O espetáculo, que será apresentado no sábado (dia 24) à noite e no domingo (25) à tarde, envolve os elementos do Veto Teatro Oficina, do Coro, da Orquestra Típica e do Ballet da Academia de Dança e Expressão Corporal, que seguirão um guião de José Ramos, encerrando as comemorações dos 63 anos do CCS, afirma uma nota da associação.

Colocando a ação no 'Museu da Epopeia Portuguesa', nas salas 'Das Descobertas', 'Do Mercado no Oriente' e da 'Etnografia Ribatejana', o espetáculo convidará a uma "deambulação pelo imaginário dos Descobrimentos", com os atores, músicos e bailarinos das secções e academias do Círculo a conduzirem os espetadores "numa viagem com navegantes, religiosos e militares".

"Nesta viagem, seremos guiados por Camões, Fernando Pessoa e Fernão Mendes Pinto, numa ação que alterna tempos e épocas, mas isso... é o sortilégio do teatro!", afirma a nota.

A encenação e direção de atores são da responsabilidade de Nuno Domingues, dirigindo os maestros António Matias o coro e Abílio Figueiredo a orquestra, sendo as coreografias de Encarnação Noronha.

Eliseu Raimundo, presidente da direção do CCS, lembra o significado do sarau anual da instituição, iniciado logo em 1955, no então Teatro Rosa Damasceno, sobretudo nas primeiras décadas de existência da associação, num tempo em que o país "não se preocupava com a educação e muito menos com uma verdadeira educação artística, numa sociedade fechada sobre si mesma".

Lembrando que eram as atividades culturais e desportivas proporcionadas pelas associações que "permitiam à população encontrar-se e formar a sua sensibilidade e gosto", Eliseu Raimundo refere os espetáculos musicais, teatrais e desportivos que estas promoviam e que, "de outro modo, não havia possibilidade de apreciar numa cidade pacata de 'província'".

Recuperando a memória do sarau realizado em maio de 1959 e que teve a sua primeira parte transmitida em direto pela então Emissora Nacional, com apresentação de Lança Moreira, o presidente do Círculo Cultural Scalabitano realça que este continua a ser o momento escolhido para apresentar o trabalho desenvolvido ao longo do ano pelas várias valências do CCS.

"Embora os tempos sejam outros, o grande objetivo do nosso Sarau é o de apresentar aos sócios, à cidade e ao concelho, um pouco do que é hoje o Círculo Cultural Scalabitano", na impossibilidade de mostrar, "em tão pouco tempo, tudo aquilo que é a atividade cultural desta instituição", salienta.