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Há 40 anos nasceu 'Uma Nova Esperança' numa galáxia muito, muito distante

A saga de culto de George Lucas continua a captar a imaginação de várias gerações e mostra que a Força continua a acompanhá-la. Mas em 1977 ninguém podia imaginar o sucesso e popularidade que ‘Star Wars’ iria atingir.

Notícias ao Minuto

14:30 - 25/05/17 por Notícias Ao Minuto

Cultura Star Wars

Faz hoje precisamente 40 anos que um filme intitulado ‘Star Wars’ (só mais tarde foi rebatizado com o título ‘Uma Nova Esperança’ e passámos a saber que na realidade era o IV episódio) estreou nas salas de cinema nos Estados Unidos. No dia 25 de maio de 1977, qualquer pessoa que tenha comprado um bilhete para assistir à estreia deste filme estaria bem longe de imaginar aquilo em que ‘Star Wars’ se iria tornar. Esta data fica sem dúvida na história do cinema mas principalmente é um marco da pop culture, face ao culto que existe em torno da saga de George Lucas.

Hoje em dia parece difícil imaginar mas não foi fácil para o realizador George Lucas passar a sua ideia de uma ‘ópera espacial’ do papel para os ecrãs de cinema. A ideia tinha surgido a George Lucas e ao seu amigo Gary Kurtz em 1971, com Lucas a ir buscar inspiração para ‘Star Wars’ às aventuras espaciais de Flash Gordon e Buck Rogers que marcaram a sua infância. Estava na altura de pôr os adolescentes da década de 70 a ver filmes de aventuras espaciais, como George Lucas admitiu numa entrevista. “A razão pela qual estou a fazer ‘Star Wars’ é porque quero dar aos jovens uma espécie de ambiente exótico distante em torno do qual as sua imaginação possa girar”.

Mas convencer os estúdios de Hollywood não foi tarefa fácil. A United Artists recusou o projeto, tal como a Universal e outros. A 20th Century Fox decidiu arriscar. Lucas ainda trabalhou durante bastante tempo no argumento, que inicialmente era muito denso. Os atores escolhidos para interpretar as personagens principais eram relativamente desconhecidos, como Lucas queria.

Com o filme pronto a ser lançado, poucas eram as salas de cinema que tinham interesse em exibi-lo. Algo que nos dias seguintes àquele 25 de maio iria mudar. Star Wars foi um sucesso imediato, que cativou os tais adolescentes que precisavam de novas aventuras espaciais mas também as outras faixas etárias.

O filme que combinava mito e conto-de-fadas, que deixava bem vincada a eterna dicotomia entre o bem o mal e que espantou com as, então, inovadoras técnicas de efeitos especiais captou a imaginação de uma geração. No espaço de pouco tempo, Luke Skywalker, Han Solo e a Princesa Leia já eram personagens populares. ‘Star Wars’ deu ao cinema um dos seus vilões mais populares, senão o mais popular – Darth Vader. Mark Hamill, Carrie Fisher e Harrison Ford saltaram para o estrelato. O filme que teve um orçamento de 11 milhões de dólares gerou receitas de mais de 510 milhões de dólares a nível mundial.

E quanto a George Lucas? Bem, é verdade que o realizador não fez uma fortuna com o filme. Mas também não precisou. Em vez de optar por encaixar bastante dinheiro com os honorários do filme, o realizador preferiu ficar com os direitos e merchandising das personagens. A Fox fez a vontade a Lucas, já que na altura os estúdios não achavam que o merchandising fosse rentável. O tempo viria a der razão à decisão de George Lucas. As crianças adoraram o filme e queriam os bonecos de ‘Star Wars’. Foi apenas o início de uma indústria de brinquedos, jogos, livros e roupa que geraram mais de 15 mil milhões de euros até hoje e tornaram George Lucas um multimilionário.

O sucesso de ‘Star Wars’ permitiu ainda a George Lucas cumprir com um dos seus desejos. Fazer mais filmes em torno desta história passada numa galáxia muito, muito distante. Seguiram-se então ‘O Império Contra-Ataca’ (1980) e ‘O Regresso de Jedi’ (1983), que completaram uma trilogia que elevou a saga de Lucas ao estatuto de culto e de fenómeno de pop culture. Com o passar dos anos conquistou novas gerações, que ficaram a conhecer a história de Luke Skywalker e a saber mais sobre a Força.

A legião de fãs teve de esperar até 1999 para conhecer o episódio I da saga. George Lucas já podia agora tirar partido dos avanços na tecnologia de efeitos especiais como tanto queria, para poder fazer uma nova trilogia com a qualidade de efeitos especiais com que sonhou durante anos. ‘A Ameaça Fantasma’ revelou novas personagens e atores. ‘O Ataque dos Clones’ (2002) e ‘A Vingança dos Sith’ (2005) completaram a segunda trilogia e o ciclo cronológico iniciado com ‘Star Wars: Uma Nova Esperança’.

Mas não foi o fim da saga. A Disney comprou em 2012 a LucasFilm, a produtora de George Lucas, por quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,5 mil milhões de euros) e passou a deter os direitos de ‘Star Wars’. Anunciou logo novos filmes. Uma nova trilogia e dois spin-offs. Em 2015, o episódio VII ‘O Despertar da Força’ estreou no cinema e no final do ano passado chegou ao cinema o primeiro spin-off ‘Rogue One: Uma História de Star Wars’. Os novos filmes deram nova vida à saga ‘Star Wars’ (se é que precisava…) e a Força conquistou uma nova geração, que está agora a conhecer a história da família Skywalker.

Todos os filmes da saga ‘Star Wars’ já geraram mais de sete mil mihões de dólares (6,2 mil milhões de euros). Menos do que o faturado pelos filmes do universo da Marvel ou pelos filmes de Harry Potter. Mas é o facto de ser um fenómeno de culto que coloca ‘Star Wars’ num patamar diferente.

O próximo filme, ‘Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi’, estreia a 14 de dezembro nas salas de cinema portuguesas. Esperam-se mais lotações esgotadas e que a Força esteja com todos os fãs de ‘Star Wars’!

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