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Sandy Kilpatrick canta Portugal de Sagres ao Gerês. E pede mais união

Músico escocês vive em Portugal há 15 anos e dedicou novo trabalho ao país onde formou família. 'Confessions From The South' sai para as bancas a 17 de março e já tem single de lançamento.

Sandy Kilpatrick canta Portugal de Sagres ao Gerês. E pede mais união
Notícias ao Minuto

08:30 - 18/02/17 por Anabela de Sousa Dantas

Cultura Música

Sandy Kilpatrick está em Portugal há 15 anos e é por terras portuguesas que tem construído a espinha dorsal da sua carreira. Natural de East Kilbride, na Escócia, mudou-se primeiro para Manchester, na Inglaterra, onde foi vocalista da banda Sleepwalker, e, há 15 anos, mudou-se para Portugal, onde começou a trabalhar em nome próprio.

Três albuns e três EP’s depois, Sandy lança no próximo dia 17 de março – no dia do feriado religioso de Saint Patrick – o seu quatro trabalho de estúdio, ‘Confessions From The South’, que se trata da primeira fase de um projeto de quatro anos.

Quatro anos, quatro álbuns. Dez canções, dez sítios. Portugal em primeiro lugar

Em entrevista ao Notícias ao Minuto, Sandy Kilpatrick falou sobre o projeto de que faz parte ‘Confessions From The South’. Trata-se de uma espécie de viagem musical pela Europa e a primeira fase é Portugal. Seguem-se Irlanda, Escócia e Noruega. Em cada álbum, as dez canções serão dedicados a dez locais do país respetivo.

“O primeiro single (‘Whispering Winds’) deste álbum é uma homenagem a Sagres. Escolhemos Sagres porque é o ponto mais sudoeste da Europa”, explicou, para detalhar um projeto que deverá terminar em Nordkapp (o ponto mais setentrional).

"Na minha perspetiva, somos todos iguais"

A voz envolvente de Sandy Kilpatrick canta sobre as paisagens de Portugal, neste álbum que lhe serve de homenagem. E que paisagens, diz o autor. “Ponte de Lima para mim é um dos sítios mais bonitos do país, e sinto-me muito bem lá”, afirma Kilpatrick, referindo-se ao local que serviu de inspiração a ‘Stand United with Your Brothers’, uma das canções do disco.

Tem um bocadinho a ver com o rio [Lima] mas também com a amizade. Eu acho que no mundo que estamos a viver neste momento há muito ódio. A situação do Trump e do Brexit… O mundo está a tornar-se um bocado obscuro. Mantermo-nos unidos com os nossos irmãos e irmãs é uma mensagem que eu quero comunicar porque acho que somos uma raça humana e, na minha perspetiva, somos todos iguais”.

O disco toca em vários pontos da Europa, numa tentativa alegórica para desconstruir a ideia de “muros de separação e construir pontos de unidade e esperança, conectando pessoas através do amor à natureza e humaninsmo”.

Kilpatrick quer, também, que cada um dos discos tenha uma música dedicada ao céu por estar “muito interessado na mitologia do céu e das estrelas”. Escolheu Alqueva e os céus fotografados por Miguel Claro para passar essa ideia.

“Tive uma reunião com eles [Alqueva Dark Sky] no ano passado, a música surgiu e eles gostaram e vamos fazer um trabalho em conjunto, talvez umas filmagens”, adianta, falando de uma possível colaboração no âmbito deste novo trabalho.

Escolher viver em Portugal foi "por amor"

“A minha mulher é portuguesa”, respondeu Sandy à pergunta sobre a razão que o levou a sair do Reino Unido para vir para Portugal. Foi por amor? “Basicamente [risos]. Há alguns anos de história entre a mudança e a iniciação da nossa vida romântica, mas é basicamente isso, sim”, explicou.

O cantor está sediado em Vila Nova de Famalicão desde que se mudou, onde mora com a mulher e os dois filhos, que teve cá. Mas esse não é o único lugar que o apaixona.

“Gosto muito do Gerês porque me faz lembrar a Escócia, as florestas, as montanhas. É muito verde. Gosto da zona do Minho em geral. Gosto de Sagres, porque é uma paisagem muito dramática. Gosto do Alqueva. Gosto do Alentejo por causa da tranquilidade. Podia falar muito tempo sobre o Alentejo por causa da paz e da tranquilidade”, afirmou.

E a música que se faz por cá? “Gosto muito de Linda Martini, The Legendary Tigerman, Sean Riley and The Slowriders, Old Jerusalem também. E Zeca Afonso”. Não ouve muito fado, mas gosta muito da Gisela João e reconhece o inestimável valor de Amália.

Próximos espetáculos de Sandy Kilpatrick:

Teatro Diogo Bernardes, Ponte de Lima – 18 de fevereiro

Theatro Circo, Braga – 17 de março

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