Ópera regressa a Óbidos em setembro com dois 'intermezzi' e uma gala
A Cerca do Castelo de Óbidos volta a ser palco da música lírica com solistas, coros e a Filarmonia das Beiras a interpretarem, a 16 e 23 de setembro, dois 'intermezzi' e uma gala, revelou hoje a Câmara municipal.
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Cultura Música
'Il Maestro di cappella', de Domenico Cimarosa, e 'La Serva Padrona', de Giovanni Battista Pergolesi, são os dois 'intermezzi' - pequenos dramas originalmente apresentadas no intervalo das grandes óperas - que, no dia 16, marcarão o regresso do chamado 'dramma per musica' a Óbidos, numa coprodução do Estúdio de Ópera do Centro e da Orquestra Filarmonia das Beiras, no cenário natural da Cerca do Castelo.
Com base no original de Domenico Cimarosa, a orquestra, dirigida por Vassalo Lourenço, leva ao palco uma versão semi-encenada de 'Il Maestro di cappella', que retrata o momento em que o maestro está a ensaiar com a sua própria orquestra, pretendendo executar uma ária em 'estilo sublime'.
Mas quando finalmente a orquestra inicia a execução da ária, o resultado é desastroso, com cada um dos instrumentos a entrar no momento errado, estragando a música e obrigando o mestre a cantar, ele próprio, a parte de cada um.
O mestre continua ensinando um a um, até que todos os músicos dos diferentes instrumentos aprendam a sua parte e, por fim, experimentam tocar todos juntos a música. Têm sucesso e o mestre decide que a orquestra toque uma "grande peça", de grande efeito. Mas, questiona-se na sinopse, "será que vão conseguir?".
Em "La Serva Padrona", de Pergolesi, Serpina (interpretada pela soprano Vera Silva), é a criada atrevida de Uberto (Nuno Dias), ao qual se quer impor como noiva, o que ele recusa.
Um criado mudo, Vespone (Leandro Alves), surgirá como comparsa na farsa que levará o amo a aceitar a criada em casamento: tomando a 'máscara' de Capitão e fazendo-se passar por noivo de Serpina, a quem o patrão deverá dar um dote, ou, se o não fizer, tomá-la então para si.
A recusa de Uberto em pagar é o triunfo de Serpina, que, de criada, passa a patroa, desposando Uberto, como se lê na sinopse da obra, que terá lugar às 21h30, no anfiteatro de cima.
O mesmo espaço receberá, no dia 23, pela mesma hora, a Gala de Ópera, que contará com a Abertura e 'Non più andrai' de 'As Bodas de Fígaro' (Mozart), 'O mio Babbino caro', de 'Gianni Schichi' (Puccini), o 'Coro dos Escravos Hebreus', de 'Nabucco' (Verdi), 'Caro Nome', de 'Rigoletto' (Verdi), 'Largo al factótum' e 'Dunque io son... tu non m'inganni', de 'O Barbeiro de Sevilha' (Rossini) e finalmente 'Brindisi' de 'La Traviata' (Verdi).
A interpretação é da soprano Alexandra Bernardo, do barítono Armando Possante, dos corais Nascente e Alma Nova e da Orquestra Sinfónica Juvenil, com direção de Bernardo Marques.
Os ingressos para cada um dos espetáculos têm o preço de 22 euros para plateia (cadeiras) e 18 euros para o balcão (bancada).
A vila de Óbidos dinamizou, de 2004 a 2011, um projeto pioneiro no campo da ópera com a realização de um festival anual, sistematizando uma oferta cultural como estratégia de promoção e valorização do património e promovendo a democratização deste tipo de espetáculos, fora dos grandes centros.
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