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Poesia sobe ao palco do Teatro da Rainha uma vez por mês até dezembro

A poesia vai estar em cena, nas Caldas da Rainha, nas terceiras terças-feiras de cada mês, num ciclo a decorrer até ao final do ano, que dará voz a poetas e editores, na sala estúdio do Teatro da Rainha.

Poesia sobe ao palco do Teatro da Rainha uma vez por mês até dezembro
Notícias ao Minuto

21:47 - 10/01/18 por Lusa

Cultura Caldas da Rainha

'Diga 33' é o mote para o ciclo de sessões de poesia que arranca na terça-feira, dia 16, com Nuno Moura, autor e editor da Mia Soave e da Douda Correria, e João Paulo Esteves da Silva, músico, autor e tradutor, na sala estúdio da companhia residente, nas Caldas da Rainha.

Programada por Henrique Bento Fialho, a digressão pelos poetas contemporâneos portugueses subirá ao palco às terceiras terças-feiras de cada mês, para tentar perceber "por onde anda a poesia, quem a escreve, quem a publica ou quem a lê", segundo o mentor da ideia, no texto de apresentação enviado às redações.

A ideia é "ouvir poetas e editores" para tentar perceber "como mantêm viva a chama de Orfeu, numa época em que a vertigem de imagens parece deixar pouco espaço à palavra", sublinha Henrique Bento Fialho, apostado em dar a conhecer e contribuir para o reconhecimento dos que ainda se atrevem a entrar nessa "arte controversa", que é o "território poético".

Resistente "ao imediatismo" e ao "mediatismo", a poesia "espanta, subverte, baralha, desconstrói" e exige, no entender de Henrique Bento Fialho, "daquele a quem se dirige uma predisposição para aceitar o diverso". Porém, questiona o mentor do ciclo: "Estaremos ainda dispostos a aceitar o diverso? Como conciliar tamanha exigência com o quotidiano reducionista das redes sociais? Como manter no pensamento níveis de exigência constantemente traídos pela infantilização social?".

Estas são dúvidas a que poetas e editores, à conversa com os seus leitores, tentarão responder, cientes de que muitas das questões não terão "uma resposta definitiva". Mas terão um palco e uma companhia de teatro cúmplice em fazer ouvir "o som das palavras diretamente saídas da boca de quem as escreveu", seja, "um poeta, um editor de poesia, ou alguém que seja ambas as coisas", ou que, "não sendo nenhuma delas, insista em escrever como se fosse poeta e em publicar como se fosse editor".

Nuno Moura (Lisboa, 1970), poeta, editor e recitador profissional, é o primeiro convidado a partilhar a obra que vem publicando desde 1993 e que lhe valeu, em 1997, uma bolsa de criação literária do Ministério da Cultura.

Fundou no ano seguinte, com Helena Vieira, a editora Mariposa Azual e é atualmente editor da Mia Soave e da Douda Correria.

Faz parte dos coletivos O COPO, Ventilan, Os Bambi e Batatas Parvas. O seu mais recente livro intitula-se 'Cavalo Alucinado', como no poema de Ângelo de Lima.

Com ele sobe ao palco o músico, poeta e tradutor João Paulo Esteves da Silva (Lisboa, 1961), que conta no currículo com colaborações em concertos e discos de músicos nacionais e estrangeiros e tem publicados dois livros, dos quais o mais recente é o volume 'Vertem-se Bíblias em Quimbundo' (2017).

'Diga 33' voltará à Sala Estúdio a 20 de fevereiro, com Paulo da Costa Domingos (autor e editor na Frenesi, a 20 de março, com Manuel a. Domingos (autor e editor na Medula), a 17 de abril, com Carlos Alberto Machado (autor e editor na Companhia das Ilhas), a 15 de maio, com Miguel-Manso (autor) e Pedro Mexia (autor, crítico, coordenador da coleção de poesia da Tinta-da-China), e a 19 de junho, com Miguel de Carvalho (autor, livreiro antiquário, editor na Debout Sur L'Oeuf).

No dia 17 de julho, as sessões do segundo semestre abrem com uma sessão de homenagem a Rui Costa, com as presenças de André Corrêa de Sá, Margarida Vale de Gato, Cláudia Souto e Vasco David, editor na Assírio & Alvim.

O ciclo de poesia é interrompido em agosto para voltar ao palco a 18 de setembro, com Helena Vieira (editora na Mariposa Azual, organizadora da antologia 'Voo Rasante'), e a 16 de outubro, com m. parissy (autor e editor na volta d'mar) e Jaime Rocha (autor).

A 20 de novembro a poesia prossegue com um recital e, no dia 18 de dezembro, o coletivo Ventilan fecha o ciclo com um concerto de Natal.

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