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Foo Fighters: Grohl 'tocou' hino, partiu uma corda, gritou rock em Algés

Segundo dia do festival NOS Alive contou com Foo Fighters, seis anos depois da sua última passagem exatamente pelo mesmo recinto. Tocar, cantar, gritar, falar, Dave Grohl, o timoneiro do sexteto do rock, fez de tudo. E em duas horas e meia de concerto deu tempo para tudo.

Notícias ao Minuto

14:35 - 08/07/17 por Anabela de Sousa Dantas

Cultura NOS

Grita-se: “Do you like rock’n’roll? Do you like rock’n’roll?”. A atitude sulista de Dave Grohl não deixa margem para dúvidas logo à cabeça. A missa ali é rock, na igreja onde os Foo Fighters são deuses. À hora marcada – mais coisa menos coisa – o sexteto subiu ao palco principal do NOS Alive, no seu segundo dia (na galeria acima, as principais imagens) para saciar o ouvido luso.

Dave Grohl, esse monstro da música, é, aos 48 anos de idade, a rara combinação de talento e inspiração que de há 23 anos a esta parte tornou os Foo Fighters numa instituição do rock.

Nate Mendel, Pat Smear, Chris Shiflett, Rami Jaffee e Taylor Hawkins são os seus comparsas – as suas “esposas”, conforme brincou. Apresentados um a um por Grohl, houve uma dedicação especial a Taylor Hawkins, o baterista, muito aplaudido pelo público. Será, de facto, uma relação especial, sendo a génese artística do ex-Nirvana a bateria, precisamente.

Depois de arrancar com ‘All My Life’, Grohl já ameaçava: vinha ali para “incendiar” aquela multidão. E para tocar “durante muito tempo”. E embora o público estivesse – em certas alturas – um pouco tímido, houve ali uma ‘explosão’ em cima do palco. Foram 20 músicas ao longo de duas horas e meia, sensivelmente, onde couberam vários hits da banda. Com ‘Times Like These’, ‘Learn To Fly’, ‘My Hero’, ‘The Pretender’, ‘Best of You’, ‘Everlong’, passando pelos Ramones e Queen, a banda tentou chegar a todos os presentes.

Uma dedicação extraordinária em palco, apanágio (e resultado) de décadas de experiência. A dada altura, durante a interpretação de Ramones, Grohl confessa que partiu uma das cordas da sua guitarra, trocada num piscar de olhos por uma exatamente igual. Não há espaço para falhas, estamos a falar de uma máquina musical.

Os The Kills tinham atuado pouco antes, no mesmo palco, e, conforme é usual em festivais onde as duas bandas se cruzam, a vocalista, a americana Alison Mosshart, foi chamada ao palco para interpretar com os Foo Fighters ‘La Dee Da’, faixa que será integrada no próximo álbum do duo.

E a energia de Dave Grohl? Não há acompanhamento possível. Fez de tudo durante as mais de duas horas de espetáculo, sempre atento ao público e pronto a comunicar. Perto do final, os fãs, desafiadores, começaram a entoar “campeões, campeões, nós somos campeões” e até o hino nacional, entre outras investidas do género. Grohl gostou, disse que “podiam ser singles” e ainda se improvisou um acompanhamento musical.

“Gosto mais das vossas músicas do que das nossas”, afirmou o vocalista, brincalhão. Mas sem brincadeiras, o público gosta mesmo é das vossas. Que seja menor o tempo de espera para voltar à catedral do rock, Dave.

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