Assembleia, "bombas" e providências mas... pode BdC recandidatar-se?
Jaime Marta Soares marcou uma Assembleia Geral Destitutiva para o próximo dia 23 de junho. No entanto, o cenário pode não ser assim tão simples. Tem dúvidas? Nós esclarecemos.
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Desporto Análise
Há uma "bomba atómica" prestes a explodir em Alvalade? A derrota do Sporting, no Wanda Metropolitano, no dia 5 de abril, diante do Atlético Madrid (0-2), espoletou o início do que se pode chamar de crise no clube leonino. E, desde então, são muitos os acontecimentos a registar na casa do leão.
Entre críticas do presidente aos jogadores, a agressões em Alcochete, sem esquecer a derrota na Madeira, na última jornada do campeonato nacional, e a Operação Cashball, o Sporting assistiu à demissão, em bloco, da Mesa da Assembleia Geral (MAG), tal como do Conselho Fiscal, nas últimas semanas.
Alguns membros do Conselho Diretivo também se demitiram, mas não em número suficiente para 'mandar abaixo' a Direção. Aliás, seria necessário mais um membro apresentar a sua demissão para a Direção presidida por Bruno de Carvalho 'cair'.
O pedido da MAG e a resposta em forma de providência cautelar
Na última quinta-feira (24 de maio), a demissionária MAG esteve reunida com os Órgãos Sociais com o objetivo de levar o Conselho Diretivo a demitir-se e a pedir umas novas eleições. Sem conseguir o pretendido, Jaime Marta Soares anunciou, no final da referida reunião, em Alvalade, uma Assembleia Geral Extraordinária Destitutiva, para o próximo dia 23 de junho.
Uma decisão que mereceu, no imediato, uma reação por parte do presidente Bruno de Carvalho. O dirigente leonino garantiu que esta decisão era uma "bomba atómica cheia de irregularidades", uma vez que colocaria em risco "todo o trabalho feito com os bancos e com a CMVM".
Mas pode não ser bem assim. Pelo menos para já. BdC adiantou que vai interpor uma providência cautelar para travar a Assembleia. E é possível? Sim, é.
Aliás, qualquer sócio do Sporting pode intentar uma providência cautelar, no prazo de dez dias após o anúncio de Marta Soares, bastando apenas alegar um argumento sustentado que mostre que a realização desta Assembleia Geral será um prejuízo maior para o clube do que a própria Assembleia. Ou seja, se provocar um dano considerável à Instituição.
BdC pode recandidatar-se?
Nesse sentido, há dois cenários possíveis: impugnação ou não da Assembleia Geral Destitutiva. Qualquer um deles traz consequências para o clube. Se a providência cautelar for aceite, a data da Assembleia terá de ser revista. Se não for, os sócios do Sporting irão decidir o futuro do clube no próximo dia 23 de junho.
E Bruno de Carvalho, caso seja destituído, pode recandidatar-se? Sim, pode.
Os estatutos do Sporting não impedem um titular de um Órgão Social do emblema verde e branco de se recandidatar, caso o seu mandato seja revogado.
Para além de tudo isto, o Sporting deu início, no último domingo, a uma série de sessões de esclarecimento. A primeira teve lugar no Pavilhão João Rocha, pelas 10h. A segunda está agendada para Faro, no próximo dia 30 de maio, pelas 19h. Dois dias depois (1 de junho), é a vez de o Porto receber a sessão de esclarecimento, também pelas 19h.
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