Cinemateca homenageia Luís Miguel Cintra com ciclo
O ator e encenador português Luís Miguel Cintra vai ser homenageado pela Cinemateca, num ciclo que inclui filmes em que participou e outros que marcaram o seu percurso, disse hoje o diretor da instituição, durante a apresentação da temporada.
© Global Imagens
Cultura Cinema
Segundo José Manuel Costa, durante o mês de setembro a Cinemateca vai debruçar-se sobre o trabalho no cinema de "uma das maiores figuras da cultura portuguesa das últimas décadas".
Com início entretanto confirmado pela Cinemateca para dia 4 de setembro, às 21:30, o ciclo dedicado ao ator e encenador incluirá 17 sessões com alguns dos momentos "mais marcantes" de um percurso realizado com cineastas portugueses e estrangeiros.
"O que nos move é a evocação da relação de Luís Miguel Cintra com o cinema", afirmou José Manuel Costa, sublinhando a "obra absolutamente gigantesca" do ator e encenador português.
A este propósito, José Manuel Costa lembra que, antes de ser um homem do cinema, Luís Miguel Cintra foi um homem do teatro, recordando o trabalho que desenvolveu durante décadas na Cornucópia, companhia que fundou com Jorge Silva Melo em 1973, tendo-se tornado "um dos maiores e mais representativos atores do cinema português".
Tudo razões que justificam o ciclo que lhe é dedicado e que abre com 'Quem espera por sapatos de defunto morre descalço', realizado por João César Monteiro, em 1970.
Entre os realizadores que o dirigiram em filmes que passam agora neste ciclo, contam-se Manoel de Oliveira ('O sapato de Cetim' e 'A Caixa'), João César Monteiro (de quem também será exibido 'Silvestre') ou Paulo Rocha ('Pousada das Chagas', 'Ilha dos Amores' e 'A raiz do coração').
No entanto, o percurso do ator foi igualmente marcado pela abertura às obras de jovens cineastas, com a participação nos primeiros filmes de Pedro Costa, Joaquim Pinto, Catarina Ruivo ou Jorge Cramez.
O ciclo de cinema dá igualmente destaque a alguns títulos menos vistos, nomeadamente no que respeita a produções internacionais, como o caso de 'Transatlantique', de Christine Laurent, ou de 'The dancer upstairs' ('Em clandestinidade'), de John Malkovich.
O ciclo compõe-se ainda de uma "carta branca", em que foi pedido a Luís Miguel Cintra que desafiasse a Cinemateca, "dizendo quais os filmes que mais o marcaram", para serem exibidos, explicou o diretor da Cinemateca.
Trata-se de dez filmes de realizadores tão variados como Pier Paolo Pasolini ('Mamma Roma'), Roberto Rossellini ('Roma, Cidade Aberta'), Jean Renoir ('A Comédia e a Vida'), Jacques Tati ('Playtime'), Alfred Hitchcock ('Os Pássaros') ou Manoel de Oliveira ('Acto da Primavera').
A carta branca inclui ainda o filme 'Fatalidade', de Josef Von Sternberg, com Marlene Dietrich, 'Assim nasce uma estrela', de George Cukor, com Judy Garland, 'O pecado mora ao lado', de Billy Wilder, com Marilyn Monroe, e 'História Imortal', de Orson Welles, com a atriz Jeanne Moreau, que morreu no passado dia 31 de julho.
A Cinemateca homenageia a atriz, não só com a exibição deste filme de Orson Welles, inspirado na história de Isak Dinesen/Karen Blixen, mas também com a projeção de 'Jules e Jim', de François Truffaut, sobre o romance de Henri-Pierre Roché, que será exibido no dia 1 de setembro, na abertura da temporada 2017/18.
A programação será disponibilizada no 'site' da Cinemateca.
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