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Teatro São Luiz quer reforçar "motor" da criação artística nacional

A criação de espetáculos em coprodução e a internacionalização dos artistas portugueses estão na base da nova temporada do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, que ambiciona ser cada vez mais um "motor" da criação artística nacional.

Teatro São Luiz quer reforçar "motor" da criação artística nacional
Notícias ao Minuto

22:10 - 04/09/17 por Lusa

Cultura Aida Tavares

Em declarações à agência Lusa a propósito da abertura, a 15 de setembro, da nova temporada do Teatro São Luiz, a diretora artística, Aida Tavares, sublinhou o trabalho mais próximo com os artistas como um dos objetivos do seu mandato, iniciado há dois anos.

"As prioridades para o mandato e a missão do teatro, para que tenha mais público, passam pelo estabelecimento de ligações diferentes com os artistas nacionais e internacionais", apontou a responsável sobre a instituição, que abrirá a nova temporada com o espetáculo "Trilogia Antropofágica", de Tamara Cubas.

Esta obra da artista uruguaia está ainda inserida na programação da Capital Ibero-Americana de Cultura, que decorre até dezembro, em Lisboa, centrada na memória, na história e no seu questionamento.

Aida Tavares refere que a temporada 2017/2018 revela o reforço das coproduções nacionais e internacionais, e o "acompanhamento dos artistas portugueses, no seu trajeto e carreira", trazendo alguns nomes pela primeira vez àquele palco, como as encenadoras Carla Bolito, Mónica Garnel e Cristina Carvalhal.

Por outro lado, vai manter-se o trabalho de divulgação de artistas portugueses no estrangeiro, trabalhando as redes artísticas internacionais, nomeadamente no Brasil, Turquia e Irão.

"É o ano em que lançamos mais desafios, sem cair na voragem da novidade, ou na construção efémera de uma comunidade", salientou a diretora artística, acrescentando que defende o lugar do teatro "como um espaço comum que, habitado por diferentes olhares".

Além de apostas no teatro, da dança e da música, o São Luiz vai dar continuidade ao projeto para o público mais jovem, com diversos espetáculos ao longo da temporada, e do projeto "O Público Vai ao Teatro", desta vez intervindo diretamente na programação, com um ciclo pensado com a direção artística, para "atravessar, de forma concreta, a fronteira que muitas vezes separa público e espetadores".

Também continuará o programa de acessibilidade cultural, que envolve, nomeadamente, o "bilhete suspenso", a língua gestual para os espetáculos, e as chamadas "sessões descontraídas", para públicos específicos, com deficiência intelectual, com condições do espetro autista, pessoas com limitações sensoriais, sociais ou de comunicação.

No projeto "bilhete suspenso", convida-se o público a comparticipar entradas em espetáculos para pessoas com menos recursos sem que ninguém fique a saber quem deu o bilhete a quem, sendo que o São Luiz comparticipa metade do valor.

Questionada sobre a evolução do público naquele Teatro Municipal, Aida Tavares revelou que, nos últimos três anos, os espetadores passaram de 48 mil para 80 mil, um número que considera "muito elucidativo" do trabalho que esta entidade está a desenvolver.

A "Trilogia Antropofágica" vai apresentar-se no São Luiz em três atos: "Permanecer", a 15 e 16 de setembro, "Resistir", de 19 a 20 de setembro, e "Ocupar", a 23 e 24 de setembro.

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