Nestes três concertos o violoncelista apresenta o programa do seu mais recente álbum, que inclui a primeira suite de Johann Sebastian Bach para violoncelo solo, e que gravou ao vivo na Casa da Música, no Porto, em 2014.

Para o musicólogo Tiago Manuel da Hora, o violoncelista Filipe Quaresma é "um dos melhores intérpretes da sua geração, que tem por hábito escolher para os seus concertos obras de compositores que admira e com os quais se identifica musicalmente".

"Numa tentativa de uma aproximação entre a música portuguesa contemporânea e o público, Filipe Quaresma escolheu para estes concertos uma das mais emblemáticas obras escritas para violoncelo, e das mais conhecidas de entre todo o universo popular da chamada música clássica, a primeira suite de Bach para violoncelo solo", acrescentou.

O programa dos concertos inclui ainda, dos compositores contemporâneos, Miguel Azguime, "Moment à l'extremement for cello and live electronics", de Carlos Azevedo, "Labitintho", de Nuno Côrte-Real, "A bicicleta do poeta", e de George Crumb, "Sonata per violoncello solo".

No sábado, Dia Mundial da Música, Filipe Quaresma toca no Cine-Teatro de Sobral de Monte Agraço, nos arredores de Lisboa, às 21:30, no âmbito da programação da intermunicipal da estrutura Artemrede- Teatros Associados.

No dia 14, o violoncelista sobe ao palco do auditório da Fundação Manuel António da Mota, no Porto, no âmbito do III ciclo CulturaViva, que decorre até dezembro.

Finalmente, no dia 20, às 21.30, no âmbito da programação da Artemrede, toca em Santarém, no Teatro Sá da Bandeira.

Filipe Quaresma é "músico associado" da Royal Academy of Music, de Londres e professor na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo, no Porto.

Iniciou os estudos musicais na Covilhã, tendo como primeiro professor de violoncelo Rogério Peixinho, mais tarde estudou em Londres, na Royal Academy of Music com David Strange e Mats Lidström, e em Florença, na Itália, na Scuola di Musica di Fiesole, com Natalia Gutman.

Obteve primeiros prémios em vários concursos nacionais, nomeadamente, o Prémio Jovens Músicos e Concurso Internacional Júlio Cardona, e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

Em 2010 obteve o Prémio Valter Boccacini da Scuola di Musica di Fiesole e fez parte da Orquestra de Jovens da União Europeia.

Atualmente, é primeiro violoncelo da Orquestra Barroca da Casa da Música e violoncelista do D'Arcos Ensemble, violoncelista principal convidado do Remix Ensemble, Sond'Arte Electric Ensemble e da Oficina Musical.

O músico já se apresentou com diferentes agrupamentos musicais, nomeadamente a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Drumming Grupo de Percussão, Coro Gulbenkian, Orquestra Filarmonia das Beiras, I Maestri Orchestra, St John´s Smith Square, entre outras.

Em 2013 foi convidado para fazer parte da Orchestre Révolutionnaire et Romantique, dirigida por Sir John Eliot Gardiner, com a qual gravou um disco dedicado às sinfonias de Beethoven.