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Investigadores explicam como sair de areias movediças

Investigadores explicam ao público a melhor maneira de sair de areias movediças, durante a Noite Europeia dos Investigadores (NEI), celebrada hoje no Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP).

Investigadores explicam como sair de areias movediças
Notícias ao Minuto

22:30 - 29/09/17 por Lusa

Cultura Museu

Quando caímos nas areias movediças, "temos tendência a entrar em desespero e a mexer muito rápido e o que vai acontecer é que as areias nos vão prender", disse à Lusa a investigadora Rita Vilaça, do projeto Yscience - Science Education, de Vila Nova de Gaia, uma das entidades parceiras deste evento.

Segundo a cientista, a melhor opção passa por "relaxar e sair muito calmamente", evitando criar demasiado movimento na terra com a água, o que acabaria por "prender".

Com esta demonstração, o projeto Yscience pretende explicar aos visitantes, recorrendo a ingredientes simples como amido de milho e água, "a melhor maneira para conseguir sobreviver" em situações do género.

Para além desta atividade, os investigadores do projeto vão apresentar esta noite outros exercícios, mostrando aos interessados de que forma podem, por exemplo, utilizar os microscópios para ver os microrganismos e as células invisíveis a olho nu.

Esta é uma das 30 atividades científicas disponibilizadas na Noite Europeia dos Investigadores (NEI), subordinado ao tema "Ciência no dia-a-dia" - Science in Everyday Life (SCILIFE), que conta com mais de uma centena investigadores, estudantes e voluntários.

O objetivo deste evento passa por "desmistificar os limites e as aplicações da investigação científica no nosso quotidiano", percebendo "de que forma podemos aproveitar o conhecimento científico na promoção da qualidade de vida e na relação com o meio ambiente, sempre apostando na estabilidade e na utilização de recursos", indicou Maria João Fonseca, diretora de comunicação do MHNC-UP.

É o que acontece com o grupo de investigação de Joana Marques, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), que vai explicar ao público o que são exossomas (complexos proteicos que envolvidos na degradação do RNA) e o DNA, que ajudam no diagnóstico e na monitorização de doenças oncológicas.

Com esta atividade, tencionam que as pessoas conheçam "um bocadinho aquilo que se faz em ciência e qual a sua importância hoje em dia", indicou.

Esta edição da NEI, que é realizada em várias cidades europeias na última sexta-feira de setembro, conta ainda com duas atividades criadas e apresentadas por alunos de escolas secundárias.

É o caso do exercício em que participa Inês Libânio, da Escola Secundária Carolina Michaëlis, que permite aos visitantes avaliar a toxicidade de algumas substâncias utilizadas diariamente pelo ser humano.

"O animal que estamos a usar é a 'Daphnia magna' [um género de crustáceos] que, em relação a estimulantes como a nicotina e a cafeína, tem uma reação cardíaca mais parecida com a do ser humano", explicou.

Segundo a aluna, o intuito é explicar às pessoas a relação entre a causa e o efeito do uso desses estimulantes.

Nesta mostra de ciência há também espaço para construir ovos que não partem, contactar com escorpiões e degustar sobremesas elaboradas a partir da cozinha molecular.

Durante o evento decorre ainda um debate dedicado à investigação e à inovação responsáveis, com especialistas em ambiente, inteligência artificial e genética, onde esperam esclarecer os limites associados à atividade científica e à forma como o público pode interagir na produção do conhecimento científico, acrescentou Maria João Fonseca.

A NEI é uma iniciativa lançada em 2005 e financiada pela Comissão Europeia, no âmbito das Ações Marie Curie, com o objetivo de celebrar a Ciência, divulgando o trabalho desenvolvido nesta área e realçando a importância de uma comunicação eficiente entre os centros de investigação e a sociedade civil.

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