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Participantes no Correntes d'Escritas criam livro sobre a Póvoa de Varzim
Dezasseis escritores presentes no evento literário Correntes d'Escritas reuniram-se para escreverem textos sobre a sua vivência na Póvoa de Varzim, que serão, depois, compilados e editados em livro.
© Getty Images
Cultura Literatura
O desafio partiu da organização do encontro de escritores da expressão ibérica, que até domingo se realiza na cidade do distrito do Porto, atribuindo vários locais emblemáticos da Póvoa de Varzim para que os autores pudessem criar.
Divididos em grupos de quatro, os escritores convidados têm liberdade total para construir as suas histórias, podendo partir de particularidades sobre os locais onde se reúnem, ou, simplesmente, relatar a sua fruição da cidade ou do evento.
"Foi uma ideia foi muito bem vista pelos escritores, que permitirá através do Correntes d'Escritas criar um documento único sobre a Póvoa de Varzim", disse Luís Diamantino, vereador da Cultura da autarquia poveira, que organiza este certame.
O autarca garantiu que não "foram impostas regras" aos autores e que o único pedido foi que "colocassem no papel os sentimentos que a Póvoa de Varzim lhes desperta".
"Será um livro com uma concentração de talento inigualável, que certamente será muito lido, não só por quem gosta do Correntes d'Escritas, mas também além fronteiras, porque os autores são de várias nacionalidades", completou Luís Diamantino.
A Lusa acompanhou uma dessas sessões criativas, visitando o grupo formado por Afonso Cruz, Marta Bernardes, Ondjaki e Mário Rufino, que se reuniu na Fundação Luís Rainha, instituição que promove a cultura e o ensino na cidade.
"Aproveitámos esta oportunidade que nos deram para visitar este espaço e a partir da biografia de Luís Rainha entrarmos na sua história que se mistura, também, com a história da Póvoa de Varzim do século passado", explicou Marta Bernardes.
A autora confessou que "fazer confluir uma história escrita a oito mãos é um jogo sem regras", mas que o desafio foi abraçado "com desassombro e onde cada um vai peneirando com a sua criva o confluir do enredo".
"Tivemos como ponto de partida um artigo escrito em 1959 sobre o perigo da velocidade na avenida dos Banhos, escrito por Luís Rainha, com um texto rico e pitoresco sobre a sua relação da cidade", explicou Marta Bernardes.
Os escritos deste grupo, que provavelmente não terão ligação com os textos produzidos pelos restantes participantes na iniciativa, serão, no final do Correntes d'Escritas, reunidos para tomarem a forma de um livro, editado pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
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