muito mais.

Cristiano Ronaldo (8) - Novamente o abono da família lusa. Somou seis remates, um deles o golo decisivo. Não ganhou tantos duelos aéreos como é seu costume (estava lá Benatia e faltou bola), mas arrancou faltas e ainda criou uma ocasião flagrante.

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