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Helena Caspurro, defensora do improviso, lança livro para a infância

A compositora portuguesa Helena Caspurro edita esta semana o livro ilustrado para a infância 'Paluí', que surge na sequência de um projeto educativo em torno da criatividade e do improviso em sala de aula.

Helena Caspurro, defensora do improviso, lança livro para a infância
Notícias ao Minuto

13:47 - 28/11/17 por Lusa

Cultura 'Paluí'

"Paluí - viagem por histórias sonoras que a língua portuguesa conta" apresenta 16 histórias compiladas por Helena Caspurro, a partir de um trabalho educativo feito com crianças do primeiro e segundo ciclo de escolas de Santa Maria Feira.

Em declarações à Lusa, Helena Caspurro, cantora, compositora e docente na Universidade de Aveiro, explicou que o livro é o culminar de um projeto que começou a ser desenvolvido há alguns anos junto da comunidade escolar, quando lançou o álbum "Paluí".

"Este CD tinha requisitos para as escolas, é um disco jazzístico, com textos com o imaginário poético que toca a infância. Paluí é uma palavra inventada que pode ser tudo, uma pessoa, uma entidade indecifrável, e eu tinha aqui uma intenção educativa de cruzar música, a língua portuguesa e as artes plásticas", contou.

Nesse trabalho nas escolas, em parceria com técnicos da autarquia de Santa Maria da Feira, Helena Caspurro quis que a aprendizagem das crianças da escrita criativa "fosse um trampolim para o pensamento simbólico e metafórico".

Do trabalho com centenas de crianças em torno do álbum, com a criação de histórias, desenhos e materiais visuais, Helena Caspurro construiu o livro com apoio gráfico de Pedro Carvalho de Almeida, que agora edita.

"O projeto mostrou que tinha condições para ser aplicado e pode ser uma ferramenta educativa", disse a autora, detalhando que há mais escolas que o estão a pedir, nomeadamente nos países lusófonos. Em 2018, está prevista a adaptação do "Paluí" a utentes do hospital psiquiátrico Magalhães Lemos, no Porto.

Para Helena Caspurro, toda a criatividade passa pelo processo de improviso e por isso defende que as escolas deviam estimular mais o pensamento criativo.

"A escola está mais focada no pensamento convergente, na imitação, na memorização, mas devia ter espaço para promover o pensamento divergente, ensinar para que se saiba responder de forma criativa a um problema", opinou.

Natural do Porto, Helena Caspurro é licenciada em Filosofia, tem o curso superior de Piano e mestrado em Ciências Musicais.

Passou pela Escola de Jazz do Porto e atualmente é docente na Universidade de Aveiro, ao mesmo tempo que dirige oficinas para crianças, jovens ou professores de música, tendo colaborado, por exemplo, com o Serviço Educativo da Casa da Música.

Editou três álbuns: 'Paluí', 'Copalsopira' e 'Mulher Avestruz'.

O livro 'Paluí', uma edição independente da Debatevolution Editora, vai ser apresentado na quinta-feira, na biblioteca municipal de Santa Maria da Feira.

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