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D.A.M.A apresentam novo álbum, 'Lado A Lado': "Chegámos onde queríamos"

O novo disco da banda tem lançamento marcado para dia 24 de novembro e o Notícias Ao Minuto esteve à conversa com os músicos para desvendar um pouco do novo trabalho.

D.A.M.A apresentam novo álbum, 'Lado A Lado': "Chegámos onde queríamos"
Notícias ao Minuto

08:05 - 11/11/17 por Notícias Ao Minuto

Cultura Música

Os D.A.M.A (Deixa-me Aclarar-te a Mente Amigo) estão prestes a lançar o novo disco, que completa o terceiro trabalho do trio musical composto por Miguel Cristovinho, Francisco Pereira e Miguel Coimbra.

Intitulado ‘Lado A Lado’, o novo trabalho apresenta uma versão plural da banda, que define como Lado A (músicas acústicas) e Lado B (músicas digitais). O disco é uma “seleção das melhores canções do último ano” e representa o que melhor define a identidade do grupo.

O novo álbum estará disponível no dia 24 de novembro, mas o grupo antecipou alguns pormenores em conversa com o Notícias Ao Minuto.

Em que se inspiraram na criação deste novo disco, ‘Lado A Lado’? O que há de novo?

Francisco Pereira: Acabamos sempre por nos inspirar nas nossas influências, nas nossas pessoas, e este álbum não foi exceção. Embora achemos que este álbum é muito pessoal - a maior parte das músicas são na primeira pessoa. Acho que se nota que cada música é uma música para alguém e foi algo que surgiu naturalmente, mas que acabou comum em todas as músicas. Estamos muito contentes com o resultado final.

Esse registo pessoal é a marca deste disco?

Francisco Pereira: É mais conceptual, sim.

Miguel Coimbra: Este disco foi quase todo produzido por nós, tirando duas músicas. Chegámos onde queríamos chegar. A nossa identidade está muito mais espelhada. Em todas as músicas participam os nossos músicos, membros da nossa família também cantam...

Francisco Pereira: E todas elas são D.A.M.A. Porque nós somos três, mas o nosso círculo de pessoas também nos influencia. A capa do disco, por exemplo, foi feita pelo irmão do Miguel [Coimbra]. Ele também compôs uma das músicas. Foi um álbum muito feito em casa.

Podem falar-nos um pouco da imagem do disco também?

Miguel Coimbra: O disco vai chamar-se ‘Lado A Lado’, isto porque decidimos dividi-lo em dois tipos de sonoridades diferentes: Uma com um lado mais digital e outra mais acústica. Nós já lançámos, deste disto, quatro canções - duas Lado A [‘Era Eu’ e ‘Oquelávai’] e duas Lado B [‘Pensa Bem’ e ‘Não Comeces’]. São sonoridades distintas.

No videoclip do tema ‘Não Comeces’ temos um mimo que faz uma dança com uma rapariga e ele está ao centro da capa do disco, a preto e branco. E depois tudo surge daí. Todos os desenhos têm um significado. O carro, por exemplo, simboliza o aparecimento do ‘Lado B’, com uma das músicas inspirada no tema ‘White Inverson’, do Post Malone. Também temos representado um pouco da costa portuguesa, que simboliza as nossas origens. Tudo tem uma simbologia.

Francisco Pereira: Existe também um lobo que simboliza a família, a nossa ‘alcateia’.

Miguel Coimbra: Também está escrito a sigla I.E.O.D.B [Isto é os D.A.M.A, boy], que vem de uma das nossas primeiras músicas, escrita há 13 anos, e que é o piano do ‘Oquelávai’. Esta sigla também está nas nossas tatuagens.

Miguel Cristovinho: Todos as temos [as tatuagens]. Este quadro diz-nos muito. Cada coisa significa muito para nós. Mas queremos que as pessoas olhem para ele e sintam alguma coisa. As canções que fazemos também são com base nas coisas que nós sentimos. As pessoas ouvem as músicas e transportam isso para as suas vidas. Queremos que a capa também seja um bocadinho isso.

Miguel Coimbra: Nós vamos explicando. À medida que o tempo vai passando, vamos dizendo o que é cada coisa.

Porquê ‘Lado A Lado’? Sentem que o companheirismo enquanto grupo também é uma marca deste disco?

Miguel Cristovinho: Sim, também. Em todos os álbuns até agora, por uma questão de princípio, queremos que os nomes façam sentido. O ‘Lado A Lado’ tem vários significados. Um deles é que os dois lados do álbum andam lado a lado dentro de nós. A nossa ideia não é que haja um Lado A e um Lado B, não sentimos que um hemisfério do cérebro crie um tipo de música e o outro outro tipo. É algo que faz parte de nós. Mas queremos mostrar que esses dois lados, tanto de músicas acústicas como digitais, andam juntos e somos nós. Daqui para a frente também queremos que os álbuns sejam uma mistura de tudo o que nós somos.

