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Nova presidente vai "rever o que falta" no Instituto Cultural de Macau

A nova presidente do Instituto Cultural de Macau afirmou hoje que vai "rever o que falta, ou não" em termos de pessoal e decidir posteriormente sobre a abertura de concurso público de recrutamento.

Nova presidente vai "rever o que falta" no Instituto Cultural de Macau
Notícias ao Minuto

11:05 - 19/12/17 por Lusa

Cultura Nomeação

Cecília Tse Heng Sai falava aos jornalistas após a cerimónia de posse, que decorreu na presença do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, e de vários trabalhadores do Instituto Cultural (IC).

"Não sei ainda se será aberto um concurso público" de recrutamento, afirmou a responsável.

"Vamos analisar todos os departamentos e recursos humanos existentes [no Instituto], o número de trabalhadores é elevado, temos mais de 800 pessoas", sublinhou a responsável.

Cecília Tse Heng Sai acrescentou ser "preciso rever o que falta, ou não falta, há casos que precisam de ajustamento", mas a decisão só poderá ser tomada "depois de um levantamento" da situação atual.

A nomeação da nova presidente foi divulgada na sequência da demissão, este mês, do anterior presidente do IC Leung Hio Meng e do vice-presidente Chan Peng Fai, ambos suspensos por contratação irregular de trabalhadores para o instituto.

Entre 2010 e 2015, 94 pessoas foram admitidas irregularmente no IC em regime de aquisição de serviços, sendo que 70 já saíram do instituto.

As contratações ilegais foram divulgadas em março num relatório do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), de acordo com o qual o IC "recorreu ao modelo da aquisição de serviços para contornar sistematicamente o regime legal de recrutamento centralizado e concurso público", sem a autorização do secretário da tutela, Alexis Tam.

Este caso deu origem a um procedimento disciplinar contra Leung e Chang por "indícios de violação de deveres gerais e específicos legais". A mesma medida foi também aplicada ao anterior presidente do IC Ung Vai Meng, substituído em fevereiro deste ano por Leung Hio Meng.

Sobre o plano de gestão do centro histórico de Macau, a nova responsável reiterou que o IC vai "acelerar o ritmo de trabalho" para poder apresentar este plano no próximo ano.

Exigido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 2013, o plano de salvaguarda e gestão do centro histórico de Macau devia ter sido entregue até 01 de fevereiro de 2015.

Cecília Tse Heng Sai acrescentou não existir uma data definitiva sobre a conclusão da classificação dos estaleiros de Lai Chi Vun, na ilha de Coloane. O trabalho "está em curso" e decorrerá "o mais rapidamente possível", disse.

No discurso que proferiu, a nova responsável do IC afirmou que vai concentrar o trabalho na salvaguarda e transmissão do património cultural, apostar na educação artística e cultural, sobretudo das gerações mais novas, dar continuidade à construção de um centro de intercâmbio cultural sino-português e de uma plataforma de encontro de culturas diferentes, e na promoção das indústrias culturais e criativas locais.

A nomeação de Cecília Tse Heng Sai, que era vice-presidente da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, foi anunciada a 7 de dezembro e na altura Alexis Tam disse esperar repor a credibilidade que afetou o IC e introduzir uma nova e diferente dinâmica na gestão do organismo.

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