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Novo livro sobre educação para o feminismo chega às livrarias

Um livro da escritora Chimamanda Ngozi Adichie, sobre educar para o feminismo e a igualdade de género, acaba de chegar às livrarias portuguesas, editado pela D. Quixote, a propósito do Dia Internacional da Mulher, que hoje se assinala.

Novo livro sobre educação para o feminismo chega às livrarias
Notícias ao Minuto

16:30 - 08/03/18 por Lusa

Cultura Chimamanda Adichi

'Querida Ijeawele - Como Educar para o Feminismo' é o mais recente livro da autora nigeriana, que é considerada uma das vozes mais poderosas no debate sobre o feminismo e sobre o combate à desigualdade de género.

Este "pequeno ensaio", que alarga o debate às crianças e aos homens, nasceu do desafio de uma amiga que lhe perguntou qual a melhor forma de educar a filha como feminista.

Chimamanda Ngozi Adichie respondeu com uma carta, escrita num tom intimista, que começa por "Querida Ijeawele", na qual faz 15 sugestões, tendo como objetivo "fortalecer as novas gerações de mulheres e proporcionar-lhes as ferramentas para crescerem com um maior sentido de identidade e independência", explica a editora.

"'Porque és menina' nunca é razão para nada. Jamais". Esta é uma das sentenças-chave para a escritora e é chamada à capa do livro.

Na sua opinião, "nunca" se deve dizer a uma filha "o que ela deve ou não deve fazer só por ser menina", assim como se deve ensinar que "a ideia de 'papéis para cada género' é uma tolice".

"Em vez de ensinar a tua filha a agradar, ensina-a a ser sincera e amável. Ensina-a a dizer o que pensa, a dizer a verdade, a refletir sobre a realidade. Ensina-a que se algo a incomodar não se deve acomodar, deve gritar", afirma Chimamanda Adichie.

A autora considera que "o feminismo começa na educação" e defende que "é moralmente urgente ter conversas francas sobre como criar as crianças de modo diferente, sobre como tentar criar um mundo mais justo para as mulheres e os homens."

Da aparência à parentalidade, do casamento à sexualidade e até mesmo à escolha dos brinquedos na infância, a autora explora "temas fundamentais" e incita as mulheres a desprenderem-se dos velhos mitos e de uma sociedade "predominantemente machista (ainda que, nalguns casos, de forma encapotada)", refere a editora.

Embora este ensaio seja um manifesto sobre o feminismo, não se dirige apenas a mulheres, porque, como é explicado, "o feminismo não pressupõe a exclusão dos homens".

Em vez disso, pressupõe a igualdade de direitos para todos, independentemente de género, assim como de religião, idade ou preferências.

Com "humor, inteligência e compaixão", Chimamanda reflete sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje, numa obra que luta apenas por um mundo mais justo para todos, descreve a D. Quixote.

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