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Mariana Silva aborda extinção em massa na exposição 'Olho Zoomórfico'
Uma exposição que propõe uma reflexão sobre a extinção em massa de espécies animais vai ser apresentada pela artista Mariana Silva no Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a partir de 08 de dezembro.
© Getty Images
Cultura Lisboa
De acordo com a Fundação Calouste Gulbenkian, 'Olho Zoomórfico', de Mariana Silva, será o primeiro trabalho de um artista nacional no Espaço Projeto da programação do museu e ficará patente até 26 de dezembro.
De acordo com a Gulbenkian, esta é a quarta exposição do Espaço Projeto, com curadoria de Leonor Nazaré, e será dedicada à artista nascida em Lisboa em 1983.
A exposição propõe uma reflexão sobre a extinção em massa de espécies animais e as práticas de captura de imagens em habitat natural, mas também sobre a relação humana com as imagens virtuais e com a tecnologia.
"Se a máquina fotográfica foi importante no estabelecimento da ideia de conservação da natureza, a partir do final do século XIX e até muito recentemente, deveremos interrogar até que ponto o sistema de perspetiva que lhe está associado é adequado à perceção das verdadeiras interações das espécies em ecossistemas reais e das diferentes escalas nas quais as alterações climáticas têm expressão", indica um texto da entidade, sobre as questões que as obras da artista levantam.
O trabalho artístico de Mariana Silva é marcado por uma forte componente conceptual que reflete a sua preocupação com questões culturais, museológicas e sociológicas em geral.
Da abordagem dos públicos teatrais e da interrogação sobre museus e sobre fronteiras entre cultura e natureza, a artista foi deslocando progressivamente a investigação para os modos teóricos de pensar os públicos, com casos de estudo, mas avaliando também os discursos que os enquadram.
Formada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Mariana Silva foi artista residente, com bolsa da Fundação Gulbenkian, na Gasworks (Londres, 2016) e no ISCP-International Studio & Curatorial Program (Nova Iorque, 2009-2010).
Tem exposto e projetado os seus trabalhos em diversos espaços como a Gwangju Biennale (Coreia do Sul, 2016), Moscow Biennale (Rússia, 2016), Fundação EDP (Lisboa, 2015), Astrup Fearnley Museum (Oslo, 2015), Parkour (Lisboa, 2014), e-flux (Nova Iorque, 2013), IndieLisboa -- Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa (Lisboa, 2012), Whitechapel Gallery (Londres, 2011), Kunsthalle Lissabon (Lisboa, 2011) e Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto, 2010 e 2008).
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