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Inês Badalo López vence Prémio Internacional de Composição

A compositora hispano-portuguesa Inês Badalo López venceu o Prémio Internacional de Composição Fernando Lopes-Graça/2017, com a peça "Black and White 180º JSB", divulgou hoje a Câmara de Cascais.

Inês Badalo López vence Prémio Internacional de Composição
Notícias ao Minuto

21:20 - 23/11/17 por Lusa

Cultura Fernando Lopes-Graça

"O júri, constituído pelos compositores António Pinho Vargas, Sérgio Azevedo e Nuno Côrte-Real, decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio 2017 à obra 'Black and White 180º JSB', de Inês Badalo López, e distinguir com Menção Honrosa a obra 'Hexagrama', do compositor português Luís Candeias Mandacaru", lê-se no comunicado.

O Prémio Lopes-Graça de Composição foi instituído pela Câmara Municipal de Cascais, em 1994, com o objetivo de homenagear o compositor Fernando Lopes-Graça e estimular a criação musical.

Inés Badalo, de 28 anos, é guitarrista e compositora. Realizou estudos de piano, guitarra e composição no Conservatório Superior de Música de Badajoz, tendo prosseguido os de Composição e Guitarra na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), onde também obteve os diplomas superiores.

Como intérprete participou em 'masterclasses' dos guitarristas Carles Trepat, Ricardo Gallén, Álvaro Pierri, Margarita Escarpa, Evaristo Valentí, Antonio Jorge Gonçalves, Jesús Pineda e Dejan Ivanovic.

A guitarrista tem realizado recitais em Espanha e Portugal, fazendo parte de diversas formações camerísticas, mas também como solista, tendo atuado com a Orquestra de Câmara do Conservatório Superior de Música de Badajoz.

As suas composições, segundo a Câmara de Cascais, receberam vários prémios, entre os quais o Prémio de Composição Musical "Fac quod agis" (2014), a Menção Honrosa do Prémio de Composição Sociedade Portuguesa de Autores (SPA)--Antena 2 (2016), o 1.º Prémio do Concurso Internacional de Composição Manuel de Falla (2016) e o Prémio de Composição SPA --Antena 2, deste ano.

A compositora recebeu encomendas do Centro Nacional de Difusión Musical, da Sociedad Filarmónica de Badajoz, da Rádio e Televisão de Portugal e as suas obras têm sido estreadas pelo Trio Arriaga, Ensemble Sonido Extremo, CexSaxo Duo, Orquestra de Câmara do Conservatório Superior de Música de Badajoz, Orquestra Jovem de Extremadura (OJEX), Orquestra Gulbenkian e Ensemble vocal Soli-Tutti, entre outros.

O português Luís Mandacaru iniciou os seus estudos musicais aos sete anos, na Sociedade Musical União Paredense, e ingressou na respetiva banda filarmónica, onde toca atualmente.

Em 2008 matriculou-se na Escola de Música do Conservatório Nacional, na classe de Trompete, atingindo o 5.º grau, mudando então para Composição.

No ano passado, foi o primeiro classificado na categoria "Peça para Instrumento Solo ou com acompanhamento de Piano", no concurso Composição Século XXI -- Homenagem ao compositor Fernando Lapa, com a obra original "Lied para Flauta e Piano".

Durante este ano, frequentou o curso de Direção de Orquestra no Conservatório Regional de Lille, em França, sob a direção do maestro Jean-Sebastien Bereau.

No passado ano letivo, matriculou-se na licenciatura de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

O Prémio Internacional de Composição Fernando Lopes-Graça distingue, em cada edição, obras para diferentes formações instrumentais e/ou vocais.

A cerimónia de entrega do prémio realiza-se no dia 17 de dezembro, às 17:00, nas Casas do Gandarinha-Centro Cultural de Cascais.

Na cerimónia será estreada a obra premiada, "Black and White 180º JSB", e interpretadas as "Melodias Rústicas Portuguesas", para piano a quatro mãos, de Fernando Lopes-Graça, pelos pianistas Diana Botelho Vieira e Saúl Picado.

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