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Joaquim Simões da Hora homenageado hoje na sua terra natal em Gaia

O organista e divulgador de música antiga Joaquim Simões da Hora (1941-1996) é homenageado hoje, na Madalena, em Vila Nova de Gaia, sua freguesia natal, "numa tertúlia de amigos", disse o musicólogo Tiago Manuel da Hora.

Joaquim Simões da Hora homenageado hoje na sua terra natal em Gaia
Notícias ao Minuto

10:30 - 14/01/17 por Lusa

Cultura Organista

Nesta tertúlia, que se realiza às 18:00 no Orfeão da Madalena, participam um amigo 'desde sempre' do organista, Abel Cunha, o vereador da Cultura de Vila Nova Gaia, Delfim Sousa, Tiago Manuel da Hora e o engenheiro de som Jorge Simões da Hora, filho do organista, que trabalhou no CD 'Joaquim Simões da Hora in concert', que será também apresentado nesta sessão.

Tiago Manuel da Hora, sobrinho e biógrafo do organista e produtor musical, realçou à agência Lusa 'a forte ligação que Simões da Hora desde sempre manteve com a Madalena, tendo tocado piano e harmónio em alguns espetáculos que o seu pai, Manuel da Hora, que chegou a dirigir o coro do Orfeão da Madalena, organizou'.

"Joaquim Simões da Hora foi uma figura cimeira da vida musical em Portugal no último quartel do século XX, tendo sido o mais destacado organista português do século XX, professor do Conservatório Nacional, responsável por uma importante reformulação do ensino do órgão e pela difusão de uma nova tradição organística", disse Tiago Manuel da Hora.

O investigador realçou o facto de Simões da Hora ter sido 'pioneiro na produção discográfica de música antiga em Portugal' e recordou que no 10 de junho de 1994, nas comemorações do Dia de Portugal, foi condecorado pelo então Presidente da República Mário Soares, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, 'como exaltação de mérito pelos serviços prestados ao país e pela 'art de bien faire''.

Nesta tertúlia é apresentado o CD 'Joaquim Simões da Hora in concert', que resulta 'de um profundo trabalho de pesquisa que permitiu reunir um conjunto de gravações em concerto, inéditas', de recitais seus, nas sés de Lisboa e Évora, respetivamente em 1974 e 1994, e na igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa, também em 1994.

No recital na Sé Patriarcal de Lisboa, realizado a 09 de setembro de 1974, Joaquim Simões da Hora interpretou 'Cuatro versillos de 1er tono, punto bajo', de Miguel Lopez (1669-1723), Fantasia a 4 de 8.º tom, de António Carreira (1530-1594), Segundo tento de 2.º tom, de Manuel Rodrigues Coelho (1555-1635), e 'Canción para la corneta con el eco', de um autor anónimo.

Na Sé de Évora, no dia 11 de setembro de 1994, Simões da Hora tocou 'Quatro peças para clarins', de um autor anónimo, Tento de 6.º tom, de Estacio Lacerna (1574-1625), Segundo tento a 4 em Sol, de António Carreira (1530-1594), Toccata per l'elevazione, de Girolamo Frescobaldi (1583-1643), Fantasia em sol menor, de Johann Pachelbel (1653-1706), e uma improvisação sua.

O recital em S. Vicente de Fora, efetuado no dia 13 de outubro de 1994, foi constituído por peças de Diogo da Conceição (século XVII), Batalha de 5.º tom, de Correa de Arauxo (1584-1654), 'Glosas sobre el canto llano de la Inmaculada Concepción', de Pierre du Mage (1674-1751), 'Livre d'Orgue, Plein Jeu' e 'Livre d'Orgue, Récit', e ainda, de François Couperin (1668-1733), 'Messe pour les couvents, Plein Jeu', 'Messe pour les couvents, Fugue sur le trompete', 'Messe pour les couvents, Récit de tierce', e 'Messe pour les couvents, Dialogue sur les grands jeux', e terminou com uma improvisação sua.

No ano passado, cupriram-se 20 anos sobre a morte de Simões da Hora, e 75 sobre o seu nascimento, tendo Tiago Manuel da Hora publicado a obra 'Joaquim Simões da Hora - intérprete, pedagogo e divulgador'.

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