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'Jardim Zoológico de Vidro', de Tennessee Williams, em digressão

A peça 'Jardim Zoológico de Vidro', de Tennessee Williams, com encenação de Jorge Silva Melo, pelos Artistas Unidos, sobe, no próximo sábado, ao palco do Teatro Municipal da Guarda, retomando a digressão iniciada em maio último.

'Jardim Zoológico de Vidro', de Tennessee Williams, em digressão
Notícias ao Minuto

23:01 - 02/11/17 por Lusa

Cultura Teatro

Levar espetáculos a palcos fora dos grandes centros e, ao mesmo tempo, reencontrar público que conhece há muitos anos são, segundo Jorge Silva Melo, as duas melhores coisas que acontecem quando apresenta peças dos Artistas Unidos em digressão, disse o encenador à agência Lusa, na abertura da digressão desta peça, em maio último.

Entre maio e novembro, 'Jardim Zoológico de Vidro' esteve em cartaz em Almada, Póvoa de Varzim e Castelo Branco.

"Acho muito engraçado encontrar espetadores pelo país fora que veem as nossas peças, depois veem outras em Lisboa e depois vêm dizer-nos que acompanham o trabalho. A isso chamo crescer com os espetadores, que é uma coisa muito engraçada", afirmou Jorge Silva Melo.

'Jardim Zoológico de Vidro' é a quarta peça de Tennessee Williams encenada pelos Artistas Unidos, e a que encerra a tetralogia dedicada ao dramaturgo norte-americano.

Depois da Guarda, os Artistas Unidos levam 'Jardim Zoológico de Vidro', novamente, a Lisboa, ao Teatro da Politécnica de 08 a 18 deste mês, seguindo-se o Cine-Teatro de Estarreja, na Beira Litoral, no dia 02 de dezembro, e o Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, no Minho, no dia 08 de dezembro.

Quanto a trabalhos futuros, o diretor dos Artistas Unidos disse que em 2018 irão fazer "Do alto da ponte", de Arthur Miller, que levarão também ao Teatro Nacional S. João, no Porto, e ao Municipal de S. Luiz, em Lisboa.

Jorge Silva Melo sublinhou, porém, que, neste momento, lhe apetece mais trabalhar autores mais recentes como o britânico Jez Butterworth, dramaturgo nascido em 1969, autor de "O Rio", uma peça que o encenador assegurou ter adorado, e de "Ferry man", que se estreou, recentemente, em Londres.

O grego Dimitrís Dimitriádis, nascido em Salónica em 1944, é outro dos dramaturgos contemporâneos que Jorge Silva Melo tem vindo a trabalhar, tendo estreado 'A vertigem dos animais antes do abate', na abertura da temporada, em setembro. É também objetivo de Jorge Silva Melo "voltar a clássicos, como o [alemão] Heiner Müller".

'Jardim Zoológico de Vidro' foi o primeiro êxito de Tennessee Williams na Broadway, em Nova Iorque.

A peça centra-se em Amanda, mãe de Tom, e Laura, abandonada pelo marido, empenhada em encontrar um pretendente para a filha aleijada.

Por seu turno, Tom é o sustento da mãe e da irmã, mas, nos tempos livres, escreve poemas, em tampas das caixas de sapatos. À sua maneira, todos perseguem uma vida à medida dos seus sonhos.

A peça é interpretada por Guilherme Gomes, Isabel Muñoz Cardoso, João Pedro Mamede e Vânia Rodrigues.

Traduzida por José Miguel Silva, tem cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves, luz de Pedro Domingos e som de André Pires.

A coordenação técnica é de João Cachulo e a assistência de encenação de António Simão.

Enquanto 'Jardim Zoológico de Vidro' se apresenta na Guarda, a Cena Múltipla, atelier de jovens atores, apresenta no Teatro da Politécncia "Os Mortos Não Bebem Chá", a partir de textos do autor russo Daniil Harms, na sexta-feira e no sábado, dias 03 e 04 de novembro.

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