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Nádia Schilling supera perda com 'Above the trees', primeiro álbum a solo

A cantora portuguesa Nádia Schilling edita esta semana 'Above the trees', o primeiro álbum a solo, com canções 'folk jazz' escritas para "superar a perda e seguir em frente", como contou à agência Lusa.

Nádia Schilling supera perda com 'Above the trees', primeiro álbum a solo
Notícias ao Minuto

14:20 - 20/11/17 por Lusa

Cultura Música

'Above the trees', que tem edição independente física e digital na terça-feira, apresenta uma cantora e guitarrista nascida há 35 anos, nas Caldas da Rainha, que se reparte entre a música e a arquitetura paisagista.

O álbum é o resultado de um trabalho de escrita de canções feito ao longo dos últimos anos, como uma espécie de luto pela morte da mãe. "Foi a forma que encontrei para lidar com isso. O objetivo não era gravar, mas depois fui encontrando pessoas especiais e foi demorando algum tempo até sair", disse.

Neste registo entram o baterista Bruno Pedroso, o pianista Filipe Melo e o contrabaixista João Hasselberg, aos quais se juntam mais de uma dezena de outros músicos e instrumentistas, como os guitarristas Mário Delgado e João Branco e as cantoras Marta Hugon e a brasileira Marina Gasolina.

"Ha de criar alguma confusão, se calhar, porque tem músicos de jazz que também tocam rock e depois eu cresci a ouvir rock, música clássica e jazz, por causa dos meus avós, e canção italiana por causa da minha mãe. Eu diria que este disco está entre o 'indie jazz' e o 'folk jazz'", descreveu.

Nádia Schilling - o apelido alemão vem do lado da mãe - recorda que a música sempre esteve presente no ambiente familiar, com uma avó pianista e um avô "louco por jazz", mas que só se decidiu inscrever no conservatório de música no final da universidade.

"Comecei com a guitarra e só depois é que estudei técnica vocal. Só arrisquei cantar porque era muito tímida, e funcionou como terapia de choque", contou.

Fez parte de um quinteto de jazz e do grupo rock Loopooloo, e gravou um EP só de versões, que inclui, por exemplo, 'Stand by me', de Ben E. King, e 'Something on your mind', de Karen Dalton.

Enquanto prepara uma apresentação ao vivo de 'Above the trees', para 2018, Nádia Schilling mantém o trabalho como arquiteta paisagista há mais de dez anos, nas Caldas da Rainha.

"Eu queria mudar o mundo. Achei que era possível criar espaços para as pessoas se sentirem bem. Mas também acho que as pessoas devem continuar a fazer coisas e a desenvolver o maior número de capacidades, possível. Gosto de continuar a aprender", disse a cantora.

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