POUPANÇA NO MINUTO
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Sem bilhete, argentino viajou 23 dias e ganhou camisola de Messi
Adepto demorou 23 dias a chegar à Rússia. Uma história com final feliz.
© D.R.
Desporto Aventura
Gabriel Díaz Cutraro tinha uma viagem marcada com a noiva para o início do Campeonato do Mundo. Pelo meio, teve uma ideia: por que não ir a Moscovo para a estreia da Argentina no Mundial? Pouco importou que não tivesse dinheiro para a mudança de planos ou bilhete para o encontro contra a Islândia, esgotados desde o ano passado.
A sua aventura durou 23 dias e terminou com o objetivo cumprido e uma camisola de Lionel Messi autografada.
"Eu não acreditei. Ajoelhei-me no chão e comecei a chorar. Ele é o meu ídolo", disse Cutraro, em declarações à Folha de S.Paulo.
Esta segunda (18), ele volta a Barcelona para encontrar a noiva. Depois, regressa a Buenos Aires e, para o que resta do Mundial, vai apoiar a Argentina pela televisão.
Sem a Fan ID (identidade do adepto), documento obrigatório para ter acesso ao estádio e que serve como visto na Rússia, ele saiu de Bruxelas e passou por Cracóvia (Polónia), Kiev (Ucrânia), Minsk e Moscovo. Não foi fácil foi explicar às autoridades que ia para o Mundial sem estar registado com o documento emitido pelo govero da Rússia.
"Não corri o risco de ser preso ou deportado. Isso é exagero. Mas perdi algumas horas para explicar o que estava fazendo", completa, uma vez que os cidadãos argentinos não precisam de visto na Rússia.
Sem ter ideia de como iria conseguir bilhete, a sorte apareceu para Cutraro. Uma argentina sua conhecida trabalha na mesma rede de hotéis onde está a seleção albiceleste, em Bronnitsi (a 55 km de Moscovo), e contou a um funcionário da AFA (Associação Argentina de Futebol) a aventura do amigo.
A história acabou por chegar aos dirigentes e também a… Lionel Messi, que assinou a sua camisola de treino com uma dedicatória e pediu que a entregassem. Embora não diga como conseguiu ingresso, o adepto conseguiu mesmo marcar presença no Estádio Spartak, onde viu a Argentina empatar a uma bola com a Islândia.
"Não quero prejudicar ninguém. Foi um golpe de sorte", conclui.
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