O concerto, sob a direção musical de Marcos Magalhães, que também atua em cravo, realiza-se no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

Do programa constam, de Georg Friedrich Händel, as cantatas "Donna, che in ciel" e "Delírio amoroso", que dá título ao concerto, e ainda, de Georg Philipp Telemann, a abertura "La Changeante" em Sol Maior.

"Entre estas cantatas, uma grande parte foi escrita no período em que o jovem compositor [Händel] viveu em Itália, antes de se fixar em Londres, e destinavam-se aos saraus dos palacetes privados de Florença e Roma, com participação de algumas das vozes mais reputadas da época, como os casos da cantata 'Il Delirio amoroso', de 1707", afirma a Metropolitana em comunicado, referindo que o compositor escreveu ainda um pequeno número de cantatas sacras.

A segunda cantata escolhida para este concerto, "Donna, che in ciel", foi composta em 1708, quando se assinalava "o 5.º aniversário de um terramoto que poupou a cidade de Roma".

Este concerto "completa-se com um exemplo de outro filão inesgotável da mesma época, as suítes orquestrais de Telemann", faz parte da Temporada Barroca da OML.

A soprano Eduarda Melo classificou-se, em 2009, em 2.º lugar no Concurso Internacional de Canto de Toulouse e, segundo a OML, "tem consolidado a sua carreira maioritariamente entre França e Portugal".

Licenciada em Canto pela Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Porto, participou no Estúdio de Ópera da Casa da Música, também no Porto, e iniciou uma carreira internacional no Centre National d'Insertion Professionnelle des Artistes Lyriques, em Marselha.

Recentemente, participou no espetáculo "Mozart Concert Arias", da coreógrafa Anne Teresa de Keersmaeker, com a Companhia Nacional de Bailado e a orquestra Divino Sospiro, e tem previstas participações no papel de Elvira na ópera "L'italiana in Algeri", na Ópera de Massy, em França, e no papel de Despina, em "Così fan tutte", de Mozart, na Ópera de Ruão, também em França.

No ano passado, aos diferentes concertos da OML, que se dividiram em três temporadas (Barroca, Clássica e Sinfónica), assistiram 92.716 espetadores.

"Os concertos da OML ao longo do ano passado foram vistos por 92.716 pessoas, o que corresponde uma variação positiva de 21% em relação à meta de 76.500 espetadores inscrita nos objetivos do programa orçamental do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais (GEPAC) do Ministério da Cultura", assinala a Metropolitana em comunicado.

O concerto "Canções para Revoluções", realizado a 24 de abril do ano passado, na praça do Comércio, em Lisboa, foi o espetáculo "com mais espetadores em 2017", cerca de 40.000, segundo números fornecidos pela Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural.

O Concerto de Ano Novo, do ano passado, foi aplaudido por 4.000 pessoas, no total das suas apresentações.

No ano passado, a OML, sob a direção do maestro Sebastian Perlowski, realizou quatro concertos de Ano Novo, em que estreou uma peça de Janusz Bielecki, "Metamorfoses", com arranjos de I. Boczek, tendo-se apresentado em Lisboa, Almada, Porto e Barreiro.

Em terceiro lugar, ficou o Concerto de Natal, que contabilizou 2.500 espectadores, segundo a mesma fonte.