Também ‘Lado A Lado’ porque é o que sentimos com as pessoas que nos seguem. Andamos lado a lado nos bons e nos maus momentos. Há quatro anos que as pessoas não deixam de nos seguir como ainda ‘puxam’ outras pessoas para ouvir a nossa música.

Têm um público muito fiel. Este álbum também é o homenagem aos vossos fãs?

Miguel Cristovinho: Sim, sem dúvida.

Francisco Pereira: Acho que a melhor homenagem que podemos fazer a quem gosta da nossa música é continuarmos a fazer músicas. E nós não paramos. Este álbum é um ‘apanhado’ das melhores canções que fizemos este ano.

Miguel Cristovinho: E acho que uma grande homenagem às pessoas é elas saberem que este álbum é muito verdadeiro. Saiu do nosso suor e lágrimas. Chorámos, rimos, ficámos frustrados, ficámos irritados… Tudo aconteceu neste álbum. Todas as canções têm uma história particular e, como o Francisco disse, as pessoas vão sentir essa pessoalidade em cada canção.

Claro que todos os álbuns são especiais, mas este é o mais ‘vosso’? O que melhor vos define?

Miguel Coimbra: Achamos que este álbum artisticamente é o que mais nos completa.

Francisco Pereira: Todos os álbuns são mais ‘nossos’, mas neste expomos mais a questão da máscara. Todos nós usamos máscaras às vezes e com a nossa música tirámos todas as máscaras e dissemos o que tínhamos para dizer. Queremos que as pessoas gostem do álbum tanto como nós gostamos, mas estamos tão orgulhosos que para nós já é uma vitória.

Miguel Coimbra: Ter acontecido tudo da maneira como aconteceu fez-nos sentir que chegámos mais longe.

Inspiraram-se em vários estilos musicais?

Miguel Cristovinho: Somos capazes de tanto nos inspirar com uma composição do Mozart como com uma música da Julia Michaels. E foi isso que aconteceu. A música é uma arte que não serve para ser criticada, serve para ser ouvida e consumida ou não. Cada um ouve as suas músicas e depois quando nos juntamos é uma mistura do que cada um ouve.

Como é que o público tem reagido a alguns dos singles já lançados?

Miguel Cristovinho: Bastante bem. Começámos com o ‘Era Eu’ já há bastante tempo, ainda sem antever que o disco se ia chamar ‘Lado A Lado’. Depois lançámos o ‘Pensa Bem’ e o ‘Não Comeces’, para levantar um pouco do véu sobre o que seria o nosso Lado B. E agora, recentemente, lançámos o que ‘O Que Lá Vai Lá Vai’. Está tudo a correr bem e agora queremos lançar o álbum para que as pessoas percebam o que nós andámos a fazer no último ano e meio.

O público está a aderir da forma como esperavam, está a superar expectativas?

Francisco Pereira: Para ser sincero, a coisa que mais me agrada é ver que ainda somos capazes de surpreender as pessoas. E é isso que queremos, continuar a surpreender.

Miguel Coimbra: Mas sinceramente, deixou de nos preocupar tanto o facto de surpreender ou não. Nós queremos surpreender-nos a nós próprios.

Miguel Cristovinho: Se nos surpreendermos a nós mesmos já é um passo para surpreender os outros.

Miguel Coimbra: Tudo o que acontece depois já foge do nosso controlo. Este álbum está muito desprovido do sentimento de ‘queremos chegar a algum lado’. Não, nós queremos mostrar que temos histórias para contar.

Vocês são muito ouvidos, na rádio principalmente, o que faz com que estejam constantemente a receber reações ao vosso trabalho.

Miguel Cristovinho: E gostamos de receber esse feedback e claro que se for positivo é bom porque vem de encontro ao que nós pensamos. Se for negativo, nós respeitamos também. Em vez de estarmos preocupados se as pessoas vão ou não gostar ou vão ou não perceber, estamos mais preocupados em fazer um produto de que, de facto, nos orgulhamos.

Francisco Pereira: Penso que quando algo é sentido as pessoas sentem.

Depois de já terem atingido um disco de platina, esperam conquistar o público da mesma forma?

Esperamos, acima de tudo, continuar a fazer o que fazemos que é fazer canções e dar concertos. O que nos ia chatear era acordarmos e não pensarmos ‘bora lá brincar ao nosso trabalho’.

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