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Conceição: Da crise no Sporting à decisão de colocar Casillas no banco

Técnico do FC Porto concedeu uma entrevista à SIC e não deixou nada por dizer.

Conceição: Da crise no Sporting à decisão de colocar Casillas no banco

Sérgio Conceição concedeu, esta quarta-feira, uma entrevista à SIC. O técnico do FC Porto abordou vários assuntos e falou de todos os temas que lhe foram questionados. 

Confira algumas das declarações mais fortes do técnico que devolveu o título de campeão nacional ao FC Porto. 

Faltava cultura no FC Porto: "Encontrei um clube de topo a nível de diferentes departamentos que tinha. Antigamente não era assim."

Diferenças: "Encontrei uma forma de trabalho que não estava muito de acordo àquilo que eu sou enquanto pessoa e treinador. Estou a falar daquilo que era a nossa dinâmica diária. É preciso ser apaixonado por aquilo que se faz. Foi preciso mudar um bocadinho esse tipo de mentalidade no FC Porto. Os primeiros tempos nunca são fáceis."

Renovação: "Tenho mais um ano. Não penso nisso. O meu futuro é amanhã chegar ao Olival e trabalhar. Tenho um relatório para entregar. É normal os rumores... O que posso dizer é que quem representa o FC Porto está sujeito a que haja cobiça. Isso é absolutamente normal. Acabei a época, tive a preocupação de ficar mais uns dias trabalhar. Entretanto ausentei-me e ainda não tive a oportunidade de estar e falar com o presidente para falar dessa situação." 

Objetivos: "O objetivo deste clube é a conquista de títulos. O título nacional, ir o mais longe possível na Liga dos Campeões e ganhar a Taça de Portugal e a Taça da Liga." 

Agressões em Alcochete: "É o lado negro do futebol. Não tem qualificação possível. Sinceramente, isso é vandalismo. Não sei qualificar aquilo que foram os atos daquelas pessoas para com os profissionais do Sporting. Lamento profundamente aquilo que aconteceu. Aquilo não é futebol. Estou a pensar na família dos jogadores, das pessoas que trabalham no Sporting..."

Conversa com Jesus: "Estava muito triste e desiludido pela situação. A final da Taça foi o concluir de uma semana muito difícil para ele e para os jogadores."

Sporting em crise: "Não me posso pronunciar muito sobre o assunto. Não vivi de dentro a situação. Acho que depende de como se vai criando o ambiente da relação entre presidente-treinador e presidente-jogador. Não quero entrar por aí." 

Casillas: "O Iker era importante que continuasse. O jogo de Leipzig aconteceu depois de 15 dias de treino, porque houve jogadores que foram para a seleção e onde para mim o treino é importante. Os jogadores têm de ganhar confiança nos treinos e não jogar para ganhar confiança. São coisas diferentes. Eu acho que a prestação, a seriedade e o profissionalismo têm de estar presentes todos os dias. Não quero dizer que o Iker não o tenha sido. Foi um momento menos bom e que tivemos de conversar depois de duas semanas. Ele entendeu aquilo que eu queria e optei pelo jogador que estava em melhor forma que era o José Sá. Entretanto quando senti que a equipa necessitava de alguém mais experiente e pela forma como o Iker estava a treinar... O futebol é o momento e naquele momento o Iker não merecia jogar. Saiu da equipa como outro jogador qualquer. Voltou a jogar quando eu achei que era superior ou que dava mais garantias que os outros guarda-redes."

Renovações do plantel: "Tive algumas conversas com o Iván [Marcano] no sentido de ele pensar bem na escolha que ele vai fazer, que vai ser uma escolha importante porque ele tem 30 anos. Acho que pode fazer alguns anos a alto nível e sinceramente acho que é uma fase na carreira em que ele tem que pensar bem. Acho que seria fantástico continuar no FC Porto. Como treinador gostava de ficar com todos e reforçar uma ou outra posição."

Regras: "Estava a falar em redes sociais... Tinha a ver com o uso de telemóveis no nosso espaço de trabalho. Há um regulamento interno que eu criei para que os jogadores possam criar o tal espírito de grupo que é necessário. É importante se conhecerem e eu tentei ao máximo promover isso. A roda que nós fazíamos era sentida. Toda a gente estava ali num abraço de grande conforto e união. Houve sempre uma enorme empatia com os adeptos." 

Multas: "Também há multas. Normalmente, o dinheiro das multas são para organizar almoços ou jantares de grupo. Houve algumas faltas que foram punidas, mas acho que ficou bem repartida pelo plantel todo. Até nisso, temos um grupo fantástico." 

Soares: "Admito o erro no jogador. Não admito o erro cometido duas vezes na mesma situação ou cometer o mesmo erro duas vezes. O erro faz parte daquilo que é a vida. Não há problema absolutamente nenhum. O Soares errou, assumiu o erro, pediu desculpa aos colegas de trabalho e à equipa técnica. Por decisão minha, e também do grupo de trabalho, o Soares foi reintegrado." 

Marega e Aboubakar: "Não foi fácil. Quando entrei aqui, houve essa dificuldade de jogadores emprestados, jogadores que estavam aqui descontentes pelos quatro anos de insucesso. Não foram felizes. Sentia que havia gente com algum peso em cima. O Marega e o Aboubakar foram dois exemplos disso. Houve a consciência de que eu estava aqui para os ajudar. Comprometeram-se com o clube, com os adeptos e fizeram uma época fantástica."

Títulos dos jornais: "Quando houve na Gala do Cosme Damião a convicção por parte dos dirigentes e do treinador que o Benfica iria ser campeão. Os títulos que vieram nos jornais nos dias a seguir, esses jornais estão no nosso balneário ainda hoje. Não é uma crítica a quem se sentiu confiante numa altura em que estavam a jogar bem, estavam a ganhar. É absolutamente normal. Por vezes é necessário perceber aquilo que é a confiança dos rivais. Tínhamos de estar atentos àquilo que era a força dos nossos rivais." 

Emprestados: "Tivemos a oportunidade de acompanhar de perto esses jogadores. Eu quero que esses jogadores façam a pré-época." 

Diferente de José Mourinho: "Sou diferente do José Mourinho? Sou. Fui treinador por ele durante seis meses. Sou um treinador diferente, são os resultados que têm de dizer se sou melhor ou pior." 

Futuro: "Sinceramente, não me passa nada pela cabeça. Aquilo que eu penso é no meu futuro próximo." 

Propostas: "Para já, ainda não. Fala-se muito e é normal as pessoas que trabalham aqui. É normal que haja essa cobiça."

[Notícia atualizada às 22h19]

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