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Festival de jazz nasce em Porto de Mós
Quatro concertos de diversos estilos de jazz marcam a estreia do Juncal Jazz, novo festival que arranca no sábado numa vila do concelho de Porto de Mós onde escasseia a oferta cultural.
© iStock
Cultura Iniciativa
O Juncal tem cerca de 3.300 habitantes, mas a cultura, apesar de ter alguma tradição, raramente lá para, conta um dos organizadores do festival de jazz, Paulo Sousa.
"É uma ideia antiga, que finalmente avançou. Alinharam-se os planetas e foi possível pôr tudo em marcha para concretizar algo diferente aqui. Nas terras pequenas como esta não há muita oferta", lamenta.
Ali, recorda, "há 70 e tal anos havia teatro mesmo antes de ele acontecer em Leiria ou Alcobaça" e existe hoje "alguma curiosidade pelo jazz".
A organização meteu por isso mãos à obra e fez nascer um festival que quer singrar.
"Não vou dizer que vamos fazer 20 edições espetaculares, como o Jazz do Valado, que é uma referência e é incontornável para quem aprecia música", diz Paulo Sousa, referindo-se ao festival de Valado dos Frades, na Nazaré, também no distrito de Leiria, que vai para a 21.ª edição em 2018.
No Juncal, espera-se "uma edição que seja fantástica para depois continuar".
"Vamos fazer uma edição de cada vez. Queremos ter um festival interessante, sério, que nos deixe orgulhosos do que acontece. O desafio está lançado".
O programa arranca com jazz do início do século XX, recuperando a tradição de Nova Orleães, pelos Desbundixie, que tocam no clube da terra, o Juncalense, no sábado.
No dia 10, Cláudia Franco apresenta "Primas" no Juncal.
No último dia do Juncal Jazz, 17, apresentam-se a orquestra Ofício das Artes, de Montemor-o-Novo, e o trompetista Diogo Duque, com o espetáculo multidisciplinar "A viagem de Laniakea", que cruza música, imagem e poesia.
"A nossa ideia é a de que o festival permita o acesso a diversos géneros do jazz. Em cada edição vamos tentar algo mais 'mainstream' e algo mais experimental e o projeto de Diogo Duque entra nesse segmento", conclui Paulo Sousa.
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