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Vendas de livros mantêm-se inalteradas

O vice-presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Pereira da Silva, afirmou à Lusa que os valores das vendas de livros no primeiro trimestre deste ano "são idênticas" às de período análogo do ano passado.

Vendas de livros mantêm-se inalteradas
Notícias ao Minuto

11:05 - 22/05/13 por Lusa

Cultura Apel

O responsável falava à Lusa em vésperas da abertura da 83.ª Feira do Livro de Livro, de Lisboa, marcada para quinta-feira, e acrescentou que o mercado dos livros digitais (e-books) não é ainda significativo.

"Os livros digitais têm ainda um mercado muito, muito reduzido. Há muita gente a aderir. Mas não tanto que faça uma diferença relativamente ao livro físico [em papel]", cujas vendas têm tido quebras, "não por esta via, mas por outras razões, que têm mais a ver com o poder de compra", disse Pereira da Silva.

Sobre os dados das vendas, o responsável citou um estudo da consultora GfK Portugal, a mesma que, no ano passado, no I Congresso do Livro, realizado na ilha Terceira, revelou que, no primeiro semestre de 2011, os portugueses compraram menos livros do que no mesmo período de 2010. Uma descida no consumo na ordem dos três por cento.

Pedro Pereira da Silva afirmou que "tem havido uma quebra média do preço do livro", desde o ano passado. Segundo o responsável, "as editoras, distribuidores e livrarias têm feito um esforço para que o livro se torne mais acessível".

O vice-presidente da APEL afirmou que se têm feito "promoções, ações de divulgação e os próprios editores colocam o livro a um preço mais acessível", o que permite que "haja uma compensação do lado da procura".

A consultora GfK Portugal, em resposta à Lusa, confirmou que se regista uma variação nula entre o primeiro trimestre deste ano e o período homólogo de 2012.

"Monitorizámos 3,03 milhões de livros vendidos, o que equivale a uma faturação de 31,82 milhões de euros", explica a GfK Portugal, na resposta enviada à agência Lusa.

A análise, esclarece a consultora, incide apenas no mercado não escolar, com uma cobertura estimada entre os 75% e os 80% deste segmento.

Questionado pela Lusa sobre o impacto da adoção do Acordo Ortográfico nas exportações de livros, Pereira da Silva afirmou que "não há dados que permitam afirmar se sim ou o contrário", ou seja, se há ou não crescimento das vendas.

"Não há na APEL referência de aumentos ou quebras nas vendas", disse, acrescentando que "cada editor tem o seu momento" para decidir entrar nos mercados.

A feira conta com um auditório de 80 lugares, onde irão decorrer várias conferências, e 241 pavilhões, mais três que no ano passado, estando representadas 480 editoras e chancelas, "o que também representa uma subida" em relação a anos anteriores.

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