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Mais de 50 concertos nos Dias da Música em Lisboa a partir de hoje

Mais de 50 concertos, vários dos quais já esgotados, compõem o programa dos três Dias da Música, dedicados às "Letras da música", que hoje começam no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Mais de 50 concertos nos Dias da Música em Lisboa a partir de hoje
Notícias ao Minuto

06:35 - 28/04/17 por Lusa

Cultura CCB

Até domingo, o público pode ouvir conjugações de autores como Beethoven, Goethe e Schiller, João Domingos Bomtempo e Camões, Voltaire e Leonard Bernstein, Shakespeare e Henry Purcell, ou Franz Schubert, Müller e Hans Zender, sendo ainda possível ouvir canções de Chico Buarque, Sérgio Godinho, José Afonso e Márcia e letras de Lorca ou Sophia de Mello Breyner Andresen.

O evento abre hoje com a Orquestra Sinfónica Metropolitana e o Coro da Fundação Princesa das Astúrias, que interpretam "Ivan, o Terrível", de Prokofiev, a saga do primeiro czar, em versão de oratória, com arranjos de Abram Stasevich.

A fechar, no domingo, haverá a opereta "Candide ou o otimismo", de Leonard Bernstein, sobre Voltaire, pela Sinfónica Portuguesa, com o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, dirigidos pelo maestro João Paulo Santos.

Entre as propostas do festival, que vão da música popular à música erudita de tradição europeia, destacam-se propostas temáticas como a canção romântica de Wagner e Mahler e a relação de Mozart com Da Ponte, na ópera, pelo Melleo Harmonia e o maestro Pedro Carneiro, respetivamente.

Há ainda canções de Chico Buarque por JP Simões, na versão "Bloom", e "a grande bossa do Brasil", na poesia de Vinicius e Tom Jobim, pelo Trio Orfeu.

O "Requiem à Memória de Camões", de Bomtempo, pelo Ensemble e Coro MPMP (Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa), é interpretado no último dia da festa, 200 anos depois da composição da obra e da primeira edição francesa d' "Os Lusíadas" (1817).

No sábado, destacam-se "Beethoven e Goethe", na abertura "Egmont", pela Orquestra de Câmara Portuguesa, o recital do violoncelista Pavel Gomziakov, num ciclo dedicado a Vasco Graça Moura, com as seis suites para violoncelo de JS Bach, e a Paixão Segundo São João, do mestre de Leipzig, pelo Coro e Orquestra XXI.

A Orquestra Geração cruza Shostakovich e Anna Akmátova, Luís de Freitas Branco e Florbela Espanca, Ginastera e Jorge Luis Borges, Vivaldi e Dante, entre outros, enquanto o Ensemble Mediterrain recupera "Viagem de Inverno", de Schubert, em versão para tenor e orquestra de câmara, a par da reinterpretação de Hans Zender, conhecida pela "versão negra" da obra.

"O Rapaz de Bronze", de Nuno Côrte-Real, com libreto de José Maria Vieira Mendes, sobre o conto homónimo de Sophia de Mello Breyner Andresen, é uma das três óperas do programa, com assinatura de compositores portugueses. Fragmentos de "A Serrana", numa adaptação de Vitor de Faria, pelo Quarteto Vintage, também pontuam o programa.

No domingo, encontra-se "O Doido e Morte", pelo Toy Ensemble, outra ópera em versão de câmara, esta de Alexandre Delgado, baseada na farsa de Raul Brandão.

No último dia destacam-se ainda Beethoven e Schiller, na "Ode à Alegria", da 9.ª Sinfonia, pela Sinfónica Metropolitana e Pedro Amaral, extratos de "Le Bourgeois Gentilhomme", de Molière e Lully, pelo Ludovice Ensemble de Miguel Jalôto, e excertos de "Fairy Queen", de Purcell, pelos Músicos do Tejo, de Marcos Magalhães e Marta Araújo.

Durante os Dias da Música, o CCB realiza ainda o ciclo "Aqui há conversas", que conta com protagonistas como Aldina Duarte ("Os poetas que eu cantei"), Pedro Mexia ("As letras do rock"), José Maria Vieira Mendes e Nuno Côrte-Real ("Como fazer uma ópera: Compositor e Libertista"), assim como Nuno Galopim que vai falar de Sérgio Godinho "A brincar com as palavras".

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